quinta-feira, 28 de outubro de 2021

SARGENTO QUINCÃO MORRE DE INFARTO:

 

Morre o Sargento Quincão, aos 60 anos

Aos 60 anos de idade, faleceu Joaquim Ernesto Vieira dos Santos. Sargento Quincão, atual coordeador municipal da Defesa Civil,  atuou na Polícia Militar Bahia e disputou a Câmara Municipal de Vitória da Conquista por duas vezes. Ele sofreu infarto na madrugada desta quinta-feira (28). O funeral acontece à partir do meio dia na sede do  9° Batalhão de Polícia Militar, e o sepultamento está agendado para 10 horas da sexta-feira (29), no Cemitério da Saudade. “À companheira Rosimeire dos Santos, aos seis filhos, quatro netos, demais familiares, amigos e colegas, a prefeita Sheila Lemos presta condolências e solidariedade”, diz nota. Aos amigos e familiares, os nossos sinceros sentimentos.

MEDICINA É ALVO DE FRAUDES EM UNIVERSIDADES!

Estudantes de Medicina são presos por entrar em curso com documentos falsos

Fonte G1.

Nesta quarta-feira (27), dezenove estudantes de Medicina foram presos, suspeitos de entrarem no curso com históricos escolares falsos no processo de transferência externa, ou seja, entre faculdades, para a Universidade de Rio Verde (UniRV), no sudoeste goiano. Foram 17 presos em Goianésia (GO), um em Formosa (GO), além de um em Barreiras, no oeste da Bahia.

Os nomes dos suspeitos não foram divulgados e a defesa deles não foi localizada. Eles foram levados para a delegacia numa van da Universidade de Rio Verde.

“Grande parte dos suspeitos estudava no Paraguai e falsificou documentos de faculdades no Brasil para transferência para outras faculdades também no país. As instituições que foram alvo da falsificação informaram que eles nunca estudaram lá”, explicou o delegado Danilo Fabiano.

De acordo com a investigação, alguns dos universitários nunca estudaram Medicina e já entravam no quinto ou sexto período do curso. Outros já estavam na fase de internato e atendendo à comunidade.

A Polícia Civil informou que os estudantes podem responder por falsidade ideológica, uso de documento falso, associação criminosa e perigo à vida de outras pessoas.

sábado, 9 de outubro de 2021

JUSTIÇA PASSA VERGONHA!

 

Conquista: Fórum que foi arrombado não tem vigia


Mais informações acerca do arrombamento e furto que ocorreu madrugada desta quinta-feira para sexta-feira estão sendo divulgadas ao longo do dia. Um fato que chama atenção é que o Fórum João Mangabeira, que fica no Centro de Vitória da Conquista, não tem vigia.

Outra questão que também está rendendo comentários, é que apesar de ter um sistema de câmeras de segurança, o monitoramento seria feito por uma empresa lá de Salvador, mas o pior, ninguém teria visto o meliante ou meliantes agindo.

Operação Intocáveis:

 

Justiça condena mais dois acusados de participação em milícia de Rio das Pedras

O Conselho de Sentença do 4º Tribunal do Júri do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro condenou, na madrugada desta sexta-feira, dia 8, mais dois réus do grupo de 12 denunciados na Operação Intocáveis, realizada em 2019 pela força-tarefa integrada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Rio de Janeiro para o combate a atuação de uma milícia na região das comunidades de Rio das Pedras e da Muzema, na Zona Oeste do Rio.

O segundo júri foi presidido pelo juiz Gustavo Kalil, que proferiu a sentença à 1h da manhã desta sexta-feira. Manoel de Brito Batista, o “Cabelo”, foi condenado a 17 anos de reclusão e 583 dias-multa. Já Fábio Campelo Lima foi condenado a 14 anos de reclusão e 283 dias-multa. O Conselho de Sentença, por maioria, considerou Manoel e Fábio culpados por pertencerem à organização criminosa e por corrupção ativa, por prática de suborno a agente público para conseguir a liberação do funcionamento de empresa utilizada para o êxito das operações ilícitas da milícia.

Manoel recebeu pena maior, pois foi reconhecido pelo Júri como braço direito do ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais da PM Adriano da Nóbrega, o “Capitão Adriano”, denunciado na Operação Intocáveis como líder da organização criminosa, que morto em fevereiro de 2020, na Bahia, durante uma perseguição policial.

