*1926 + 2018 - O Jornalista e escritor estava internado no Rio; a causa da morte foi falência de órgãos. Autor do premiado 'Quase memória', ele é considerado um dos maiores escritores brasileiros.
G1 -
O jornalista e escritor Carlos Heitor Cony
morreu, por volta das 23h desta sexta-feira (5), aos 91 anos. Ele
estava internado desde 26 de dezembro no Hospital Samaritano, no Rio. Em
1º de janeiro, foi submetido a uma cirurgia no intestino e teve
complicações. A causa da morte foi falência de órgãos. O velório vai ser
reservado à família.
Com uma longa carreira de jornalista, iniciada ainda nos anos 1950, e
atuação nos principais jornais e revistas do país ao longo das últimas
décadas, Cony é considerado um dos maiores escritores brasileiros.
Ganhou diversos prêmios e, desde 2000, era membro da Academia Brasileira
de Letras (ABL).
É autor de 17 romances, como "O ventre" (1958), "A verdade de cada
dia", "Tijolo de segurança" e "Pilatos" (1973), uma de suas
obras-primas. Depois deste último, passou mais de 20 anos sem publicar
nenhum outro romance, quando lançou "Quase memória" (1995). A obra, que
vendeu mais 400 mil exemplares, rendeu o Prêmio Jabuti, assim como "A
casa do poeta trágico" (1996).
Cony também escreveu coletâneas de crônicas, volumes de contos, ensaios
biográficos, obras infantojuvenis, adaptações e criou novelas para a
TV. Foi comentarista de rádio, função que exerceu até o fim da vida, na
CBN.
O presidente da ABL, Marco Lucchesi, determinou três dias luto e
comentou: "Perdemos um nome certo para o Nobel. Carlos Heitor Cony
integra a família dos grandes escritores do século XX. Criou um
continente literário fascinante, sagaz, imprevisível. Homem de vasta
cultura, jamais se desligou do presente, do Brasil e do mundo. 'Quase
memória' é um de seus livros mais visitados e redesenha a figura do pai
na literatura brasileira".
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