MERCOSUL SUSPENDE VENEZUELA POR 'RUPTURA DA ORDEM DEMOCRÁTICA'
Suspensa
do exercício de membro do Mercosul desde dezembro por descumprir
obrigações com as quais se comprometeu em 2012, a Venezuela agora
recebeu uma nova sanção por "ruptura da ordem democrática".
Com a medida, a reintegração da Venezuela fica mais complicada. Mesmo
que passe a cumprir todos os outros compromissos fundamentais previstos
no protocolo de sua adesão ao bloco, o Mercosul só voltará a incorporar a
Venezuela depois de "restaurada a ordem democrática", afirmou o
documento.
"Desde que o governo venezuelano enveredou por um caminho que o levou a
se afastar cada vez mais da democracia, nossos países, em diversas
instâncias, manifestaram preocupação", afirmou o chanceler brasileiro
Aloysio Nunes.
A decisão foi baseada na cláusula do Protocolo de Ushuaia, assinado em
1996, que afirma que os países do bloco devem respeitar a democracia.
A medida coloca o governo de Nicolás Maduro em uma situação ainda mais isolada em relação aos seus pares latino-americanos.
O comunicado não prevê sanções comerciais, mas cada país pode decidir
por retaliações próprias conforme seus acordos bilaterais.
"Não importa o que se perca de comércio. O que estamos a dizer aqui é: você não pode matar seu povo, não pode cassar direito", afirmou o chanceler argentino Jorge Faurie.
"Queremos que a Venezuela volte. Esse é o objetivo. Queremos que ela se reencontre com a democracia", afirmou o chanceler brasileiro.
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