sexta-feira, 31 de maio de 2019

RICARDO DE BENEDICTIS - ARTIGO


O ESTADO GIGANTE CONTRA UM POVO  ENFRAQUECIDO
Ricardo De Benedictis
Existem necessidades prementes para que o Brasil possa encontrar o caminho, há muito perdido.
As Reformas encaminhadas são necessárias para minorar alguns males que nos ocorrem, mas outras Reformas ainda mais duras devem ser implementadas. Entre elas, as principais seriam a Reforma Política e a Reforma dos Poderes Judiciário, Executivo e Legislativo.
Quem teria condições de encaminhá-las? Difícil identificar na atual conjuntura. Talvez através da Convocação de uma Constituinte, onde os atuais mandatários ficassem proibidos de participar.
CONSTATAÇÕES E SUGESTÕES
VEJAMOS:
1 – No governo Juscelino Kubstchek, o Brasil era administrado por 15 Ministérios. Esse número de ‘Pastas’ era o bastante.  A ganância do poder, entretanto, nos levou a sustentar 39 Ministérios no governo petista de Dilma.
2 – Dizem que, com a ‘melhor das intenções’, o governo Fernando Henrique criou o atualmente desastroso ‘Cartão Corporativo’. Ao final dos dois mandatos de FHC o número de tais ‘cartões’ era pequeno, mas nos governos Lula e Dilma os tais cartões chegaram a personalidades que deveriam estar na cadeia, já que jogaram dinheiro do contribuinte no lixo da luxúria e da falta de respeito total. Uma vergonha!
3 – A compra do ‘Aero-Lula’ foi outro desastre. O presidente viajava, bem como sua sucessora Dilma, com cerca de duas centenas de pessoas e ocupavam hotéis 5 estrelas no exterior, à custa do erário. Alugavam veículos especiais para si e seus convidados e tais viagens não trouxeram os bens que deveriam trazer, mas deixaram uma rastro de desperdício do dinheiro público, ‘nunca visto antes na história deste país’. Nenhum destes maus governantes foi processado por tais excessos! Dilma chegou a ser cobrada em nota no NY Times por ter deixado dívidas com hotéis e locadoras em uma das suas orgias com duas centenas de ‘empresários’ nos Estados Unidos. Assim agiram os ‘democratas’ que nos governaram até 31 de dezembro de 2018.
4 – Lula e Dilma aparelharam o BNDES com pessoal despreparado entregando-lhes em poucos anos, 700 bilhões de reais do Tesouro Nacional (dinheiro que teria de ser aplicado em ferrovias, na Educação, na Saúde, na Segurança, na melhoria das Estradas e na mobilidade urbana, para financiar as empresas e empresários apelidados de ‘campeões’). Boa parte deles, Moro e Bretas colocaram na cadeia, inclusive o próprio ex-presidente Lula e alguns dos seus auxiliares diretos, a exemplo de Palocci, Mantega, Eduardo Cunha e outros.
Se fosse listar os bandidos que levaram dinheiro para o exterior ou guardaram malas e malas de grana em apartamentos, sítios, imóveis adquiridos em nome de laranjas, etc, etc, levaria este artigo a dezenas, quiçá, centenas de páginas, e não seria o bastante, pois ficaria muita gente de fora, muitos dos quais já morreram.
O Brasil construiu o Porto de Mariel em Cuba, Metrô na Venezuela, Lula entregou uma refinaria de presente para a Evo Morales da Bolívia, entre outros absurdos. ‘Emprestou’ bilhões e bilhões para empreiteiras brasileiras, para Eike Batista, Constantino da Gol, entre outros. Lula levou a Varig à falência e não pagou o que o governo devia, de propósito para que a empresa gaúcha falisse e deixasse seus funcionários morrerem de fome... Disso se fala muito pouco!
O Legislativo poderia ser reduzido à metade, desde a Câmara Federal e o Senado, bem como as Assembleias Legislativas e Câmaras de Vereadores. Nenhum cargo poderia ter salário maior que dez salários mínimos. Cada qual que pagasse seus transporte. Carros Oficiais só para os Chefes dos Poderes, etc, etc, etc.
O Supremo Tribunal Federal, reduzido a 5 ministros com mandato de dez anos. Idem os Tribunais Superiores de 2ª e 3ª Instância. O Supremo seria um Tribunal Constitucional e os criminosos teriam de cumprir pena após julgamento em 2ª Instância.

MUDAR A MOEDA
Vimos esta semana uma idéia que seria mudar o nome da nossa moeda e dar um prazo pequeno para quem tivesse as cédulas atuais pudesse trocá-las pela nova moeda. Por que não fazem isso? Seria uma forma de fazer os ladrões perderem as fortunas que roubaram do nosso país. Quem aparecesse com muito dinheiro em espécie teria que provar de onde veio. Quem tivesse até X estaria isento. Passando disso, teria a grana confiscada e seria preso! Só assim o Brasil sairia da estagnação em que se encontra.
Em outra oportunidade falaremos mais!

AGÊNCIAS REGULADORAS NÃO FARÃO O QUE QUISEREM E SERÃO FISCALIZADAS!!!

Senado aprova Lei Geral das Agências Reguladoras

Marcelo Brandão - Repórter da Agência Brasil

Plenário do Senado aprova MP que autoriza a participação de até 100% de capital estrangeiro em companhias aéreas brasileiras..

quinta-feira, 30 de maio de 2019

JORNALISTA JEREMIAS MACÁRIO FARÁ LANLAMENTO DE SEU NOVO LIVRO E CD:

LANÇAMENTO DE “ANDANÇAS” EM

NOITE CULTURAL NA REGIS PACHECO

  No próximo dia 14 de junho, a partir das 20 horas, vamos ter uma noite cultural com o lançamento do livro “ANDANÇAS”, a mais nova obra do jornalista e escritor Jeremias Macário que dessa vez mistura ficção com realidade, ao contrário do “Conquista Cassada” que foi um trabalho de pesquisa sobre a ditadura civil-militar em Vitória da Conquista, na Bahia e no Brasil e vai estar lá no evento.
  Na ocasião, vai ocorrer também o lançamento do nosso “CD Sarau A Estrada” com cantorias de artistas da música, causos e declamações de poemas. Para completar, a artista plástica Elizabeth David vai abrilhantar mais ainda a noite com uma exposição de seus belos quadros. Portanto, vai ser uma noitada cultural com a apresentação de várias linguagens artísticas, na Casa Regis Pacheco, na Praça Tancredo Neves.
“Andanças”
Contos, causos, histórias e versos, “Andanças”é um livro que mistura ficção com realidade, ou, como queira, um fantástico realístico, mas que também contém pesquisas em temas específicos,romanceados e curiosos sobre a ditadura civil-militar de 1964, e na viagem título “Pelas Brenhas do Mundo” de um anônimo andarilho mochileiro das décadas de 60 e 70, os anos livres e revolucionários que mudaram hábitos, costumes e conceitos ultrapassados.
 Sem a preocupação com estilo ou escola literária, o livro “Andanças”, de 368 páginas, formato de 16 cm por 23,5 cm, capa em quatro cores, ilustrações no miolo e arte final de Beto Veroneza, pode ser lido de trás pra frente, de qualquer ponto, sem sequência linear.  Tem também poemas, muitos dos quais já foram musicados por artistas locais, como Walter Lajes, Papalo Monteiro e Dorinho Chaves.
  A obra do autor, que já escreveu “Terra Rasgada”, “A Imprensa e o Coronelismo no Sudoeste” e “Uma Conquista Cassada – Cerco e Fuzil na Cidade do Frio”,retrata cenas do Nordeste, do homem do campo, do retirante da seca, da coivara, do jeito matuto catingueiro;  e fala de amor, ódio, raiva, tempo, saudade, mulheres, erotismo, vida e morte.
Sobrou ainda espaço para a cultura da corrupção, da gatunagem e do levar vantagem em tudo. Nos versos rolam a imaginação, o fingimento, o olho visível no invisível e o foco no real e no irreal. Trata-se de uma publicação colaborativa (muitos amigos assinaram o “Livro de Ouro”, numa espécie de pré-venda), onde o leitor vai curtir e viajar na imaginação, sem regras. A obra nasceu da veia jornalística do autor e tem o tempero realístico e sentimental.De um modo sutil, é também um autorretrato da sua vida em alguns contos e causos.
  Entre outros lançamentos, trabalhos, artigos, crônicas e comentários,“Andanças” é mais uma publicação que demandou dedicação e sacrifício, mas também contou com a ajuda de muitos amigos que alavancaram o trabalho literário.
“Conquista Cassada”
Sobre “Uma Conquista Cassada”, de 460 páginas, o livro  fala da ditadura civil-militar (1964-1985) em Vitória da Conquista dentro do contexto nacional do que foi o regime na Bahia e no Brasil com todas suas cenas de prisões, torturas, horrores, mortes e desaparecidos políticos, vítimas da brutalidade de uma época que não pode mais acontecer em nosso país.
   O trabalho, que também estará presente no lançamento de “Andanças”, para possível aquisição do leitor, foi lançada há cinco anos pela editora da Assembleia Legislativa da Bahia,com apoio do deputado estadual Jean Fabrício.  A pesquisa é de fundamental importância histórica para jovens estudantes, professores, interessados e estudiosos do assunto, para que tomem consciência dos fatos que ocorreram no período tenebroso onde a liberdade foi substituída pela repressão.
 Conheça de perto como se deu a ditadura em Vitória da Conquista com relatos inéditos que nenhum outro livro já contou. Na verdade, “Uma Conquista Cassada” são seis livros em um que também faz tributo à década de 60 quando o novo tomou o lugar do velho com novas ideias que revolucionaram o mundo. Texto: Jeremias Macário

QUEM LAVA DINHEIRO DO CRIME ORGANIZADO!!!

Dois gerentes do Bradesco são presos por esquema que lavou quase R$ 1 bilhão


quarta-feira, 29 de maio de 2019

DOE LIVROS E AJUDE A POPULAÇÃO A ADOTAR A LEITURA!


Projeto Pontos Literários no terminal é reativado

Fonte:Secom/PMVC
O projeto Pontos Literários no terminal foi reativado em Vitória da Conquista. Ao menos duas vezes na semana, os funcionários da Biblioteca Municipal José de Sá Nunes passam pelo local para reabastecer os pontos de leitura com livros, revistas e gibis que ficam à disposição para qualquer pessoa. No terminal, são quatro pontos com estantes para receber os exemplares.
Lembrando que as pessoas também podem colaborar com os Pontos Literários, através da doação de livros, que podem ser entregues na Biblioteca, na Avenida Jonas Hortélio, no Recreio. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (77) 3422-8153.
O projeto foi reativado pela Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista, por meio da Secretaria de Cultura, a pedido da professora Heleusa Câmara, uma das criadoras da iniciativa, que começou em 2009 a partir de parceria com o Proler/Uesb.
Criado para democratizar o acesso aos livros, o projeto incentiva a leitura, dá visibilidade à memória literária regional, divulga a escrita literária contemporânea e coopera com a produção criativa de novos escritores, além de estimular ações de responsabilidade social com os bens públicos.

terça-feira, 28 de maio de 2019

MORRE O JOVEM CANTOR GABRIEL DINIZ:

Gabriel Diniz terá velório aberto ao público em João Pessoa

Gabriel Diniz em seu último show em Feira de Santana, na Bahia (Foto: Reprodução/Instagram@gabrieldiniz)
O corpo do cantor Gabriel Diniz será velado no ginásio poliesportivo Ronaldo Cunha Lima, em João Pessoa (PB), a partir das 9 horas, nesta terça-feira (28). O evento será aberto ao público. O enterro está previsto para o início da tarde e ocorrerá no cemitério Parque das Acácias (Rua Luiz Lima Freire, 200), também na Paraíba.
O músico, famoso pelo sucesso 'Jenifer', morreu na última segunda (27), após o avião no qual estava cair em um mangue localizado no povoado Porto do Mato, em Estância (SE). Ele voltava de um show em Feira de Santana, na Bahia, e estava indo para Maceió (AL) encontrar a namorada, Karoline Calheiros.
Leia também
Além de Gabriel, os pilotos Linaldo Xavier e Abrãao Farias também morreram no acidente.
Francisco Diniz, pai de Gabriel, afirmou que tudo ainda parece um pesadelo e o que tem ajudado a encarar a realidade é pensar na alegria que o filho sempre teve, até por isso a decisão de receber os fãs no adeus.
“A gente não quer acreditar. Mas tenho certeza que o Gabriel está em um bom lugar porque ele sempre fez a política da boa vizinhança. Sempre teve um coração grande. Isso vai fazer muita falta. Estou anestesiado”, disse Francisco em entrevista ao ‘Cidade Alerta', da Record.
Ainda segundo ele, a última vez que conversou com o filho foi por volta das 11h40. “Ele estava vindo para o aniversário da namorada. Ia ficar com a gente. Depois não tivemos mais contato. Achamos que era uma demora normal, mas as notícias foram chegando e essa tragédia foi só se fortalecendo”, lamentou Francisco.
Gabriel estava indo para casa da namorada onde comemoraria o aniversário dela, que completou 25 anos no último domingo (26). Eles estavam juntos há dois anos e pretendiam casar.

segunda-feira, 27 de maio de 2019

"DIUZ QUE VAI SE CASAR VIRGEM":

Namorada de Lula é filiada ao PT e recebe R$ 17 mil por mês

domingo, 26 de maio de 2019

JEREMIAS MACÁRIO - COLUNISTA VIP:

O NEGACIONISMO É IRRACIONAL E IDEOLÓGICO
Jeremias Macário
 
 Você não pode negar o seu próprio passado, a sua própria história e suas próprias origens. Do contrário você entra no campo do irracional. Sobre a história, pode até se questionar pontos e se fazer uma revisão dos acontecimentos através da apuração deles sob a ótica social, econômica e política do tempo, analisando as ações e as atitudes dos atores e dos personagens.
   Como ressaltou o professor de História da Universidade de São Paulo, Marcos Napolitano, em entrevista a um jornal de Salvador, nos últimos meses surgiu uma onda do negacionismo, impulsionada por declarações de políticos, a começar pelo capitão-presidente, o Bozó, que sempre procurou negar a existência da ditadura civil-militar no Brasil dos anos 60 aos 90.
O desconhecimento dos jovens
 Não somente isso, diante de todos os fatos, testemunhas e estudos, ele cometeu o absurdo irracional de não reconhecer que houve torturas nos porões das forças armadas, e até homenageou um torturador em votação no Congresso Nacional. O mais lamentável é que boa parte dos nossos jovens embarcou nessa, e muitos nem acreditam que existiu ditadura.
  Para os negacionistas, que cometem o maior pecado de negar o conhecimento, não houve holocausto, escravidão, revolução socialista na Rússia, massacres na Bósnia, nos campos palestinos de concentração e nem matança dos índios nas Américas, só para citar estes fatos monstruosos contra a humanidade e que ainda ocorrem na atualidade. Por que a história sempre se repete? Uma das respostas é porque muitos a desconhecem e até negam.
  O mais perigoso, como alerta o professor Marcos, é essa negação do conhecimento chegar às nossas escolas, como no caso da ditadura que torturou, matou e fez desaparecer os corpos de centenas de presos políticos. A anistia aos torturadores, o que não aconteceu na Argentina, no Chile e no Uruguai, deixou as feridas abertas e abriu caminho para o negacionismo.
  “Os livros didáticos podem ser diferentes, mas há um limite que não pode ser cruzado que é a negação do conhecimento. A pessoa tem uma posição política diante do nazismo e do comunismo. O que não pode é construir esta posição às custas da verdade histórica” – esclarece o professor.
  De acordo com ele, o professor precisa se munir de evidências diante das negações. Acredita que uma forma de combater o negacionismo é os historiadores se comunicarem mais com a sociedade. O termo, segundo ele, já existe a algum tempo e se refere à historiografia do holocausto. Na campanha política do ano passado apareceram negacionismos ligados à história do Brasil, como a de que não houve genocídio indígena, os portugueses nunca estiveram na África para traficar escravos e não houve ditadura e tortura.
 Trata-se de negação de eventos em que ocorreram evidências fortes, testemunhais, materiais e documentais. O ex-ministro gringo da Educação, chegou a declarar que houve uma democracia de força. É até hilário, porque,  se foi de força,logo deixa de ser democracia. É como o caso de um sujeito irracional que resolve contrariar só para contrariar. É típico de uma atitude de extrema-direita.
  O historiador Marcos afirma que esta visão de que toda historiografia é de esquerda é preconceituosa e errônea. Destacou que a historiografia brasileira tem hoje um leque amplo com liberais, conservadores e até de esquerdistas que não são marxistas.
“Todo historiador sério segue regras. Não pode achar que não existiu porque ele não gosta daquilo, ou a ideologia com a qual ele se identifica não aprova.” O revisionismo clássico é possível, feito com todo respeito às normas metodológicas da área.
   Quando surgem novos fatos, os especialistas e cientistas revisam o passado. Outra coisa diferente é revisionismo ideológico – adverte o professor. Ele concorda que houve revisionismo com relação a ditadura no Brasil.
Chegando nas escolas
Exemplifica que historiadores progressistas revisaram temas polêmicos que a própria esquerda defendia, como a participação da sociedade no golpe militar. A esquerda falava que o golpe tinha sido feito por meia dúzia de militares, alguns políticos e apoio americano, e que a sociedade entrou apenas como vítima. Hoje se sabe que houve participação civil.Isso, no entanto, não quer dizer que a ditadura não existiu.
O professor disse que esse negacionismo puro e ideológico já está chegando nas escolas. Professores do ensino básico já ouviram de alunos que esse negócio de ditadura não existiu, que é uma invenção da esquerda. Como os professores devem lidar com isso? É mais um dilema no nosso ensino tão deficitário.
  Para Marcos Napolitano, o professor precisa ter muita clareza sobre o que é uma evidência. Por que dizemos que houve tortura? Porque há testemunhas, documentos, provas e evidências. Quanto a ditadura, porque tivemos governos que cassaram parlamentares, fechou o Congresso e governaram à base de atos institucionais, como o AI-5.São evidências de um regime autoritário. Não dá para chamar isso de democracia.
Caso o MEC interfira na avaliação dos livros, isso constitui uma forma de pressionar para que se incorporem negacionismos, não apenas na história. Existe a questão do criacionismo, que não tem estatuto de opinião científica.“O que não pode é construir essa posição política e ideológica do negacionismo às custas da verdade histórica” – argumenta o professor.

BRASIL PERDE MAIS UMA ARTISTA:

Atriz Lady Francisco morre no Rio

Cristina Índio do Brasil - Repórter da Agência Brasil,

sábado, 25 de maio de 2019

NANDO DA COSTA LIMA - COLUNISTA VIP:

