Música é fundamental
Big Ben
Ela viaja pelo ar, como os pássaros, através
do nada, e chega até você, domina o seu corpo, invade o seu coração e o
arrebata a novos sentimentos.
A arte das musas acompanha a
criatura humana desde o tempo das cavernas. Desde o tempo em que o homem
se comunicava através de gestos e mímicas. Ela já estava lá... mesmo
antes da primeira vocalização humana, e continua sendo o que sempre foi:
uma arte mágica, uma arte vital, uma arte da mais pura fantasia.
Entre
todos os sentidos humanos, a audição é o mais sublime. Quantas pessoas,
desprovidas desses atributos sensoriais, dariam tudo para apenas um
minuto sequer ouvirem a música de Deus? Que coisa mais linda... a música
da gravidade guiada sob a batuta magistral do "Maestro Maior"; a música
dos ventos e das águas anunciando as tempestades; a música da vida
pulsante nos calçadões da cidade; a música das batidas ritmadas do
coração cheio de amor.
O que seria do seu casamento sem a música
magistral de Mendelsson? O que seria do seu romance sem a música
melodiosa dos Bee Gees? O que seria da sua dor de cotovelo sem a música
melancólica de Lupicínio Rodrigues? O que seria da sua classe sem a
música refinada de joão Gilberto? O que seria da sua rebeldia sem a
música inconsequente dos Rolling Stones? O que seria do seu gingado sem
a música dançante do Michael Jackson? O que seria da sua fé sem a
música contemplativa dos Franciscanos? O que seria da sua emoção sem a
música impactante que ajuda o filme a contar sua história? O que seria
da sua festa sem a música que está na moda? O que seria da sua pátria
sem a música que exalta o sentimento de nacionalismo? O que seria da
sua torcida sem a música que serve para enaltecer o seu clube? Vamos
concluir! O que seria da sua vida sem esse bálsamo reconfortante?
Parafraseando
Vinícius de Moraes, " As artes que me perdoem, mas música é fundamental
". Dá para sobreviver sem a Última Ceia de Leonardo da Vinci, sem os
Afrescos da Capela Sistina de Michelangelo, sem a Impressão Sol Nascente
de Claude Monet, mas, viver sem uma boa pitada da arte preferida dos
deuses, torna-se uma missão quase impossível. Será que existe algum
mortal que não goste de música?
Convido-lhe a fazer um teste: no
aconchego do seu lar, no calor do seu quarto, entre quatro paredes, na
sua intimidade sagrada, de preferência com as luzes apagadas e
devidamente relaxado na sua cama acolhedora, escute o Adagietto da
Quinta Sinfonia de Mahler. Se você não se emocionar, já nos primeiros
acordes, provavelmente está faltando em seu corpo um órgão absolutamente
essencial : o coração.
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