HOMICÍDIOS NAS AMÉRICAS E A
FOME DOS IEMENITAS E NA ÁFRICA
As nações mais ricas
lançam foguetes bilionários no espaço e triplicam seus arsenais armamentistas
investindo trilhões, enquanto milhões morrem por ano vítimas de homicídios nas
Américas, de fome no Iêmen e em toda a África que ainda sofre a miséria do
colonialismo. Os homens egoístas com suas tecnologias e muito dinheiro pensam
em encontrar outro planeta para fugir da terra,a qual eles mesmosse
encarregaram de detonar.
O Brasil passou a ter entre 2015 e 2016 a
sétima maior taxa de homicídios das Américas, com um indicador de 31,3 mortes
para cada 100 mil habitantes (no mundo a taxa é de 6,4 homicídios), conforme
relatório da Organização Mundial de Saúde. Vítimas historicamente de governos
tiranos. populistas, corruptos e incompetentes, a Honduras, por exemplo,lidera
o ranking com 55,5 homicídios para cada 100 mil pessoas.
Nos últimos dez anos, 553 mil pessoas
morreram de forma violenta no Brasil, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea)m e do Fórum Brasileiro de Seguram Pública. Em 2016, pela
primeira vez, o país ultrapassou a taxa de 30 homicídios por 100 mil
habitantes, com recorde de 62.517 assassinatos.
O aumento ocorreu num período em que o país
se transformou em potência nos mercados emergentes, e depois afundou
economicamente. Como sempre liderando índices negativos, o Norte e o Nordeste
registraram as maiores violências nas estatísticas.
No Brasil, um Estado
criminoso de dentro dos presídios manda no Estado classificado de direito, mas
falido. De fora, “as autoridades” demonstram poder que não existe. Enganam o
povo com suas entrevistas de domínio, mas às ocultas, nos muros medievais das
cadeias, se rendem aos acordos do comando do outro Estado que ordena tocar fogo
em ônibus e delegacias.
Talvez nestas estatísticas não esteja incluída
a matança e a execução de civis por policiais militares que acreditam na força
para acabar com a violência. Aliás, o policial é também violento por despreparo
para lidar e tratar o cidadão com respeito. Um exemplo foi a recente ação
deles, em Salvador, contra uma mulher negra e grávida. Nossa sociedade é
hipócrita. Fosse um civil batendo numa mulher, a reação da mídia e dos
presentes seria diferente. Dá a entender que policial pode espancar mulher, mas
o civil, não. Fosse nos Estados Unidos, toda nação negra tomava as ruas para
protestar. Aqui nada acontece, como o assassinato do artista plástico numa
cidade da Região Metropolitana há pouco tempo. Ninguém falou mais nisso. Outros
casos desse tipo vão ocorrer, sem punição.
A NEGAÇÃO DO SOCIAL
A pobreza e a miséria que sepultam pessoas
antes do tempo são também consequências de uma elite burguesa colonialista egocêntrica
que tudo faz para negar a melhoria social do povo desta região das Américas. A
Venezuela ficou em segundo lugar, com 49,2 homicídios para cada 100 mil
habitantes. Sofrendo dos mesmos males, El Salvador ficou em terceiro lugar, com
46.
Com altos índices de homicídios seguem a
lista dos massacres a Colômbia em quarto lugar com 43,1 assassinatos para cada
100 mil habitantes. Depois vem Trinidad e Tobago com 42,2 e Jamaica no sexto
com índice de 39,1. As taxas das Américas, na média, são superiores às demais
regiões do globo.
Outras pesquisas
concluíram que a América Latina é a região mais violenta do mundo. Dezessete dos 20 países com maiores taxas de homicídio estão
localizados na América Latina e no Caribe, com cerca de 160 mil mortes em 2016,
dos quase 500 mil globalmente, contra 100 mil mortes em guerras e conflitos no
mundo.
Cada estudo reflete
cenários diferentes, não deixando, porém, de serem degradantes. Existe aquele
que aponta que o Brasil é hoje o país com o maior número de homicídios do mundo
com o registro de 61,283 mortes, índice que se aproxima da média anual de
vítimas fatais da guerra civil da Síria.
A taxa média brasileira
por grupo de 100 mil chegou a 29,7 em 2017, o triplo do padrão considerado
aceitável no mundo que é de 10. No ranking nacional, a Bahia aparece em sétimo
lugar, com uma taxa de 46,5 mortes por grupo de 100 mil. Sergipe registrou a
maior taxa, com 64, vindo em seguida Rio Grande do Norte e Alagoas.
Mais uma vez, os governos incompetentes e
corruptos nos enganam criando decretos, medidas, projetos e botando tanques do
exército nas ruas para reduzir a violência. A burguesia e os idiotas aplaudem,
mas, maisforça é sinal de fraqueza.
Agora mesmo veio com a tal integração de dados
entre os órgãos de segurança dos 26 estados e do Distrito Federal. É o chamado
projeto que criou o Sistema Único de Segurança Pública, com mais a sigla Susp. Podia
ser susto mais este elefante-branco.
A FOME MATA NO IÊMEN E NA ÁFRICA
Em toda história da humanidade, infelizmente
a raça humana foi sempre seletiva e tudo fez para escravizare excluir os mais
fracos. Assim foi na Mesopotâmia, na Grécia espartana e ateniense, na Roma
imperial e no continente africano onde os colonizadores se apropriaram de suas
riquezas, exterminaram e ainda exterminam suas populações que vivem na miséria.
A Organização das Nações Unidas (ONU)
divulgou recentemente que 10 milhões de iemenitas poderão morrer de fome caso a
situação no país não melhore até o final deste ano. O contingente se somaria
aos 8,4 milhões de indivíduos que já enfrentam escassez de alimentos.
No Iêmen, 22 milhões de pessoas (70% da
população) precisam de assistência ou proteção humanitária para sobreviver.
Desde 2014 o país vive uma guerra civil entre os Houthi e uma coalização de
países liderados pela Arábia Saudita. É a pior crise humanitária do mundo, e o
Grupo dos Sete mais ricos nada faz, a não ser discutir suas diferenças. A União
Europeia mura suas fronteiras para ninguém passar.
O Iêmen, Síria, Afeganistão, Burandi,
República Centro-Africana, República Democrática do Congo, Iraque, Nigéria,
Sudão do Sul e Sudão estão relacionados entre as 13 maiores crises alimentares
do mundo. A fome se alastra em outros países da África com governos ditatoriais
e corruptos.
É um quadro devastador que o resto do mundo
assiste há tempos de braços cruzados. Os países ricos estão mais preocupados em
aumentar seu armamento e lançar foguetes para desvendar os mistérios do espaço
cósmico, enquanto cerca de um bilhão de pessoas vivem em estado de pobreza e de
extrema miséria.
Ao invés de resolverem
os problemas da terra, eles falam em fugir para outro planeta. O homem ficou
mais burro e imbecil, principalmente depois da revolução tecnológica. Ainda tem
gente, em nome de uma tecnologia excludente, que diz que vivemos hoje num mundo
civilizado, só se for de matança e de estupidez.
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