VEGANO SÓ AMANHÃ
Nando da Costa Lima
 Ivonete gostava do jeito elegante do marido. Ele era bacharel em direito, mas como não conseguiu a carteira de admissão na Ordem dos Advogados do Brasil, foi o jeito virar empresário. A mulher tinha dinheiro e logo se prontificou a montar um restaurante pro imprestável. Por ser 30 anos mais velha que ele, fazia tudo para agradá-lo. E ele se portava como um bom marido, tratava Ivonete com muito carinho! Também pudera, até o café da manhã ela levava na cama, sem contar o remedinho pra esquizofrenia que ela dava na boquinha.
O restaurante era o melhor da cidade, e o carro chefe era o ensopado de bode ao vinho. Vinha gente de fora pra provar a iguaria. Foi num feriadão que apareceu um grupo de paulistanos. Eram três mulheres e um homem. As moças pediram o famoso ensopado, mas o homem complicou tudo quando disse que era vegano. Marculino, dono do restaurante, chegou a arregalar os olhos quando soube que vegano não come nem usa nada de origem animal. Foi depois de muita conversa que ele convenceu o cliente a tomar um caldo verde enquanto as amigas degustavam o bode. O rapaz aceitou, e gostou tanto do caldo que repetiu umas três tigelas. Quando terminou, quis saber como aquela comida maravilhosa era preparada. Depois que o cozinheiro explicou que se refogava o couve na manteiga e depois colocava um tablete de caldo de galinha pra dar gosto, o “veganão” subiu nos tamancos, ficou puto… Começou fingindo que tava passando mal, e aos berros acusava o dono do recinto de ter feito ele comer um “cadáver de galinha”. O cara ficou doido! Vai ser vegano assim “nas Oropa”. Vomitou tudo, nem se deu ao trabalho de ir ao banheiro. Derramou em cima da mesa, foi a maneira que achou de protestar. O povo brasileiro tinha que aprender a conviver com os veganos.
Marculino ficou o dia limpando a sujeira que o porra do “veganão” tinha feito e ainda por cima não pagou a conta, alegou que aquilo foi quase uma tentativa de assassinato. E olha que se o dono do restaurante estivesse armado a coisa acabaria de outra forma, a sorte dele foi que o decreto do governo não permite arma pra bacharel, só tem direito quem tem a carteira da OAB... Ele até tentou comprar uma arma, mas bacharel só pode usar badoque e espingarda de pressão se passar no psicoteste. Nem adiantou ele alegar que tinha curso de doutorado no estrangeiro. Marculino tava desolado, e dona Ivonete chegou pra consolar o maridão que tava uma fera.
— Ô, mozão. Você tem que levar em conta que o sujeito pra ser vegano tem que ser milionário. É difícil se adaptar ao regime deles, não se pode comer nada que um dia foi vivo. Eles só comem verduras, frutas e sucos… Não come nem ovo!
— E como é que eles viajam? A pé? E se for a pé, calçando o quê?
— Tem muito sapato já fabricado pra esse tipo de consumidor, são caríssimos! Não pode ser de couro nem de plástico.
— E como é que eles viajam? Rico gosta de viajar! Carro a álcool também é lubrificado com óleos e graxas derivadas de animais, dos fósseis.
— Essa parte eles ainda não me explicaram, mas só o sacrifício de comer folha com folha pra desintoxicar o corpo e cuidar do planeta já mostra que eles têm boa vontade.
— É, Ivonete. Parece que você parou de me amar. Tá caindo até nas conversas dos veganos., Você acha certo o que aquele merda fez no meu restaurante, só por causa de um caldinho de galinha? O homem quebrou tudo, além de acabar com o movimento do lugar
. Se eu tivesse minha carteira da OAB eu podia tá com um fuzil, aí aquele sacana ia ver. Aquele porra até parece que é…
— Não é viado, é vegano!.
— E quem falou isso? Tá querendo colocar palavras na minha boca pra me complicar? É melhor você usar seu aparelho de surdez, desse jeito você me incrimina em vez de me ajudar. Quem mais sabe o que é um vegano sou eu, aquele traste paulista fez questão de explicar tudo pausadamente, tintin por tintin.
Marculino conseguiu manter o restaurante aberto a custo de muito sacrifício, tava pegando cliente a laço. Ficou traumatizado com o “veganão” paulista. Só foi se estabilizar depois que a esposa teve a brilhante ideia de colocar uma placa na entrada: “VEGANO SÓ AMANHÔ.

"MARACANGALHA, EU VOU":



Filme “Maracangalha, Eu Vou!” será lançado nos dias 27 (Salvador) e 28 (Camaçari)

Fonte:sunsun
O curta “Maracangalha, Eu Vou!” conta a história da artística  vila de Maracangalha, em São Sebastião do Passé, no Recòncavo baiano e seus  excêntricos personagens. A direção  é de Marcos Wainberg  (Zorra Total) e o  roteiro e  produção executiva de Rada Rezedá que soma em seu curriculo 19 curtas realizados em parceria com o produtor Beto Magno (VM Filmes). Seis destes curtas foram rodados em Maracangalha.
Os filmes sobre a vila cantanda por Caymmi são inspirados no livro Cine Marcangalha,  de Berbert de Castro, médico,jornalista e comentarista de cinema que durante 40 anos  escreveu crônicas sobre Maracangalha no jornal A Tarde, em Salvador. O elenco  de Maracangalha, eu vou! conta com vinte  e seis atores estreantes na telona e tem participações especiais de Mônica San Galo, Rosiane Pinheiro e do delelagado Valdir Barbosa.
Os atores  estreantes são do curso  de Ator para TV e Cinema da CAP Escola de TV e Cinema da Bahia, que completa 23 anos em dezembro deste ano, sob o comando de Rada Rezedá.
Os filmes sobre Maracangalha  participam de  festivais de cinema do Brasil e do mundo, divulgando a cultura baiana do inicio do século vinte no reôncavo baiano e os jovens atores, bem como a música de Caymmi e a orquestra Lira de Marcangalha. Em 2018 o filme Alò Boys teve algumas exibições em festivais da Alemanha e da Áustria, sendo assitido por alguns famosos profissionais de cinema da Europa e dos Estados Unidos.

sexta-feira, 24 de maio de 2019

MORRE ILZA MATOS, AOS 82 ANOS:

Prefeitura divulga nota oficial pelo falecimento da ex-vereadora

A Prefeitura de Vitória da Conquista divulgou nota de pesar pelo falecimento da ex-vereadora Ilza Matos. Ilza foi a primeira mulher a comandar na qualidade de presidente uma Câmara Municipal, no país.
Na noite desta 5ª feira (23), o prefeito Herzem Gusmão (MDB), e o presidente da Câmara de Vereadores Luciano Gomes (PR), do aeroporto foram ao velório.
“Dra. Ilza Matos foi uma grande mulher. Reuniu qualidades excepcionais como esposa, mãe, profissional odontóloga e política exemplar no histórico MDB nas décadas de 70/80”, disse o prefeito Herzem.
Sepultamento
O sepultamento será às 8 horas no Cemitério Parque da Cidade. O corpo deixará as dependência da Câmara Municipal por volta das 8 horas, e será transladado para a Capela do Cemitério Parque da Cidade.
Confira a nota da PMVC
É com profundo pesar que a Prefeitura de Vitória da Conquista lamenta o falecimento de Drª Ilza Matos, ocorrido na manhã desta quinta, 23, e decreta luto oficial de 3 dias. Drª Ilza foi casada com Reubi Vieira Matos, falecido em janeiro de 2017, cunhada do ex-prefeito Jadiel Matos e mãe do atual Coordenador de Fomento à Agricultura Familiar, Reuber Matos.
Ilza Viana Matos nasceu no dia 31 de março de 1937, na cidade de Salvador. Mudou-se para Vitória da Conquista em 1960, onde atuou como dentista, perita do INSS e professora do Instituto de Educação Euclides Dantas (IEED). Foi eleita vereadora pela primeira vez em 1972, assumindo a legislatura de 1973 a 1976, na gestão do então prefeito Jadiel Matos. Foi a primeira mulher a ser presidente da Câmara. Política atuante, ela foi reeleita por mais duas vezes, deixando o legislativo no ano de 1988.
Sua vida pública foi marcada pela competência, seriedade e postura ética diante da responsabilidade em representar a população conquistense no Legislativo municipal.
O velório será realizado na Câmara Municipal de Vereadores (CMVC), localizada na Rua Cel Gugé, 150, no centro da cidade e o sepultamento nesta sexta (24), às 8h, no Cemitério Parque da Cidade.
Neste momento de dor, o Prefeito Herzem Gusmão e equipe se solidarizam com familiares e amigos.

quinta-feira, 23 de maio de 2019

UPB, A FAVOR DA PRORROGAÇÃO DOS MANDATOS:

UPB decide apoiar a unificação das eleições no Brasil. Herzem Gusmão explica porque é a favor

do Blog de Giorlando Lima (Conteúdo)
Mais de 200 dos 417 prefeitos da Bahia participaram da assembleia geral da União dos Municípios da Bahia (UPB), em Salvador, nesta quarta-feira (22), e decidiram, por unanimidade, que a entidade defenderá a unificação das eleições em 2022. A proposta tramita em projetos no Congresso Nacional e tem como justificativa o princípio da economicidade.
De acordo com o presidente da UPB, Eures Ribeiro (PSD), a assembleia reforçou o pleito dos gestores. “O debate está ocorrendo em todos os estados, com as entidades municipalistas, para ser levado a Brasília. Economicamente, é bom para os cofres públicos, pois uma eleição unificada se torna mais barata”, acrescenta Ribeiro, que é prefeito de Bom Jesus da Lapa e vice-presidente da Confederação Nacional de Municípios.
Presente à assembleia, o prefeito de Vitória da Conquista, Herzem Gusmão (MDB), explicou porque votou para que a UPB apoie a proposta. Segundo ele, o enfoque primeiro não é prorrogação dos mandatos, mas a economia que o país vai poder fazer se a proposta for aprovada pelo Congresso. “Acho importante acabar com essa história de o país parar a cada dois anos por causa de eleições”, disse Herzem. Outro ponto que o prefeito conquistense destacou é o fato de que os prefeitos têm pouco tempo para colocar seus projetos em prática.
“Ao assumir, o prefeito, se não vem de reeleição, tem que trabalhar com o orçamento anterior, de alguma forma isso representa um engessamento, e demora para que a gestão possa começar a produzir seus resultados”, explicou Herzem, que citou o próprio caso, lembrando que em 2018 tinha apenas 5% de suplementação, o que acabou fazendo com que este ano de 2019 passasse a ser o ano em que a administração pôde acelerar. “Limpo, com condição de efetuar um grande trabalho, só este ano. Eu convoquei os secretários e disse a eles que tínhamos que fazer três anos em um, porque não tivemos orçamento em 2017, 2018 foi engessado e no ano que vem, quando devem acontecer as eleições, já não teremos a mesma condição que temos hoje”.
Herzem citou os diversos planos importantes que estão sendo elaborados, visando a melhor organização de Vitória da Conquista para o futuro, como o Plano de Saneamento Básico, o Plano de Mobilidade e o PDDU, que, segundo ele, projetam a cidade para 2040, quando ela completa 200 anos. “É muito pouco tempo, o ideal seria mais dois anos, sem reeleição. Por uma questão de economia, primeiramente, e porque dá ao gestor um tempo maior para trabalhar”, avalia Herzem. Para ele, a decisão, no entanto, deve ser da população. “Depende do povo brasileiro, mas a imprensa tem papel fundamental para mostrar as vantagens para a Nação, a economia extraordinária que o Brasil poderá fazer”.
Outro que votou a favor da unificação, foi o prefeito de Belo Campo, Henrique Tigre, o Quinho (PSD), para quem a medida de adiar as eleições de 2020 ajuda o Brasil neste “momento de extrema dificuldade”. Segundo Quinho, o país “chegou ao caos e não agüenta mais uma eleição a cada dois anos”. De acordo com o gestor, o resultado da assembleia será repassado à bancada de deputados e senadores do estado. “É importante saber quem está se posicionando a favor dos prefeitos, vice-prefeitos e vereadores da Bahia”.

terça-feira, 21 de maio de 2019

SEGUE O JOGO:

Bolsonaro afirma que reforma tributária será apresentada após aprovação da Previdência

Se a reforma tributária for aprovada pela CCJ, proposta será examinada por uma comissão especial antes de ser analisada pelo Plenário da Câmara

O presidente da República, Jair Bolsonaro, publicou nesta segunda-feira (20) em sua conta no Twitter que “a Nova Previdência é a porta de entrada para o progresso do Brasil e, é com sua aprovação, que se viabilizam diversas outras ações econômicas benéficas para o país, como a Reforma Tributária”.
Segundo ele, o governo pretende apresentar o texto logo após a aprovação da Reforma da Previdência, “compreendendo ser um desejo urgente dos brasileiros”.
Ainda nesta semana a Câmara dos Deputados retoma as audiências temáticas da comissão especial da reforma da Previdência. Entre os assuntos que devem ser discutidos, estão o Benefício de Prestação Continuada, o BPC, a aposentadoria do trabalhador rural, de professores, policiais e magistrados.
Ao mesmo tempo, os deputados vão analisar o texto da reforma tributária (PEC 45/19) em duas audiências públicas. A primeira delas é nesta terça-feira (21) à tarde, e a segunda, na quarta (22) pela manhã.
Também na quarta-feira (22) a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, presidida pelo deputado Felipe Francischini (PSL-PR), deve votar o relatório sobre a admissibilidade da PEC. Na semana passada, o relator, deputado João Roma (PRB-BA), apresentou parecer favorável à tramitação do texto.
“A medida atende, sim, à norma constitucional. Eu acredito que é muito importante aproveitarmos esse momento em que tanto o Legislativo quanto o Executivo perceberam e entendem que a população brasileira precisa, sim, diminuir o peso do Estado em suas costas, simplificar o regime tributário brasileiro, para que nós possamos, de fato, melhorar a relação entre o Estado e o cidadão."
Se a reforma tributária for aprovada pela CCJ, a proposta será examinada por uma comissão especial antes de ser analisada pelo Plenário da Câmara.

domingo, 19 de maio de 2019

MENOS UM HOMEM DE BEM NA BAHIA!


Morre Dilson Ribeiro Oliveira, aos 94 anos


Foto: Divulgação |   
Vitória da Conquista perde mais um filho ilustre. Aos 94 anos, faleceu Dilson Ribeiro Oliveira. Primo do ex-prefeito José Fernandes Pedral Sampaio, Dilson veio a óbito por causas naturais em sua residência. “Dilson Ribeiro de Oliveira nasceu na cidade de Jequié (BA), em 21 de junho de 1924. Filho de Ralph Fernandes de Oliveira, descendente direto do Coronel de Milícias João Gonçalves da Costa (5ª geração), fundador de Vitória da Conquista. Seu pai é filho do Coronel José Fernandes de Oliveira Gugé, filho de Tereza de Oliveira Freitas e do Capitão Luiz Fernandes de Oliveira. Tereza, filha de Faustina Gonçalves da Costa, era casada com Manoel de Oliveira Freitas e filha de João Gonçalves da Costa” escreveu o saudoso Luís Fernandes. Personalidade que contribuiu com o progresso de Vitória da Conquista, Dilson dirigiu empresa de aviação comercial e a Cia de telefonia. O velório aconteceu na Loja Maçônica Monte de Sião com sepultamento às 16 horas deste sábado (18), no Cemitério Parque da Cidade Real.
Aos familiares e amigos registramos nossas condolências.

sábado, 18 de maio de 2019

JEREMIAS MACÁRIO - COLUNISTA VIP:

FILOSOFIA, LEITURA E LADROAGEM
Jeremias Macário
 “Penso, logo existo”. Comecei a pensar com mais clareza e a compreender melhor a lógica das coisas quando iniciei meus estudos básicos de filosofia nos antigos cursos ginasial e no clássico no Seminário de Amargosa e de Salvador. As citações dos pensamentos dos grandes filósofos gregos me deixaram encantado e até hoje não me canso de revê-los nos livros. Eles me ensinam a aprimorar o conhecimento e o saber.
Passados muitos anos de luta e viver, hoje sinto-me triste e desiludido quando vejo um governo desastroso renegar o ensino daquela que é a mãe de todas as ciências, e ainda colocar a sociologia também como um estudo sem valor para os jovens. É como dizer que a partir de agora é proibido pensar no Brasil. As pessoas, há muito tempo, estão deixando de existir porque deixaram de pensar, como diz a lógica.
Serve para todas as profissões
 Como disse um leitor de um jornal da capital, a filosofia ensina a pensar, e esse dom do pensar serve para todas as profissões. Mas, para o ministro do Bozó, ela tem pouca importância. Na sua ótica vesga, a prioridade é aprender a fazer contas, mas como fazer contas sem saber pensar?Os grandes filósofos como Arquimedes, Pitágoras, Aristóteles e outros foram matemáticos, astrônomos e inventores.
  Diante de tantas insanidades nestes primeiros meses do governo do capitão, só posso pensar que o país está sendo conduzido por um bando de malucos. Como disse o leitor lá na frente, “o tempo é o senhor da razão” Em 341 a.C., o pensador grego Epicuro afirmou que todos são capazes de aprender filosofia em todas as idades, sendo ela um caminho para a liberdade.
O conhecimento filosófico é fundamental para o desenvolvimento humano e ensinar a interpretar melhor a vida, e até achar algum sentido para ela. Para a ignorância, a estupidez e o totalitarismo, a filosofia é um grande perigo. Entre a militarização e os astrólogos, o Ministério da Educação virou uma balbúrdia, e o grande chefe Bozó chama os estudantes e os professores de idiotas e inocentes úteis, repetindo os mesmos chavões da esquerda.
LEITURA
A perda pelo hábito da leitura no país levou o brasileiro a deixar de pensar e a engolir tudo que recebe como se fosse um pacote de verdade. Infelizmente, perdemos também a filosofia do ler. Uma prova é que o setor livreiro vive em crise, de acordo com a Câmara Brasileira do Livro. Estamos mais habituados à oralidade. Entre o primeiro bimestre de 2018, em comparação com o atual, as vendas de livros caíram 18% em volume e 19% em valor. Se serve de consolo, em Vitória da Conquista, conforme o movimento das livrarias Nobel, o valor de vendas entre 2017 e 2018 se equiparou, mais por causa da demanda por livros infanto-juvenil e de autoajuda.
  Parece uma contradição, mas, graças à expansão digital, nunca se escreveu e se leu tanto, considerando o acesso fácil às redes sociais e aos textos em formato PDF. Se o célebre poeta clássico Eurípedes colecionava papiros, a substituição deste meio pelo livro também provocou problemas. No papiro, a leitura não tinha quebras de continuidade. Muitos devem ter questionado o novo invento.
   Lidamos hoje com a competição dos impressos versus os meios digitais, só que o livro tem ao seu favor a confiabilidade. Além de ser documental, a mensagem impressa fica registrada. Uma gigantesca caixa digital de Pandora foi aberta espalhando o mal pelo mundo, com informações falsas e adulterações. Por outro lado, a leitura nas redes está mais limitada a títulos de manchetes e a pequenos textos, sem muito conteúdo.
LADROAGEM
  De um polo ao outro, dizem os historiadores que a ladroagem contra o povo no Brasil está na gênese. Assim fizeram os portugueses que aqui chegando abocanharam as melhores terras. Quando D. João VI e sua comitiva aportaram no Rio de Janeiro, fugindo de Napoleão, em 1808, foram logo se apropriando dos imóveis de seus moradores.
   As ladroagens passadas e as atuais, mais as mordomias das três castas dos poderes deixaram os servos e súditos brasileiros na tanga. Depenaram  e ainda continuam depenando o que resta. A corrupção não para, e todos são inocentes. Aliás, é o país do mundo que tem mais inocentes dos crimes que cometeram.
  Como se fossem príncipes regentes, recentemente o Supremo Tribunal Federal fez uma licitação para compra de alimentos no valor de 1,13 milhão de reais, com a exigência de champanhe brut com quatro premiações internacionais, uísque de 18 anos, medalhões de lagosta ao molho de manteiga e outras iguarias de luxo.
  Enquanto isso, existem no Brasil cerca de 28 milhões de subocupados, sendo 13 milhões de desempregados, dez milhões trabalhando menos horas do que necessita e mais cinco milhões de desalentados, gente que já perdeu a esperança em conseguir um emprego. Nos hospitais, milhares morrem nos corredores sujos por falta de atendimento médico adequado. A educação é de péssima qualidade, e a miséria se alastra nas favelas e periferias pobres de esgotos a céu aberto por falta de saneamento. Se ao longo desses séculos fosse dado ao povo uma educação de qualidade e conteúdo para poder pensar e se indignar, o Brasil seria outro e não esse paradoxo.