terça-feira, 22 de maio de 2018

AOS 86 ANOS, MORRE ALBERTO DINES:

ALBERTO DINES, FUNDADOR DO 'OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA", MORRE AOS 86 ANOS EM SÃO PAULO
G1 - O fundador do Observatório da Imprensa, o jornalista Alberto Dines, morreu aos 86 anos às 7h15 terça-feira (22) em São Paulo.
Segundo a equipe do observatório, Dines morreu no Hospital Albert Einstein, no Morumbi, Zona Sul da capital paulista. Por decisão da família, o hospital não pode informar as causas da morte.
"É com profunda tristeza que a equipe do Observatório da Imprensa comunica o falecimento de seu fundador, Alberto Dines (1932-2018), na manhã de hoje no hospital Albert Einstein, em São Paulo. Estamos preparando uma edição especial sobre o legado do Mestre Dines a ser publicada em breve", diz nota do instituto.
Alberto Dines iniciou sua carreira no jornalismo em 1952 na revista "A Cena Muda" e, no ano seguinte, mudou-se para a revista "Visão" para cobrir assuntos ligados à vida artística, ao teatro e ao cinema. Logo depois, passou a fazer reportagens políticas.
Em 1957, ele trabalhou para a revista "Manchete", até se demitir da empresa. Em 1959, assumiu a direção do segundo caderno do jornal "Última Hora", de Samuel Wainer. Já em 1960, colaborou para o jornal "Tribuna da Imprensa".
Em 1960, convidado por João Calmon, dirigiu o jornal "Diário da Noite", dos "Diários Associados", de Assis Chateaubriand. Já em 1962 tornou-se editor-chefe do "Jornal do Brasil", no qual ficou por 12 anos. No jornal, ele coordenou uma grande reforma gráfica e criou novas seções.
Segundo o diretor do "Jornal do Brasil", Manuel do Nascimento Brito, com "a entrada de Dines, a reformulação do jornal foi afinal consolidada, pois ele sistematizou as modificações que levaram o JB a ocupar outra posição na imprensa brasileira".
Na promulgação do Ato Institucional Nº 5 (AI-5), em 13 de dezembro de 1968, durante a Ditadura Militar, coordenou a edição da primeira página que usou termos da previsão do tempo para narrar o momento político – “Tempo negro. Temperatura sufocante. O ar está irrespirável. O país está sendo varrido por fortes ventos...” – como parte de uma estratégia para denunciar a censura imposta à redação a partir de então.

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