“CANTORIAS A ESTRADA” FOI UM SUCESSO
DE APRESENTAÇÃO DE GRANDES ARTISTAS
TEXTO:JEREMIAS MACÁRIO - FOTOS J C D'ALMEIDA
Um encontro inédito de
grandes artistas locais da música e da poesia resultou num dos maiores
espetáculos de Vitória da Conquista, realizado no último sábado (dia 06/04), no
Teatro Carlos Jehovah, com cantorias, causos e poemas, pena que o público foi
pequeno para a grandiosidade cultural do evento, e quem não foi perdeu de ouvir
lindas canções que deixaram todos encantados e maravilhados.
Lamentável o nível baixo a que está sendo relegada
a nossa cultura em Conquista, na Bahia e no Brasil, mas foi uma noite memorável que
reuniu Alisson Menezes, Jânio Arapiranga, Evandro Correia, Papalo Monteiro
(convidados especiais), Marta Moreno, Alex Baducha, Dorinho Chaves e Paulo
Gabiru que fazem parte do grupo do CD Sarau, e entoaram lindas canções autorais
e de artistas nacionais da música popular brasileira.
Além da música de boa
qualidade, o “Cantorias A Estrada” contou ainda com a apresentação de causos e
declamações de poemas de Vandilza Gonçalves, Regina Chaves, José Carlos
D´Almeida, Gildásio Amorim, Jhesus, Dorinho Chaves e Jeremias Macário que
também se encarregou do cerimonial, ao lado de Vandilza. Marta Moreno,
acompanhada de Jânio Arapiranga e Baducha, cantou de sua autoria “Flores Amarelas”.
O show foi aberto com a
narração da história sobre o “Sarau a Estrada” que está completando nove anos,
e como surgiu a ideia de criação de um CD do Sarau para documentar nossos
eventos de debates, música, poemas e um bom bate-papo descontraído e fraternal.
Logo em seguida, Paulo Gabiru brindou o público com uma música de Dorinho.
O “Cantorias A Estrada”
prosseguiu cada vez melhor com grandes canções violadas, intercaladas com
poemas que deixaram o público extasiado com o nível das apresentações dos
artistas durante uma hora e meia de pura cultura. Todos queriam mais, mas o
convidado Alisson Menezes, com sua voz e violão afinados, fechou “O Cantorias”
com duas belas canções, para lamento dos presentes.
No final todos os artistas
se apresentaram no palco para cantar em conjunto com o público a música“Pau de
Atiradeira”. E foram só elogios no encerramento. Muitos chegaram a dizer que em
Conquista nunca houve um show que reunisse tantos artistas da terra, 14 ao todo
porque não puderam comparecer o cantor e compositor Walter Lajes, o professor Itamar
Aguiar e a atriz Edna Brito por questões de força maior.
Todo o grupo do CD
Sarau que está arrecadando recursos para gravação de uma mídia, agradeceu a boa
vontade dos participantes especiais Jànio Arapiranga, Papalo Monteiro que
musicou e interpretou a letra “Nas Ciladas da Lua Cheia”, de Jeremias Macário,
Evandro Correia e Alisson Menezes. O grupo agradeceu também a divulgação feita
sobre o evento pelas rádios da cidade, pelos blogs e pela TV Sudoeste.
Teatro em abandono
O ponto destoante do show foi o aspecto em
que se encontra o Teatro Carlos Jehovah, em total abandono, com camarim sujo,
sem as mínimas condições de abrigar os artistas, banheiros sujos e até sem
papel higiênico. Todos artistas ficaram estarrecidos com o quadro e comentaram
que a cultura em nossa cidade está sendo destruída e jogada no lixo.
No sábado meio dia, mesmo com pedido feito à
Secretaria de Cultura, não foi possível encontrar um funcionário para abrir o
teatro para uma tomada de entrevista com a TV Sudoeste. O Teatro necessita
urgentemente de um administrador para cuidar do equipamento. Como está, fica
difícil e complicado realizar um evento ali, mesmo com uma boa divulgação por
parte da mídia, como foi o caso do show do último sábado.
O pior de tudo é a
falta de segurança no local, tanto que o rapaz que cuidou do som, recomendou
que não ficássemos com dinheiro na entrada porque corríamos o risco de passar
um bandido e levar tudo. Não existia, pelo menos, um vigia para nos proteger, e
depois do show as pessoas tiveram que sair em grupo com medo de assalto.
As pessoas temem ir ao
Teatro à noite com medo de se deparar com um ladrão ou assassino, daí tão
pequeno o público que tem comparecido ao local, ameaçado de desaparecer. Existe
também o perigo de bandidos fazerem um arrastão durante um evento e levarem
celulares e pertences de todos, o som e objetos do Teatro, além dos instrumentos dos artistas.
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