Nova doença: a contaminação de procuradores
Claudio Tognolli,Yahoo Notícias 27/06 - Foto: Gilmar Mendes quer investigação sobre MPF
No domingo a FSP publicou que o acordo de delação
premiada que a PGR fechou com os donos da JBS foi mal recebida. 81% dos
entrevistados afirmaram que os irmãos Batistas deveriam ter sido presos
pelos crimes que confessaram.Gilmar Mendes também na Folha de S.Paulo criticou o Ministério Público por não investigar os seus pares. Em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar Gilmar Mendes cobrou abertura de investigação sobre o ex-procurador Marcello Miller, que deixou a força-tarefa da Lava Jato para trabalhar em escritório que defende a JBS.
O ex-procurador Marcelo Miller – que atuava como braço-direito do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, até março deste ano, e participava da Grupo de Trabalho da Lava Jato – passou a trabalhar no escritório de advocacia que negociou os termos da leniência do grupo JBS com a Procuradoria-Geral da República.
Marcelo Miller trabalha agora no escritório Trench, Rossi & Watanabe Advogados, no Rio de Janeiro, que foi contratado pela JBS para negociar os detalhes da delação premiada dos irmãos Wesley e Joesley Batista.
Esse fato não é novo. O ex-senador Aécio Neves também tinha um ex-procurador em sua equipe, quando candidato à presidente, o ex-procurador-geral da República José Roberto Figueiredo Santoro, que já está sendo investigado na Lava Jato, segundo o site de Mino Pedrosa.
Um procurador já está preso por repassar informações para os Joesley Batista: Ângelo Goulart Vilela. A prisão de Vilela foi executada por agentes federais acompanhados por dois procuradores regionais da República. Policiais federais também apreenderam documentos em endereços ligados a Vilela – inclusive no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde Vilela trabalha.
“A responsabilidade criminal do procurador e dos demais suspeitos atingidos pela operação de hoje será demonstrada no curso do processo perante juízos competentes, asseguradas todas as garantias constitucionais e legais”, assegurou Rodrigo Janot, confirmando que Vilela e Tomaz são investigados por tentativa de interferir nas investigações da Operação Greenfield e de atrapalhar o processo de negociação de acordo de colaboração premiada de Joesley Batista, dono do grupo JBS.
Não tem Santo nessa Igreja
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