Basta de Benesses, chega de mordomias!
Sérgio Fonseca
e-mail:
serioja.fonseca@hotmail.com
A nossa sociedade paga demais a
muitas pessoas, que pouco fazem, no Executivo, no Legislativo e no Judiciário.
Tanto na esfera federal, como na estadual e municipal. E, na realidade depois
de serem eleitos como representantes do povo, a maioria vai batalhar mesmo é
para a melhoraria de suas finanças pessoais ou aumentar sua participação
pessoal em mordomias ou benesses como jatinhos da FAB, helicópteros
governamentais, cartões corporativos, verbas de representação, auxílio moradia,
auxílio alimentação e demais penduricalhos valiosos.
O site www.nossasaopaulo.org.br/portal/node4733
faz um precioso detalhamento sobre essa quesão de mordomias e benesses. Em
2016, por exemplo, o veículos oficiais federais custaram, aos cofres
públicos,R$1,6 bilhões. Nunca é demais lembrar que, na Holanda,os parlamentares
não tem direito a carro oficial. O prefeito vai ao trabalho de bicicleta. Na
Noruega, há 20 carros para atender ao governo e só o primeiro ministro tem carro exclusivo.
Em Londres, o prefeito anda de
metrô ou de bicicleta.Ele e os vereadores, recebem vale-transporte anual para o
metrô. Na Suécia, nem o primeiro ministro tem carro oficial. Se residirem a
mais de 70 Km de Estocolmo, poderão pedir reembolso. Os parlamentares suecos
têm direitos a reembolso de combustível.
Na realidade, aqui no Brasil,
encastelou-se no poder, uma classe de semi-deuses que, embora levantem o
estandarte da defesa os interesses do povo brasileiro, , na realidade -com
pouquíssimas exceções -defendem mesmo são os interesses de corporações,
sindicatos, associações de classe ou mesmo quadrilhas especializadas no assalto
ao Erário Público em suas mais variadas formas.
O eleitor brasileiro precisa
conscientizar-se, antes que seja tarde demais, de que é um cidadão de segunda
categoria , com direitos pouco atendidos . Qualquer tentativa de melhora de sua
posição é impiedosamente destroçada e/ou
achincalhada pela maioria parlamentar como ocorreu, por exemplo, cm os
mais de 2 milhões de assinaturas propondo mudanças radicais na
legislação,propostas elaboradas pelo Ministério Público e pela própria
população. Estas propostas foram acintosamente desvirtuadas pelos "pais da
pátria"que não querem que mude a situação que tão grandemente os
beneficia.
Tancredo Neves(1910-1985)
frisava que "O Brasil de nossos dias não admite nem o exclusivismo do governo
nem da oposição. Governo e oposição,
acima de seus objetivos políticos, têm deveres inalienáveis com o
povo".
Recentemente,o Executivo
mandou para o Congresso- sugestão de Refis, boa para o governo e boa para os
devedores - mas atendendo principalmente aos devedores, foi violentamente
desfigurada pelos irresponsáveis parlamentares, que mascararam o perdão
disfarçado de algumas dívidas. Uma total falta de vergonha e de espírito
cívico.
O economista John Kenneth
Galbraith (1908- 2006) já dizia que
"As pessoas com privilégios preferem arriscar a própria destruição
que perderem um pouco de sua vantagem material".
Como ladrões nas trevas,na
calada da noite, o Congresso Nacional aprovou R$3,6 bilhões a serem gastos na
campanha eleitoral de 20018. Ao invés de campanhas simples, os políticos mais
uma vez estão jogando nas costas do contribuinte, o pagamento de caríssimos
marqueteiros e faraônicas campanhas eleitorais. Sem esquecermos que já há um
fundo de financiamento de campanhas .
O novo fundo, que só vai
beneficiar políticos e alguns de seus asseclas tem o altissonante nome de
" Fundo Especial de Financiamento da Democracia". Se regulamentado,
junto com o fundo já existente, totalizará R4,47 blhões. Gasto excessivo para
este período da crise nacional. Por que deputados e senadores não resolvem,
pelo menos uma vez por a mão no bolso e financiarem suas próprias campanhas?
Aliás, Raymond Poincaré (1860-1934) ex-presidente francês, já dizia que "nenhum governo tem para
dar, seja a quem for, um tostão que não seja tirado de alguém".
Acrescentamos nós, ainda mais em momento de crise brasileira.
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