Bolsonaro diz que cada uma das suas duas ministras vale por dez homens
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente Jair Bolsonaro (PSL)
utilizou nesta sexta (8) discurso em evento do Dia Internacional da
Mulher para minimizar a presença pequena de ministras na atual
configuração da Esplanada dos Ministérios.
Em evento com funcionárias do Palácio do Planalto, ele disse que o primeiro escalão do governo está "equilibrado", uma vez as duas únicas mulheres equivalem a "dez homens". Ao todo, a equipe ministerial é formada por 22 pastas. As duas ministras são Damares Alves, da Mulher, e Tereza Cristina, da Agricultura.
"Pela primeira vez, o número de ministros e ministras está equilibrado. Nós temos 22 ministérios: 20 homens e 2 mulheres. Cada uma dessas mulheres que estão aqui equivale a dez homens. A garra dessas duas transmite energia para os demais", disse.
No discurso, o presidente ignorou os altos índices de violência contra a mulher e a desigualdade salarial entre os dois gêneros. Hoje, mulheres em cargos de chefia chegam a ganhar um terço do vencimento pago a homens, como mostrou pesquisa do IBGE.
Na homenagem, Bolsonaro fez referência à passagem bíblica que diz que a mulher nasceu da costela do homem. Ele destacou ainda o papel da mulher na harmonia familiar. Para ele, a família é a "cela da sociedade" e, quando unida, "edifica uma nação". "Não existe um homem que possa fazer uma política séria se não tiver junto de si uma mulher com os mesmos princípios."
Em um contraponto ao presidente, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, também discursou na solenidade e citou as diferenças salariais e a violência contra a mulher. "Os homens e mulheres são iguais em direito e em obrigações, o que é previsto na Constituição Federal", disse. "São necessárias políticas que habilitem as mulheres a obterem melhores empregos e rendas."
Em uma breve fala, a ministra Damares Alves cometeu uma gafe. Ela comemorou por ser a primeira vez que o país tem um Ministério da Mulher.
"É o primeiro Dia da Mulher do novo Brasil", disse. "E a primeira vez no Brasil que nós temos um ministério da Mulher", acrescentou. Em 2015, contudo, a então presidente Dilma (PT) criou o Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos.
Damares também defendeu no evento que o governo adote ações nas escolas para ensinar meninos a levarem flores e abrirem a porta do carro para as mulheres.
"Enquanto nossos meninos acharem que menino é igual à menina, como pregou-se no passado algumas ideologias, já que a menina é igual, ela aguenta apanhar", afirmou.
Mais tarde, após críticas a suas falas, Damares disse no Twitter saber que medidas como essas não resolvem o problema. "É claro esse ato isolado não resolve o problema e tampouco é isso que proponho. Mas ensinar o respeito desde que todos são bem pequenos é fundamental. Precisamos resgatar valores que são caros à família", escreveu.
Em evento com funcionárias do Palácio do Planalto, ele disse que o primeiro escalão do governo está "equilibrado", uma vez as duas únicas mulheres equivalem a "dez homens". Ao todo, a equipe ministerial é formada por 22 pastas. As duas ministras são Damares Alves, da Mulher, e Tereza Cristina, da Agricultura.
"Pela primeira vez, o número de ministros e ministras está equilibrado. Nós temos 22 ministérios: 20 homens e 2 mulheres. Cada uma dessas mulheres que estão aqui equivale a dez homens. A garra dessas duas transmite energia para os demais", disse.
No discurso, o presidente ignorou os altos índices de violência contra a mulher e a desigualdade salarial entre os dois gêneros. Hoje, mulheres em cargos de chefia chegam a ganhar um terço do vencimento pago a homens, como mostrou pesquisa do IBGE.
Na homenagem, Bolsonaro fez referência à passagem bíblica que diz que a mulher nasceu da costela do homem. Ele destacou ainda o papel da mulher na harmonia familiar. Para ele, a família é a "cela da sociedade" e, quando unida, "edifica uma nação". "Não existe um homem que possa fazer uma política séria se não tiver junto de si uma mulher com os mesmos princípios."
Em um contraponto ao presidente, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, também discursou na solenidade e citou as diferenças salariais e a violência contra a mulher. "Os homens e mulheres são iguais em direito e em obrigações, o que é previsto na Constituição Federal", disse. "São necessárias políticas que habilitem as mulheres a obterem melhores empregos e rendas."
Em uma breve fala, a ministra Damares Alves cometeu uma gafe. Ela comemorou por ser a primeira vez que o país tem um Ministério da Mulher.
"É o primeiro Dia da Mulher do novo Brasil", disse. "E a primeira vez no Brasil que nós temos um ministério da Mulher", acrescentou. Em 2015, contudo, a então presidente Dilma (PT) criou o Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos.
Damares também defendeu no evento que o governo adote ações nas escolas para ensinar meninos a levarem flores e abrirem a porta do carro para as mulheres.
"Enquanto nossos meninos acharem que menino é igual à menina, como pregou-se no passado algumas ideologias, já que a menina é igual, ela aguenta apanhar", afirmou.
Mais tarde, após críticas a suas falas, Damares disse no Twitter saber que medidas como essas não resolvem o problema. "É claro esse ato isolado não resolve o problema e tampouco é isso que proponho. Mas ensinar o respeito desde que todos são bem pequenos é fundamental. Precisamos resgatar valores que são caros à família", escreveu.
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