No dia 29 de setembro, no primeiro júri, também presidido pelo juiz Gustavo Kalil, o tenente reformado da PM, Maurício Silva da Costa, o “Maurição”, foi condenado a 30 anos de reclusão, em regime fechado, após ter sido considerado culpado pela morte de Júlio de Araújo, executado a tiros em setembro de 2015 na comunidade de Rio das Pedras, em Jacarepaguá, além de ser considerado um dos líderes da milícia. No mesmo júri, Fabiano Cordeiro Ferreira, o “Mágico”, foi condenado a oito anos de reclusão, também em regime fechado, e 360 dias-multa, por ser um dos integrantes da mesma organização criminosa.

O magistrado desmembrou o processo envolvendo os 12 acusados, considerando a necessidade de se limitar a dois o número de réus a ser julgados por sessão plenária, a fim de garantir mais tempo de debates, assim como diminuir a quantidade de pessoas por dia, à luz da pandemia da Covid-19.

No dia 21 de outubro, a partir das 10 horas, acontece o terceiro júri, para os acusados Ronald Paulo Alves Pereira e Daniel Alves de Souza; no dia 18/11, serão julgados Jorge Alberto Moreth e Laerte Silva de Lima; na semana seguinte, no dia 25, Benedito Aurélio Ferreira Carvalho e Gerardo Alves Mascarenhas; e, em 9 de dezembro, os dois últimos acusados, Marcus Vinícius Reis dos Santos e Júlio Cesar Veloso Serra.

sexta-feira, 8 de outubro de 2021

NOBEL DA PAZ:

 

Maria Ressa e Dmitri Muratov ganham o Prêmio Nobel da Paz em 2021

 

 

Jornalistas foram premiados por 'sua corajosa luta pela liberdade de expressão nas Filipinas e na Rússia', o que é uma 'precondição para a democracia e paz duradouras', anunciou a Academia Real das Ciências da Suécia

Redação, O Estado de S.Paulo

08 de outubro de 2021 | 06h03
Atualizado 08 de outubro de 2021 | 07h47

OSLO - O Prêmio Nobel da Paz de 2021 foi concedido nesta sexta-feira, 8, para os jornalistas Maria Ressa, das Filipinas, e Dmitri Muratov, da Rússia, pela "contribuição essencial de ambos para a liberdade de expressão e pelo jornalismo em seus países".

A academia afirmou que Ressa e Muratov receberam o Nobel da Paz "por sua corajosa luta pela liberdade de expressão nas Filipinas e na Rússia" e que a liberdade de expressão "é uma condição prévia para a democracia e para uma paz duradoura".

Para entender o prêmio Nobel da Paz

Ressa Muratov Nobel da Paz 2021 Ilustração mostra Maria Ressa e Dmitry Muratov, vencedores do Nobel da Paz de 2021  Foto: Reprodução/Prêmio Nobel

"[Os laureados] são representantes de todos os jornalistas que defendem este ideal em um mundo em que a democracia e a liberdade de imprensa enfrentam condições cada vez mais adversas", afirmou a entidade responsável pelo prêmio Nobel.

"O jornalismo gratuito, independente e baseado em fatos serve para proteger contra o abuso de poder, mentiras e propaganda de guerra. O comitê norueguês do Nobel está convencido de que a liberdade de expressão e a liberdade de informação ajudam a garantir um público informado", afirmou a instituição.

A academia sueca disse também que "esses direitos são pré-requisitos essenciais para a democracia e protegem contra guerras e conflitos" e que o prêmio para os jornalistas "visa sublinhar a importância de proteger e defender estes direitos fundamentais [a liberdade de expressão e informação]".

"Ressa usa a liberdade de expressão para expor o abuso de poder, o uso da violência e o crescente autoritarismo em seu país natal, as Filipinas", descreveu a academia sueca. Ela é cofundadora da Rappler, uma empresa de mídia digital de jornalismo investigativo. "Liberdade de expressão e de informação são fundamentais para o funcionamento da democracia e para evitar guerras e conflitos", afirmou a Academia.

Dmitri Muratov é editor-chefe do jornal Novaya Gazeta, um dos poucos veículos na Rússia críticos do governo do presidente russo Vladimir Putin. Seis jornalistas que trabalhavam no Novaya Gazeta foram assassinados em situações suspeitas. 

O Kremlin saudou nesta sexta-feira a "coragem" e o "talento" do jornalista Dmitri Muratov , pela sua luta pela liberdade de expressão como chefe do principal diário da oposição russa.

"Felicitamos Dmitri Muratov. Trabalha incansavelmente seguindo os seus ideais, agarrando-se a eles. Ele é talentoso e corajoso", disse o porta-voz presidencial russo, Dmitri Peskov, aos jornalistas.

Os dois jornalistas ajudaram a fundar veículos de comunicação independentes em seus países e vão dividir o prêmio de 10 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 6,3 milhões).

 

PARA ENTENDER

Guia para entender o prêmio Nobel da Paz

Veja como a honraria foi criada e os nomes cotados para este ano

Quem é Maria Ressa, ganhadora do Prêmio Nobel da Paz em 2021

Jornalista há mais de 35 anos, a filipina Maria Ressa, de 58 anos, é conhecida por ser co-fundadora do Rappler, principal site de notícias que lidera a luta pela liberdade de imprensa nas Filipinas e combate à desinformação. À frente da Rappler, Maria Ressa tem enfrentado constante assédio político e detenções pelo governo populista de Rodrigo Duterte.

Em uma entrevista ao Rappler logo depois de ganhar o prêmio, Ressa afirmou que o mundo precisa se unir no combate à desinformação. "O mundo deve se unir como fez após a 2ª Guerra para resolver esse problema. O que eles fizeram? Eles criaram as Nações Unidas, a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Este é o tipo de momento que requer isso, e não sei como nós, nas Filipinas, teremos integridade nas eleições se não forem colocadas grades de proteção em torno das plataformas de mídia social", disse Ressa. 

Na entrevista, Ressa explica como as mídias sociais minaram a confiança das pessoas nos fatos: "Nada é possível sem fatos. Mesmo que os fatos sejam realmente enfadonhos, tudo começa com uma realidade compartilhada que é definida pelos fatos. O que vimos é que, à medida que os jornalistas perdiam seus poderes para as plataformas de tecnologia, tudo isso foi embora quando a tecnologia assumiu a função de guardiã das informações. Essa é uma crise existencial não apenas para jornalistas ou a democracia filipina, mas globalmente. O que aconteceu em nosso ecossistema de informação, esse vírus da mentira que foi introduzido por algoritmos de plataformas de mídia social, infecta pessoas reais e as muda, é como a explosão de uma bomba atômica."

 “Desde 2016 eu digo que estamos lutando pelos fatos. Quando vivemos em um mundo onde os fatos são discutíveis, onde o maior distribuidor de notícias do mundo prioriza a disseminação de mentiras misturadas com raiva e ódio, e os espalha mais rápido e mais longe do que os fatos, então o jornalismo se torna ativismo”, disse Ressa. 

“Essa é a transformação pela qual passamos no Rappler ... Como fazemos o que fazemos? Como os jornalistas podem continuar a missão do jornalismo? Por que é tão difícil continuar contando à comunidade, ao mundo, quais são os fatos? Na batalha dos fatos, isso mostra que o comitê do Prêmio Nobel da Paz percebe que um mundo sem fatos é um mundo sem verdade e confiança. Se você não tem nenhuma dessas coisas, certamente não pode vencer o coronavírus, a mudança climática ... Tenho repetido isso várias vezes, é como Sísifo rolando a rocha morro acima.”

Antes de fundar o Rappler, Maria tem no currículo quase uma década dedicada ao trabalho de repórter investigativa da CNN, com ênfase no terrorismo no Sudeste Asiático. Ela ainda fundou e dirigiu o escritório de Manila da CNN por 9 anos antes de abrir o escritório em Jacarta da rede, que dirigiu de 1995 a 2005. 

