Brasil e EUA assinam acordo para uso da Base de Alcântara
O presidente Jair Bolsonaro, participa de reunião Brasil-EUA, Fórum do Conselho Empresarial, para discutir relações e cooperação e engajamento futuros, em Washington, EUA. - REUTERS/Erin Scott/Direitos reservados
Os governos do Brasil e dos Estados Unidos firmaram hoje, em
Washington, nos Estados Unidos, o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas
(AST) para uso comercial da base de lançamentos aeroespaciais de
Alcântara. O acordo foi assinado pelos ministros Ernesto Araújo
(Relações Exteriores) e Marcos Pontes (Ciência, Tecnologia, Informação e
Comunicações), e pelo Secretário Assistente do Escritório de Segurança
Internacional e Não-proliferação do Departamento de Estado dos
Estados Unidos, Christopher Ford, durante o evento "Brazil Day",
organizado por empresários na Câmara de Comércio dos EUA. O presidente
Jair Bolsonaro, que está em visita oficial àquele país, participou da
solenidade e assinou o documento.
Para entrar em vigor, o acordo precisará ser ratificado pelo Congresso Nacional. Caso seja aprovada, a medida permitirá que o Brasil ingresse em um marcado bilionário. Apenas em 2017, o setor movimentou cerca de US$ 3 bilhões em todo o mundo, segundo dados da Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos. Estima-se que, em todo o mundo, exista uma média de 42 lançamentos comerciais de satélites por ano.
Para entrar em vigor, o acordo precisará ser ratificado pelo Congresso Nacional. Caso seja aprovada, a medida permitirá que o Brasil ingresse em um marcado bilionário. Apenas em 2017, o setor movimentou cerca de US$ 3 bilhões em todo o mundo, segundo dados da Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos. Estima-se que, em todo o mundo, exista uma média de 42 lançamentos comerciais de satélites por ano.
Entenda
O Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST) trata de proteger a tecnologia desenvolvida pelos países contra o uso ou cópia não autorizados. Segundo a Agência Espacial Brasileira (AEB), sem a assinatura do acordo com os Estados Unidos, nenhum satélite com tecnologia norte-americana embargada poderia ser lançado da base de Alcântara, pois não haveria a garantia da proteção da tecnologia patenteada por aquele país. “Sem o AST, […] o Brasil ficará de fora do mercado de lançamentos espaciais”, explicou a agência.
Esse tipo de acordo, segundo a AEB, é praxe no setor espacial.
Acordos semelhantes foram firmados com Rússia e Ucrânia, sem ameaça à
soberania nacional. O Centro Espacial de Alcântara continuará, explicou a
AEB, sob controle do governo brasileiro, assim como o Brasil manterá a
supervisão das suas atividades.
À imprensa, logo após a
assinatura do acordo, o porta-voz da Presidência da República, Otávio do
Rêgo Barros, comparou o acordo envolvendo o Centro de Alcântara a
um aluguel. “A questão da soberania é perene para o nosso país. [Uma
metáfora é] a questão do aluguel. Você tem um apartamento e aluga, a
pessoa que aluga tem direito ao apartamento, não obstante você,
obrigatoriamente, por meio de contrato, pode ter acesso ao apartamento
para verificar as questões de estrutura. Acho que é uma
metáfora interessante que pode proporcionar à sociedade o entendimento
do que vem a ser esse acordo”, afirmou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário