DELAÇÃO DOS MARQUETEIROS DO PT DEIXA BOQUIRROTOS DO SENADO EM POLVOROSA!
Gleisi e Paulo Bernardo: Família que recebe propina unida... |
As delações do casal não geraram nenhum novo inquérito – todas as
informações foram juntadas a inquéritos em andamento ou enviadas para
outras instâncias da Justiça.
Nesta quinta-feira, Fachin determinou a retirada do sigilo das delações
premiadas do casal. Os dois são investigados por indícios de terem
recebido dinheiro de caixa 2 por trabalhos em campanhas eleitorais. O
ministro também retirou o sigilo da delação de André Luis Reis Santana,
funcionário do casal.
Nas delações, foram citados cinco políticos com foro no Supremo
Tribunal Federal – os senadores Gleisi Hoffmann (PT-PR), Lindbergh
Farias (PT-RJ) e Marta Suplicy (PMDB-SP) e os deputados Vander Loubet
(PT-MS) e Zeca do PT (PT-MS).
Sobre Gleisi, o minsitro determinou a inclusão das informações em
inquérito já aberto para investigar a senadora. No caso de Marta, Fachin
juntou o material em pedido de abertura de inquérito com base nas
delações da Odebrecht que estão sob reanálise da Procuradoria Geral da
República. Em relação a Lindbergh Farias, as informações foram incluídas
em pedido de abertura de inquérito feito em um desdobramento da Lava
Jato que aguarda definição de novo relator.
Sobre Vander Loubet e Zeca do PT, Fachin reenviou os dados para a
Procuradoria Geral da República analisar se pede ou não abertura de
inquérito. Não há prazo para essa avaliação.
Todas as decisões atenderam a pedidos do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Menção feita nos depoimentos ao governador Fernando Pimentel (PT-MG)
foi encaminhada para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), tribunal que
julga governadores – o tribunal deverá remeter as informações novamente
para a Procuradoria Geral da República avaliar onde serão incluídas.
O ministro remeteu ainda citações a dez políticos sem foro, entre os
quais os ex-presidentes Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva à
Justiça Federal de cinco estados: Paraná, Mato Grosso do Sul, Sergipe,
Rio Grande do Norte e São Paulo. As citações enviadas se referem também
ao ex-senador Delcídio do Amaral, aos ex-ministros Antônio Palocci e
Patrus Ananias e ao ex-prefeito Fernando Haddad, entre outros (Francisco
Rollemberg, Fernando Freire, Dr, Hélio e Gilberto Maggioni).
Citações sobre irregularidades em outros países (Panamá, Angola, El
salvador e Venezuela) foram enviadas por meio de procedimento de
cooperação internacional para que as autoridades desses países avaliem
as informações.
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