Com a convenção do PPL, que lançou neste domingo (5) a candidatura de
João Goulart Filho à Presidência da República, chegaram a 14 os
postulantes ao cargo de presidente da República. A candidata do PCdoB,
Manuela D'Ávila, no entanto, desistiu de concorrer. Com isso, são 13 os
candidatos à eleição para presidente no dia 7 de outubro.
Segundo a legislação eleitoral, as chapas completas com os
candidatos, vices, alianças ou coligações têm de ser oficializadas até
amanhã (6).
Veja quem são os candidatos a presidente:
Álvaro Dias (Podemos)
O senador Álvaro Dias foi escolhido pelos convencionais do Podemos
para ser candidato à Presidência da República. A candidatura do
parlamentar pelo Paraná foi oficializada em Curitiba, durante convenção
nacional do partido. Na primeira fala como candidato, Álvaro Dias
anunciou que, se eleito, vai convidar o juiz federal Sérgio Moro para
ser ministro da Justiça, e repetiu a promessa de “refundar a República”.
Ele vai compor a chapa com o ex-presidente do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro,
cujo partido, o PSC, havia decidido lançar candidatura própria à
Presidência, mas desistiu em favor de uma aliança com o Podemos. Além do
PSC, fazem parte da coligação até agora os partidos PTC e PRP.
Cabo Daciolo (Patriota)
A convenção nacional do Patriota oficializou a candidatura do
deputado federal Benevenuto Daciolo Fonseca dos Santos, o Cabo Daciolo. O
evento ocorreu no município de Barrinha, no interior de São Paulo. O
candidato foi escolhido por unanimidade. A candidata a vice é Suelene
Balduino Nascimento, do mesmo partido. Ela é pedagoga com 23 anos de
experiência e atua na rede pública de ensino do Distrito Federal.
Daciolo defende mais investimentos em educação e segurança por
considerar áreas essenciais para o crescimento do país. Em discurso
durante a convenção, Daciolo se posicionou contrário à legalização do
aborto e à ideologia de gênero.
Ciro Gomes (PDT)
O PDT confirmou no dia 20 de julho a candidatura de Ciro Gomes à
Presidência da República, na convenção nacional que reuniu filiados do
partido.
Esta é a terceira vez que Ciro Gomes será candidato à Presidência da
República: em 1998 e 2002, ele concorreu pelo PPS. Natural de
Pindamonhangaba (SP), construiu sua carreira política no Ceará, onde foi
prefeito de Fortaleza, eleito em 1988, e governador do estado, eleito
em 1990. Renunciou ao cargo de governador, em 1994, para assumir o
Ministério da Fazenda, no governo Itamar Franco (1992-1994), por
indicação do PSDB, seu partido na época. Ciro Gomes foi ministro da
Integração Nacional de 2003 a 2006, no governo do ex-presidente Lula.
Tem 60 anos e quatro filhos.
Geraldo Alckmin (PSDB)
Em convenção nacional realizada na capital federal, o PSDB confirmou,
nesse sábado (4), a candidatura do presidente do partido e
ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, à Presidência da República
nas eleições de outubro. Dos 290 votantes, 288 aprovaram a candidatura
de Alckmin. Houve um voto contra e uma abstenção. A senadora Ana Amélia
(PP-RS) é a vice na chapa.
No primeiro discurso como candidato, Alckmin disse que quer ser
presidente para unir o país e recuperar a "dignidade roubada" dos
brasileiros. Ele defendeu a reforma política, a diminuição do tamanho do
Estado e a simplificação tributária para destravar a economia.
Guilherme Boulos (PSOL)
O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores SemTeto (MTST),
Guilherme Boulos, foi lançado no dia 21 de julho como candidato à
Presidência da República pelo PSOL, na convenção nacional em São Paulo.
Também foi homologado o nome de Sônia Guajajara, representante do povo
indígena, para vice-presidente.
Boulos destacou que irá defender temas que pertencem aos princípios
do partido, como o direito ao aborto e à desmilitarização da polícia.
Henrique Meirelles (MDB)
O MDB confirmou, no dia 2 de agosto, o nome de Henrique Meirelles,
ex-ministro da Fazenda, como candidato à Presidência da República.
O partido informou que Germano Rigotto, ex-governador do Rio Grande do
Sul, será o vice na chapa.
Henrique Meirelles destacou como prioridades investimentos
em infraestrutura, para diminuir as distâncias no país, além
de saúde e segurança pública. O presidenciável também prometeu reforçar
o Bolsa Família. Para gerar empregos, Meirelles disse que
pretende resgatar a política econômica, atrair investimentos e fazer as
reformas para que o país cresça 4% ao ano.
Jair Bolsonaro (PSL)
O deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ), 63 anos, foi confirmado,
no dia 22 de julho, como o candidato à Presidência da República nas
eleições deste ano pelo PSL. O vice é o general Hamilton Mourão, do
PRTB.
Na convenção, Bolsonaro adiantou que, se eleito, quer excluir o
ministério das Cidades e fundir pastas como Fazenda e Planejamento,
assim como Agricultura e Meio Ambiente. O candidato prometeu ainda
privatizar estatais.
João Amoêdo (Partido Novo)
João Dionisio Amoêdo foi oficializado candidato à Presidência da
República pelo Partido Novo durante convenção na capital paulista, no
dia 4 de agosto. O cientista político Christian Lohbauer foi escolhido
como candidato à vice-presidente. Entre as principais propostas de
Amoêdo estão equilibrar as contas públicas, acabar com privilégios de
determinadas categorias profissionais, melhorar a educação básica e
atuar fortemente na segurança. O presidenciável também é favorável à
revisão do Estatuto do Desarmamento.
João Amoêdo disse que quer levar renovação à política e mudar o
Brasil. O presidenciável defendeu a privatização de empresas estatais.
João Goulart Filho (PPL)
O PPL lançou, no dia 5 de agosto, João Goulart Filho como candidato
à Presidência da República. Ele é filho do ex-presidente João Goulart, o
Jango, que teve mandato presidencial, de 1961 a 1964, interrompido pela
ditadura militar. É a primeira vez que João Goulart Filho concorre ao
cargo.
O candidato a vice é Léo Alves, professor da Universidade Católica de
Brasília. Algumas propostas do candidato são a redução drástica dos
juros da dívida pública para dar condições ao Estado de investir no
desenvolvimento social, o resgate da soberania, o controle das remessas
de lucros das empresas estrangeiras e a revisão do conceito de segurança
nacional.
José Maria Eymael (DC)
O partido Democracia Cristão (DC) confirmou, no dia 28 de julho,
durante convenção na capital paulista, a candidatura de José Maria
Eymael à Presidência da República, nas eleições de outubro, e do pastor
da Assembleia de Deus Helvio Costa como vice-presidente.
Na área econômica, as diretrizes gerais de governo do DC incluem
política macroeconômica orientada para diminuição do custo do crédito ao
setor produtivo, apoio e incentivo ao turismo e a valorização do
agronegócio com ações de governo específicas, que ainda não foram
divulgadas, e apoio aos pequenos e médios produtores rurais.
Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
A convenção nacional do PT escolheu, por aclamação, no dia 4 de
agosto, o nome de Luiz Inácio Lula da Silva para ser o candidato à
Presidência da República. O encontro também homologou o apoio do PCO e
do PROS à candidatura do PT.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está preso em Curitiba,
desde 7 de abril, após ter sido condenado em segunda instância no caso
do triplex de Guarujá. O ator Sérgio Mamberti leu, na convenção, uma
carta escrita por Lula, onde ele afirmou que "querem fazer uma eleição
presidencial de cartas marcadas, excluindo o nome que está à frente na
preferência popular em todas as pesquisas".
Mesmo preso, Lula insiste em sua candidatura, mesmo sabendo que será impugnado
Marina Silva (Rede)
A primeira convenção nacional da Rede Sustentabilidade confirmou, por
aclamação, no dia 4 de agosto, o nome Marina Silva como candidata da
sigla à Presidência da República. O candidato à vice na chapa, o médico
sanitarista, Eduardo Jorge, do Partido Verde (PV), também foi
apresentado oficialmente no encontro.
A presidenciável prometeu uma campanha limpa, sem notícias falsas e
sem destruir biografias. Se comprometeu com as reformas da Previdência,
tributária e política, que acabe com a reeleição e incentive
candidaturas independentes. Se eleita, Marina também disse que pretende
fazer uma revisão dos “pontos draconianos” da reforma trabalhista que,
segundo ela, seriam feitas a partir de um diálogo com o Congresso.
Vera Lúcia (PSTU)
Em convenção nacional, o PSTU oficializou, no dia 20 de julho, a
candidatura de Vera Lúcia à Presidência da República e de Hertz Dias
como vice na chapa. A escolha foi feita por aclamação pelos filiados ao
partido presentes na quadra do Sindicato dos Metroviários de São Paulo,
na zona leste da capital paulista.
De acordo com Vera Lúcia, o plano de governo prevê reforma agrária,
redução da jornada de trabalho sem redução de salário e um plano de
obras públicas para atender as necessidades da classe trabalhadora.
O PSTU decidiu que não fará nenhuma coligação para a disputa presidencial, nem alianças nas eleições estaduais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário