quinta-feira, 23 de maio de 2019

UPB, A FAVOR DA PRORROGAÇÃO DOS MANDATOS:

UPB decide apoiar a unificação das eleições no Brasil. Herzem Gusmão explica porque é a favor

do Blog de Giorlando Lima (Conteúdo)
Mais de 200 dos 417 prefeitos da Bahia participaram da assembleia geral da União dos Municípios da Bahia (UPB), em Salvador, nesta quarta-feira (22), e decidiram, por unanimidade, que a entidade defenderá a unificação das eleições em 2022. A proposta tramita em projetos no Congresso Nacional e tem como justificativa o princípio da economicidade.
De acordo com o presidente da UPB, Eures Ribeiro (PSD), a assembleia reforçou o pleito dos gestores. “O debate está ocorrendo em todos os estados, com as entidades municipalistas, para ser levado a Brasília. Economicamente, é bom para os cofres públicos, pois uma eleição unificada se torna mais barata”, acrescenta Ribeiro, que é prefeito de Bom Jesus da Lapa e vice-presidente da Confederação Nacional de Municípios.
Presente à assembleia, o prefeito de Vitória da Conquista, Herzem Gusmão (MDB), explicou porque votou para que a UPB apoie a proposta. Segundo ele, o enfoque primeiro não é prorrogação dos mandatos, mas a economia que o país vai poder fazer se a proposta for aprovada pelo Congresso. “Acho importante acabar com essa história de o país parar a cada dois anos por causa de eleições”, disse Herzem. Outro ponto que o prefeito conquistense destacou é o fato de que os prefeitos têm pouco tempo para colocar seus projetos em prática.
“Ao assumir, o prefeito, se não vem de reeleição, tem que trabalhar com o orçamento anterior, de alguma forma isso representa um engessamento, e demora para que a gestão possa começar a produzir seus resultados”, explicou Herzem, que citou o próprio caso, lembrando que em 2018 tinha apenas 5% de suplementação, o que acabou fazendo com que este ano de 2019 passasse a ser o ano em que a administração pôde acelerar. “Limpo, com condição de efetuar um grande trabalho, só este ano. Eu convoquei os secretários e disse a eles que tínhamos que fazer três anos em um, porque não tivemos orçamento em 2017, 2018 foi engessado e no ano que vem, quando devem acontecer as eleições, já não teremos a mesma condição que temos hoje”.
Herzem citou os diversos planos importantes que estão sendo elaborados, visando a melhor organização de Vitória da Conquista para o futuro, como o Plano de Saneamento Básico, o Plano de Mobilidade e o PDDU, que, segundo ele, projetam a cidade para 2040, quando ela completa 200 anos. “É muito pouco tempo, o ideal seria mais dois anos, sem reeleição. Por uma questão de economia, primeiramente, e porque dá ao gestor um tempo maior para trabalhar”, avalia Herzem. Para ele, a decisão, no entanto, deve ser da população. “Depende do povo brasileiro, mas a imprensa tem papel fundamental para mostrar as vantagens para a Nação, a economia extraordinária que o Brasil poderá fazer”.
Outro que votou a favor da unificação, foi o prefeito de Belo Campo, Henrique Tigre, o Quinho (PSD), para quem a medida de adiar as eleições de 2020 ajuda o Brasil neste “momento de extrema dificuldade”. Segundo Quinho, o país “chegou ao caos e não agüenta mais uma eleição a cada dois anos”. De acordo com o gestor, o resultado da assembleia será repassado à bancada de deputados e senadores do estado. “É importante saber quem está se posicionando a favor dos prefeitos, vice-prefeitos e vereadores da Bahia”.

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