sexta-feira, 8 de junho de 2018

JEREMIAS MACÁRIO - COLUNISTA VIP:



HOMICÍDIOS NAS AMÉRICAS E A
                  FOME DOS IEMENITAS E NA ÁFRICA
As nações mais ricas lançam foguetes bilionários no espaço e triplicam seus arsenais armamentistas investindo trilhões, enquanto milhões morrem por ano vítimas de homicídios nas Américas, de fome no Iêmen e em toda a África que ainda sofre a miséria do colonialismo. Os homens egoístas com suas tecnologias e muito dinheiro pensam em encontrar outro planeta para fugir da terra,a qual eles mesmosse encarregaram de detonar.
  O Brasil passou a ter entre 2015 e 2016 a sétima maior taxa de homicídios das Américas, com um indicador de 31,3 mortes para cada 100 mil habitantes (no mundo a taxa é de 6,4 homicídios), conforme relatório da Organização Mundial de Saúde. Vítimas historicamente de governos tiranos. populistas, corruptos e incompetentes, a Honduras, por exemplo,lidera o ranking com 55,5 homicídios para cada 100 mil pessoas.
  Nos últimos dez anos, 553 mil pessoas morreram de forma violenta no Brasil, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)m e do Fórum Brasileiro de Seguram Pública. Em 2016, pela primeira vez, o país ultrapassou a taxa de 30 homicídios por 100 mil habitantes, com recorde de 62.517 assassinatos.
   O aumento ocorreu num período em que o país se transformou em potência nos mercados emergentes, e depois afundou economicamente. Como sempre liderando índices negativos, o Norte e o Nordeste registraram as maiores violências nas estatísticas.
No Brasil, um Estado criminoso de dentro dos presídios manda no Estado classificado de direito, mas falido. De fora, “as autoridades” demonstram poder que não existe. Enganam o povo com suas entrevistas de domínio, mas às ocultas, nos muros medievais das cadeias, se rendem aos acordos do comando do outro Estado que ordena tocar fogo em ônibus e delegacias.
 Talvez nestas estatísticas não esteja incluída a matança e a execução de civis por policiais militares que acreditam na força para acabar com a violência. Aliás, o policial é também violento por despreparo para lidar e tratar o cidadão com respeito. Um exemplo foi a recente ação deles, em Salvador, contra uma mulher negra e grávida. Nossa sociedade é hipócrita. Fosse um civil batendo numa mulher, a reação da mídia e dos presentes seria diferente. Dá a entender que policial pode espancar mulher, mas o civil, não. Fosse nos Estados Unidos, toda nação negra tomava as ruas para protestar. Aqui nada acontece, como o assassinato do artista plástico numa cidade da Região Metropolitana há pouco tempo. Ninguém falou mais nisso. Outros casos desse tipo vão ocorrer, sem punição.
A NEGAÇÃO DO SOCIAL
 A pobreza e a miséria que sepultam pessoas antes do tempo são também consequências de uma elite burguesa colonialista egocêntrica que tudo faz para negar a melhoria social do povo desta região das Américas. A Venezuela ficou em segundo lugar, com 49,2 homicídios para cada 100 mil habitantes. Sofrendo dos mesmos males, El Salvador ficou em terceiro lugar, com 46.
  Com altos índices de homicídios seguem a lista dos massacres a Colômbia em quarto lugar com 43,1 assassinatos para cada 100 mil habitantes. Depois vem Trinidad e Tobago com 42,2 e Jamaica no sexto com índice de 39,1. As taxas das Américas, na média, são superiores às demais regiões do globo.
Outras pesquisas concluíram que a América Latina é a região mais violenta do mundo. Dezessete dos 20 países com maiores taxas de homicídio estão localizados na América Latina e no Caribe, com cerca de 160 mil mortes em 2016, dos quase 500 mil globalmente, contra 100 mil mortes em guerras e conflitos no mundo.
Cada estudo reflete cenários diferentes, não deixando, porém, de serem degradantes. Existe aquele que aponta que o Brasil é hoje o país com o maior número de homicídios do mundo com o registro de 61,283 mortes, índice que se aproxima da média anual de vítimas fatais da guerra civil da Síria.
A taxa média brasileira por grupo de 100 mil chegou a 29,7 em 2017, o triplo do padrão considerado aceitável no mundo que é de 10. No ranking nacional, a Bahia aparece em sétimo lugar, com uma taxa de 46,5 mortes por grupo de 100 mil. Sergipe registrou a maior taxa, com 64, vindo em seguida Rio Grande do Norte e Alagoas.
  Mais uma vez, os governos incompetentes e corruptos nos enganam criando decretos, medidas, projetos e botando tanques do exército nas ruas para reduzir a violência. A burguesia e os idiotas aplaudem, mas, maisforça é sinal de fraqueza.
 Agora mesmo veio com a tal integração de dados entre os órgãos de segurança dos 26 estados e do Distrito Federal. É o chamado projeto que criou o Sistema Único de Segurança Pública, com mais a sigla Susp. Podia ser susto mais este elefante-branco.
   A FOME MATA NO IÊMEN E NA ÁFRICA
  Em toda história da humanidade, infelizmente a raça humana foi sempre seletiva e tudo fez para escravizare excluir os mais fracos. Assim foi na Mesopotâmia, na Grécia espartana e ateniense, na Roma imperial e no continente africano onde os colonizadores se apropriaram de suas riquezas, exterminaram e ainda exterminam suas populações que vivem na miséria.
  A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou recentemente que 10 milhões de iemenitas poderão morrer de fome caso a situação no país não melhore até o final deste ano. O contingente se somaria aos 8,4 milhões de indivíduos que já enfrentam escassez de alimentos.
  No Iêmen, 22 milhões de pessoas (70% da população) precisam de assistência ou proteção humanitária para sobreviver. Desde 2014 o país vive uma guerra civil entre os Houthi e uma coalização de países liderados pela Arábia Saudita. É a pior crise humanitária do mundo, e o Grupo dos Sete mais ricos nada faz, a não ser discutir suas diferenças. A União Europeia mura suas fronteiras para ninguém passar.
 O Iêmen, Síria, Afeganistão, Burandi, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, Iraque, Nigéria, Sudão do Sul e Sudão estão relacionados entre as 13 maiores crises alimentares do mundo. A fome se alastra em outros países da África com governos ditatoriais e corruptos.
  É um quadro devastador que o resto do mundo assiste há tempos de braços cruzados. Os países ricos estão mais preocupados em aumentar seu armamento e lançar foguetes para desvendar os mistérios do espaço cósmico, enquanto cerca de um bilhão de pessoas vivem em estado de pobreza e de extrema miséria.
Ao invés de resolverem os problemas da terra, eles falam em fugir para outro planeta. O homem ficou mais burro e imbecil, principalmente depois da revolução tecnológica. Ainda tem gente, em nome de uma tecnologia excludente, que diz que vivemos hoje num mundo civilizado, só se for de matança e de estupidez.

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