Maria Ressa se prepara para pagar a fiança da acusação de “difamação cibernética". “Paguei fianças mais caras que Imelda Marcos", disse ela. Maria Ressa se prepara para pagar a fiança da acusação de “difamação cibernética". “Paguei fianças mais caras que Imelda Marcos", disse ela. Foto: Alecs Ongcal/EPA, via Shutterstock

Em 2018, Maria Ressa foi nomeada a Personalidade do Ano de 2018 pela revista Time Magazine, esteve entre as suas 100 Pessoas Mais Influentes de 2019, e foi também nomeada uma das Mulheres Mais Influentes do Século do Time, entre outros.

Entre os prêmios, Maria Ressa já recebeu o “Caneta de Ouro da Liberdade da Associação Mundial de Jornais e Editores de Notícias”, o Prêmio Internacional de Jornalismo Knight do Centro Internacional de Jornalistas e o Prêmio Sergei Magnitsky de Jornalismo Investigativo.

A história de Ressa é contada em um documentário, Mil Cortes (A Thousand Cuts), da diretora Ramona S. Diaz, que narra a vida da repórter investigativa deesde sua passagem pela CNN no sudeste asiático até a fundação do Rappler, e sua luta para defender a liberdade de imprensa e a democracia nas Filipinas.

Quem é Dmitri Muratov, ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 2021

Dmitry Muratov, de 59 anos, é o fundador e editor-chefe do Novaya Gazeta, jornal crítico ao governo e com influência nacional da Rússia.

Em 2007, Muratov ganhou um Prêmio Internacional da Liberdade de Imprensa do Comitê para Proteção dos Jornalistas. A honraria é atribuída a profissionais que demonstrem coragem na defesa da liberdade de imprensa face a ataques, ameaças ou prisões.

Muratov Nobel da Paz Dmitri Muratov, editor do veículo de oposição a Putin, Novaya Gazeta  Foto: AP Photo/Alexander Zemlianichenko

Em 2010, o jornalista recebeu a ordem da Legião de Honra, a mais alta condecoração da França, no grau de Cavaleiro. 

Novaya Gazeta é reconhecido pelas investigações sobre questões sensíveis ao país, como a corrupção, violações dos direitos humanos e abuso de poder. Por esses motivos, tem pagado um preço muito caro na Rússia: três dos seus repórteres foram mortos desde a fundação, em 1993. A mais recente vítima foi a jornalista de investigação Anna Politkovskaya.

No início dos anos 90, Muratov e cerca de 50 colegas começaram o Novaya Gazeta com o objetivo de criar "uma publicação honesta, independente e rica" que iria influenciar a política nacional. 

O plano era ambicioso, considerando que o grupo tinha apenas dois computadores, uma impressora, duas salas e pouco dinheiro para salários. Um impulso inicial veio justamente do Nobel da Paz. Isso porque, o ex-presidente soviético Mikhail Gorbachev, doou parte do seu prêmio de 1990 para pagar a compra de computadores e salários do jornal.

Outros premiados com o Nobel da Paz

No ano passado, o laureado foi o primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed, "por seus esforços para alcançar a paz e a cooperação internacional, principalmente por sua iniciativa decisiva destinada a resolver o conflito na fronteira com a Eritreia".

Em 2018, a jovem yazidi Nadia Murad e o ginecologista congolês Denis Mukwege ganharam o Nobel da Paz por seus esforços contra o uso da violência sexual como arma de guerra. No ano anterior, ganhou a Campanha Internacional para a Abolição de Armas Nucleares, por chamar a atenção para as consequências do uso do armamento e chegar a um acordo pelo fim das armas nucleares. 

Em 2017, em razão de seus esforços para obter um acordo de paz com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), o ex-presidente colombiano Juan Manuel Santos levou o prêmio.

Algumas das grandes surpresas incluem a paquistanesa Malala Yousafzai, que recebeu o prêmio em 2014, aos 17 anos, "pela luta contra a opressão das crianças e dos jovens e pelo direito de todas as crianças à educação". Ela se tornou a pessoa mais jovem a receber o Nobel.

Outra grande surpresa, muito contestada à época, foi a escolha, em 2009, do então presidente american Barack Obama, agraciado  por seus "esforços extraordinários para fortalecer a diplomacia internacional e a cooperação entre os povos". 

Desde a última segunda-feira, o Nobel já divulgou os laureados das categorias de Medicina,Física,Química e Literatura. 

 

Como funciona o Nobel da Paz

O prêmio Nobel da Paz é concedido, desde 1901, a homens, mulheres e organizações que trabalharam para o progresso da humanidade, conforme o desejo de se criador, o inventor sueco Alfred Nobel. Ele é lembrado como o patrono das artes, das ciências e da paz que, antes de morrer, no limiar do século 20, transformou a nitroglicerina em ouro.

O prêmio é entregue pelo Comitê Norueguês do Nobel,  composto por cinco membros escolhidos pelo Parlamento norueguês. O vencedor recebe, além de uma medalha de ouro, 9 milhões de coroas suecas, o equivalente a US$ 910 mil (R$ 5 milhões).

Indicar uma pessoa a um prêmio Nobel é relativamente simples. O comitê organizador distribui (e fornece em seu site) formulários para centenas de formadores de opinião.

sexta-feira, 1 de outubro de 2021

ALCOLUMBRE AFETA STF:

 

STF tem empate e mal-estar com corte desfalcada e indicação de Mendonça travada no Senado

*ARQUIVO* BRASILIA, DF,  BRASIL, 17-10-2019, 14h00: O ministro Ricardo Lewandowski. Sessão plenária do STF, sob a presidência do ministro Dias Toffoli, para julgar ações sobre a possibilidade da prisão após julgamento em segunda instância. O relator da ação é o ministro Marco Aurélio Mello. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A ausência de um ministro no STF (Supremo Tribunal Federal) devido à resistência do Senado em apreciar a indicação de André Mendonça para a corte gerou uma discussão acalorada na sessão desta quinta-feira (30) sobre a solução a ser adotada em julgamentos que ficam empatados pelo fato de o tribunal estar com um integrante a menos.

A divergência surgiu após o ministro Ricardo Lewandowski contestar a decisão do presidente do Supremo, Luiz Fux, de suspender o julgamento de uma ação penal contra o ex-deputado André Moura que estava com o placar em 5 a 5 para aguardar a nomeação do décimo primeiro magistrado do tribunal.

Lewandowski afirmou que há um "princípio universal de que o empate sempre favorece o réu", dando a entender que a análise do caso deveria ter sido concluída na quarta-feira (29) em favor do ex-parlamentar.

Fux, entretanto, divergiu do colega e manteve a decisão de interromper o julgamento para que seja retomado quando o STF estiver com a formação completa.

"Dentro da minha concepção, à luz do regimento interno, o empate só favorece o réu em habeas corpus e recurso ordinário. Nós não podemos criar uma regra de direito porque depois de 1988 o supremo perdeu sua competência legislativa", afirmou.

Lewandowski foi apoiado por Gilmar Mendes, que disse que "subscreve todas as razões trazidas" pelo colega.

"Posso colacionar um sem número decisões do plenário também no que concerne à questão do empate em casos de inquéritos ou ações penais", disse.

O presidente do Supremo, por sua vez, contou com o apoio de Luís Roberto Barroso, que alfinetou Lewandowski. "Talvez o advogado devesse trazer isso", disse. Fux foi na mesma linha. "Vossa excelência deu bons fundamentos para os embargos de declaração [recurso a ser apresentado pela defesa]".

Além dessa questão, Lewandowski também questionou o fato de os quatro ministros que defenderam a absolvição de André Moura na última quarta-feira (30) não terem votado em relação à dosimetria da pena de 8 anos e 3 meses de prisão imposta ao ex-deputado, que foi líder do governo de Michel Temer (MDB) na Câmara.

O magistrado citou como exemplo o julgamento do Mensalão, quando os ministros que ficavam vencidos também participavam da discussão sobre o tamanho da pena a ser imposta aos condenados.

Fux afirmou que considera contraditório o ministro que defendeu a absolvição participar da definição da pena.

O presidente da corte, porém, pediu para Lewandowski formalizar uma questão de ordem sobre o tema e se comprometeu em submeter ao plenário os questionamentos do colega.

O Supremo está com um integrante a menos desde julho, quando Marco Aurélio se aposentou por ter atingido a idade limite para compor a corte. O presidente Jair Bolsonaro indicou o então advogado-geral da União, André Mendonça, para o cargo.

Senadores, porém, têm demonstrado resistência em relação ao nome escolhido pelo chefe do Executivo. O presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), ainda não marcou a data para a sabatina de Mendonça.