sexta-feira, 15 de setembro de 2017

TRÊS DIAS ANTES DE SAIR PROCURADOR GERAL DENUNCIA TEMER MAIS UMA VEZ!


JANOT MANDA NOVA DENÚNCIA CONTRA TEMER, MAS FACHIN SÓ DESPACHARÁ DEPOIS DE JULGAMENTO DA QUESTÃO DE ORDEM DA DEFESA PELO PLENO DO STF
Por que tanta pressa de Janot?
O ministro Luiz Edson Fachin decidiu aguardar uma decisão do plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) antes de enviar à Câmara dos Deputados a nova denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer, apresentada nesta quinta-feira (14).
Temer foi novamente denunciado ao STF pelo procurador-geral, Rodrigo Janot, desta vez pelos crimes de organização criminosa e obstrução de Justiça. Mas o Supremo só poderá analisar a acusação contra o presidente se a Câmara autorizar.
Na próxima quarta (20), o plenário do STF deverá analisar um pedido de Temer para suspender o andamento da denúncia até o fim das investigações sobre suposta omissão de informações nas delações de executivos da J&F, cujas provas embasaram a denúncia.
Planalto considera que segunda denúncia contra Temer chega frágil Na noite desta quinta, Fachin decidiu esperar essa decisão do plenário do STF.
A decisão do ministro adia, em no mínimo em uma semana, o envio da denúncia à Câmara. Se na próxima quarta o plenário do STF decidir esperar o fim da investigação sobre omissão na delação da J&F, o envio da denúncia à Câmara pode demorar ainda mais.
Além de Temer, foram denunciados por organização criminosa os ministros do PMDB Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral); os ex-ministros do PMDB Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) e Henrique Eduardo Alves (Turismo); o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ); e o ex-assessor de Temer Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR).
Por obstrução de Justiça, também foram denunciados os executivos do grupo J&F Joesley Batista e Ricardo Saud, cujos acordos de delação premiada foram rescindidos pela PGR e enviados para homologação do ministro Fachin.

Julgamento no plenário

O julgamento sobre a suspensão da denúncia começou nesta quarta (13) no plenário, mas não houve tempo para a tomada dos votos dos 11 ministros.
Na sessão, o advogado de Temer, Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, sustentou que as provas da nova denúncia devem ser invalidadas, pela suspeita de terem sido produzidas sob a suposta influência do ex-procurador Marcello Miller.
Uma das principais é uma gravação de Joesley Batista, dono da J&F, com Temer, em março deste ano, no Palácio do Jaburu. Ex-auxiliar do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, Miller ainda trabalhava na PGR quando teria começado a orientar os delatores da J&F a fazer o acordo de colaboração.

Denúncia 'recheada de absurdos'

Após a PGR oferecer a nova denúncia, o Palácio do Planalto divulgou uma nota à imprensa na qual afirmou que a acusação contra o presidente Michel Temer é "recheada de absurdos" e mostra a "marcha irresponsável" de Rodrigo Janot.
Segundo apuraram o G1 e a TV Globo, o presidente estuda fazer um pronunciamento nesta sexta (15) para comentar a nova denúncia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário