domingo, 6 de agosto de 2017

MERCOSUL SUSPENDE VENEZUELA, DE NOVO!

MERCOSUL SUSPENDE VENEZUELA POR 'RUPTURA DA ORDEM DEMOCRÁTICA'
Suspensa do exercício de membro do Mercosul desde dezembro por descumprir obrigações com as quais se comprometeu em 2012, a Venezuela agora recebeu uma nova sanção por "ruptura da ordem democrática".
Reunião em São Paulo decidiu suspender direitos políticos da Venezuela no Mercosul (Foto: Gabriela Bazzo/G1) A decisão foi aprovada por unanimidade e anunciada neste sábado (5), após uma reunião em São Paulo, da qual participaram representantes do Brasil, da Argentina, do Uruguai e do Paraguai, os quatro países fundadores do bloco.
Com a medida, a reintegração da Venezuela fica mais complicada. Mesmo que passe a cumprir todos os outros compromissos fundamentais previstos no protocolo de sua adesão ao bloco, o Mercosul só voltará a incorporar a Venezuela depois de "restaurada a ordem democrática", afirmou o documento.
Irene Mendonza leva seu protesto contra mortes de jovens na Venezuela (Foto: Gabriela Bazzo/G1)
 Reunião em São Paulo decidiu suspender direitos políticos da Venezuela no Mercosul (Foto: Gabriela Bazzo/G1)
"Desde que o governo venezuelano enveredou por um caminho que o levou a se afastar cada vez mais da democracia, nossos países, em diversas instâncias, manifestaram preocupação", afirmou o chanceler brasileiro Aloysio Nunes.
A decisão foi baseada na cláusula do Protocolo de Ushuaia, assinado em 1996, que afirma que os países do bloco devem respeitar a democracia.
Irene Mendonza leva seu protesto contra mortes de jovens na Venezuela (Foto: Gabriela Bazzo/G1)
A medida coloca o governo de Nicolás Maduro em uma situação ainda mais isolada em relação aos seus pares latino-americanos.
O comunicado não prevê sanções comerciais, mas cada país pode decidir por retaliações próprias conforme seus acordos bilaterais.
"Não importa o que se perca de comércio. O que estamos a dizer aqui é: você não pode matar seu povo, não pode cassar direito", afirmou o chanceler argentino Jorge Faurie.
Reunião do Mercosul em São Paulo  (Foto: Gabriela Bazzo/G1) Segundo Nunes, o Brasil não suspenderá a exportação de alimentos para a Venezuela, porque agravaria a crise humanitária. O protocolo de Ushuaia não prevê a expulsão de um membro do Mercosul.
"Queremos que a Venezuela volte. Esse é o objetivo. Queremos que ela se reencontre com a democracia", afirmou o chanceler brasileiro.
Reunião do Mercosul em São Paulo (Foto: Gabriela Bazzo/G1

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