terça-feira, 9 de abril de 2019

GRANDE SHOW E PÚBLICO REDUZIDO...

“CANTORIAS A ESTRADA” FOI UM SUCESSO
DE APRESENTAÇÃO DE GRANDES ARTISTAS
TEXTO:JEREMIAS MACÁRIO - FOTOS J C D'ALMEIDA
Um encontro inédito de grandes artistas locais da música e da poesia resultou num dos maiores espetáculos de Vitória da Conquista, realizado no último sábado (dia 06/04), no Teatro Carlos Jehovah, com cantorias, causos e poemas, pena que o público foi pequeno para a grandiosidade cultural do evento, e quem não foi perdeu de ouvir lindas canções que deixaram todos encantados e maravilhados.
 Lamentável o nível baixo a que está sendo relegada a nossa cultura em Conquista, na Bahia e no Brasil, mas foi uma noite memorável que reuniu Alisson Menezes, Jânio Arapiranga, Evandro Correia, Papalo Monteiro (convidados especiais), Marta Moreno, Alex Baducha, Dorinho Chaves e Paulo Gabiru que fazem parte do grupo do CD Sarau, e entoaram lindas canções autorais e de artistas nacionais da música popular brasileira.
Além da música de boa qualidade, o “Cantorias A Estrada” contou ainda com a apresentação de causos e declamações de poemas de Vandilza Gonçalves, Regina Chaves, José Carlos D´Almeida, Gildásio Amorim, Jhesus, Dorinho Chaves e Jeremias Macário que também se encarregou do cerimonial, ao lado de Vandilza. Marta Moreno, acompanhada de Jânio Arapiranga e Baducha, cantou de sua autoria “Flores Amarelas”. 
O show foi aberto com a narração da história sobre o “Sarau a Estrada” que está completando nove anos, e como surgiu a ideia de criação de um CD do Sarau para documentar nossos eventos de debates, música, poemas e um bom bate-papo descontraído e fraternal. Logo em seguida, Paulo Gabiru brindou o público com uma música de Dorinho.
O “Cantorias A Estrada” prosseguiu cada vez melhor com grandes canções violadas, intercaladas com poemas que deixaram o público extasiado com o nível das apresentações dos artistas durante uma hora e meia de pura cultura. Todos queriam mais, mas o convidado Alisson Menezes, com sua voz e violão afinados, fechou “O Cantorias” com duas belas canções, para lamento dos presentes.
No final todos os artistas se apresentaram no palco para cantar em conjunto com o público a música“Pau de Atiradeira”. E foram só elogios no encerramento. Muitos chegaram a dizer que em Conquista nunca houve um show que reunisse tantos artistas da terra, 14 ao todo porque não puderam comparecer o cantor e compositor Walter Lajes, o professor Itamar Aguiar e a atriz Edna Brito por questões de força maior.
Todo o grupo do CD Sarau que está arrecadando recursos para gravação de uma mídia, agradeceu a boa vontade dos participantes especiais Jànio Arapiranga, Papalo Monteiro que musicou e interpretou a letra “Nas Ciladas da Lua Cheia”, de Jeremias Macário, Evandro Correia e Alisson Menezes. O grupo agradeceu também a divulgação feita sobre o evento pelas rádios da cidade, pelos blogs e pela TV Sudoeste.
  Teatro em abandono
  O ponto destoante do show foi o aspecto em que se encontra o Teatro Carlos Jehovah, em total abandono, com camarim sujo, sem as mínimas condições de abrigar os artistas, banheiros sujos e até sem papel higiênico. Todos artistas ficaram estarrecidos com o quadro e comentaram que a cultura em nossa cidade está sendo destruída e jogada no lixo.
  No sábado meio dia, mesmo com pedido feito à Secretaria de Cultura, não foi possível encontrar um funcionário para abrir o teatro para uma tomada de entrevista com a TV Sudoeste. O Teatro necessita urgentemente de um administrador para cuidar do equipamento. Como está, fica difícil e complicado realizar um evento ali, mesmo com uma boa divulgação por parte da mídia, como foi o caso do show do último sábado.
O pior de tudo é a falta de segurança no local, tanto que o rapaz que cuidou do som, recomendou que não ficássemos com dinheiro na entrada porque corríamos o risco de passar um bandido e levar tudo. Não existia, pelo menos, um vigia para nos proteger, e depois do show as pessoas tiveram que sair em grupo com medo de assalto.
As pessoas temem ir ao Teatro à noite com medo de se deparar com um ladrão ou assassino, daí tão pequeno o público que tem comparecido ao local, ameaçado de desaparecer. Existe também o perigo de bandidos fazerem um arrastão durante um evento e levarem celulares e pertences de todos, o som e objetos do Teatro, além dos instrumentos dos artistas.

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