OS HUMANOS DO SÉCULO
XXI
Ricardo De Benedictis
Observo por alguns
minutos o trânsito e verifico que as pessoas, cada vez mais, utilizam o
‘celular’ ao ouvido, ora conversando coisa séria, ora bobagens, ou mesmo, lendo
e respondendo mensagens, com a atenção dividida entre o ato de dirigir seu
veículo e os assuntos de que trata em mensagens contínuas. Às favas a
segurança... Sua, daqueles que o acompanham no veículo, dos outros que trafegam
na mesma via, e mesmo, dos transeuntes atarantados que andam como ‘zumbis’ com
o maldito telefone ao ouvido, recebendo e transmitindo mensagens de voz e
texto, batendo-se com quem estiver em seu caminho. Esse fenômeno acontece em
todo o Brasil e ninguém sabe onde isso vai parar!
Na nossa vizinhança,
encontramos os mais absurdos atos de ‘como não saber conviver em sociedade’ que
pensamos estivessem superados pela evolução da humanidade. Alguns vizinhos criam
cachorros e gatos que fazem todo o tipo de sujeira em seus quintais, desde as
necessidades fisiológicas, crescimento de mato nativo e ervas daninhas que
quando bate o sol, exalam um insuportável e doentio fedor, capaz de espantar
até os urubus, sem falar no aedes aegypt, dengue, zica, etc. Também existem os pombos que tomam conta do nosso sótão e
desatam a despejar seus dejetos por onde circulam, dando-nos muito trabalho para
realizar a necessária limpeza, várias vezes por semana. Por último, alguns vizinhos que atravessam a rua para depositar o lixo que produzem
em suas casas no nosso passeio, mais precisamente, utilizando-se da nossa
lixeira de ferro galvanizado, implantada na calçada e suspensa, para evitar que
animais vadios rasguem os recipientes ali colocados para que o lixeiro os
conduza a bom destino. Inúmeras vezes, já os pegamos em flagrante e todos fazem aquela cara
de pecadora arrependida, até pedem desculpas e dizem coisas sem nexo, envergonhados,
dias depois, voltam a delinquir e repetem as mesmas expressões de vergonha e falta de caráter...
No trânsito o desrespeito
é marca registrada. Homens, mulheres, cada qual acha que a pista é sua, que só
ele ou ela pagam impostos e que o resto é... o resto. E é nesse clima que
ficamos o tempo todo a criticar nossos governantes por tudo o que fazem ou deixam
de fazer.
Algumas pessoas
publicam matérias em blogues e nas redes sociais para criticar e denegrir a administração
pública. Há poucos dias mandaram veicular uma matéria tentando
ridicularizar o prefeito por uma Lei Municipal que
obriga os carroceiros a colocaemr uma espécie de fralda em seus animais que saem
por aí defecando e trazendo péssimos odores ambientais e males à saúde pública. Esqueceram que a tal
Lei foi sancionada pelo prefeito anterior, Zé Raimundo há mais de 8 anos... Obrigar os
carroceiros a tomarem aulas de sinalização de trânsito parece um absurdo, mas
não é. Tem gente na boleia das carroças que faz o ‘diabo’ pelas vias e muitas
vezes causa acidentes pois não obedece as leis de trânsito como deveria.
Alguns por negligência, a maioria por falta de conhecimento e outros tantos que
fazem sua labuta na base da ‘maldita’. Já começam a beber cachaça cedo e lá
para meio-dia, se perguntados, nem saberão dizer o que fazem ou que dia é hoje!
Lidar com o público é
uma ciência. Tem que haver bom senso e parcimônia, no limite da legislação. Quem
não deseja cumprir as normas urbanas deveria voltar às origens, a maioria da
zona rural, onde a população vem diminuindo, mas é um bom local para a produção
de bens de consumo, principalmente alimentos vegetais e animais. Bom senso,
minha gente!
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