quarta-feira, 16 de agosto de 2017

KRONIKETA:



Basta de Benesses, chega de mordomias!                              
Sérgio Fonseca
e-mail: serioja.fonseca@hotmail.com

   A nossa sociedade paga demais a muitas pessoas, que pouco fazem, no Executivo, no Legislativo e no Judiciário. Tanto na esfera federal, como na estadual e municipal. E, na realidade depois de serem eleitos como representantes do povo, a maioria vai batalhar mesmo é para a melhoraria de suas finanças pessoais ou aumentar sua participação pessoal em mordomias ou benesses como jatinhos da FAB, helicópteros governamentais, cartões corporativos, verbas de representação, auxílio moradia, auxílio alimentação e demais penduricalhos valiosos.
   O site www.nossasaopaulo.org.br/portal/node4733 faz um precioso detalhamento sobre essa quesão de mordomias e benesses. Em 2016, por exemplo, o veículos oficiais federais custaram, aos cofres públicos,R$1,6 bilhões. Nunca é demais lembrar que, na Holanda,os parlamentares não tem direito a carro oficial. O prefeito vai ao trabalho de bicicleta. Na Noruega, há 20 carros para atender ao governo e só o primeiro ministro  tem carro exclusivo.
    Em Londres, o prefeito anda de metrô ou de bicicleta.Ele e os vereadores, recebem vale-transporte anual para o metrô. Na Suécia, nem o primeiro ministro tem carro oficial. Se residirem a mais de 70 Km de Estocolmo, poderão pedir reembolso. Os parlamentares suecos têm direitos a reembolso de combustível.
   Na realidade, aqui no Brasil, encastelou-se no poder, uma classe de semi-deuses que, embora levantem o estandarte da defesa os interesses do povo brasileiro, , na realidade -com pouquíssimas exceções -defendem mesmo são os interesses de corporações, sindicatos, associações de classe ou mesmo quadrilhas especializadas no assalto ao Erário Público em suas mais variadas formas.
   O eleitor brasileiro precisa conscientizar-se, antes que seja tarde demais, de que é um cidadão de segunda categoria , com direitos pouco atendidos . Qualquer tentativa de melhora de sua posição é impiedosamente destroçada e/ou  achincalhada pela maioria parlamentar como ocorreu, por exemplo, cm os mais de 2 milhões de assinaturas propondo mudanças radicais na legislação,propostas elaboradas pelo Ministério Público e pela própria população. Estas propostas foram acintosamente desvirtuadas pelos "pais da pátria"que não querem que mude a situação que tão grandemente os beneficia.
   Tancredo Neves(1910-1985) frisava que "O Brasil de nossos dias não admite nem o exclusivismo do governo nem da oposição. Governo e oposição,  acima de seus objetivos políticos, têm deveres inalienáveis com o povo".
     Recentemente,o Executivo mandou para o Congresso- sugestão de Refis, boa para o governo e boa para os devedores - mas atendendo principalmente aos devedores, foi violentamente desfigurada pelos irresponsáveis parlamentares, que mascararam o perdão disfarçado de algumas dívidas. Uma total falta de vergonha e de espírito cívico.
    O economista John Kenneth Galbraith (1908- 2006) já dizia que  "As pessoas com privilégios preferem arriscar a própria destruição que perderem um pouco de sua vantagem material".
   Como ladrões nas trevas,na calada da noite, o Congresso Nacional aprovou R$3,6 bilhões a serem gastos na campanha eleitoral de 20018. Ao invés de campanhas simples, os políticos mais uma vez estão jogando nas costas do contribuinte, o pagamento de caríssimos marqueteiros e faraônicas campanhas eleitorais. Sem esquecermos que já há um fundo de financiamento de campanhas .  
   O novo fundo, que só vai beneficiar políticos e alguns de seus asseclas tem o altissonante nome de " Fundo Especial de Financiamento da Democracia". Se regulamentado, junto com o fundo já existente, totalizará R4,47 blhões. Gasto excessivo para este período da crise nacional. Por que deputados e senadores não resolvem, pelo menos uma vez por a mão no bolso e financiarem suas próprias campanhas?
   Aliás, Raymond Poincaré (1860-1934) ex-presidente francês, já dizia que "nenhum governo tem para dar, seja a quem for, um tostão que não seja tirado de alguém". Acrescentamos nós, ainda mais em momento de crise brasileira. 

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