Traçando as metas para o futuro: o apoio de ACM Neto a Jair Bolsonaro
Salvador (BA) — O prefeito de Salvador e presidente nacional do DEM,
ACM Neto, declarou apoio ao candidato do PSL à Presidência da República,
Jair Bolsonaro, no segundo turno das eleições. Por meio de nota, o DEM
também liberou os membros da sigla para seguirem o candidato que
preferirem. Ao anunciar seu suporte, ACM Neto afirmou que, embora não
concorde com todas as ideias de Bolsonaro, prefere o capitão da reserva
ao Partido dos Trabalhadores (PT).
Leia mais:
Fazer oposição para retomar o poder: a estratégia de ACM Neto na Bahia
“Nós não temos alternativa, especialmente quando os dois que são levados ao segundo turno (pelo voto soberano, democrático e livre da população) não são aqueles candidatos que você defendeu no primeiro turno. Dadas as circunstâncias, eu irei votar em Jair Bolsonaro. Eu não concordo 100% com os pensamentos, com as bandeiras e com as pregações de Bolsonaro. No entanto, eu discordo 100% do retorno do PT ao governo do Brasil. Se nós estamos há quatro anos vivendo uma gravíssima crise de natureza econômica, social, moral e política é graças ao que Dilma Rousseff e o Partido dos Trabalhadores fizeram em nosso país”, enfatizou.
No primeiro turno das eleições, o DEM apoiou a candidatura do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), que fez uma forte campanha de oposição aos dois candidatos que seguiram na disputa pelo Planalto. ACM Neto, inclusive, coordenou a campanha tucana. Agora, com Alckmin fora da disputa, o prefeito de Salvador que sempre fez oposição ao PT, não surpreendeu ao confirmar o voto em Bolsonaro.
Por outro lado, João Henrique (PRTB) defendia a chegada de Bolsonaro à Presidência desde o início da corrida eleitoral. Ex-prefeito de Salvador, João se candidatou ao governo do estado e recebeu apenas 0,58% dos votos válidos, ficando no quarto lugar da disputa.
Leia mais:
Fazer oposição para retomar o poder: a estratégia de ACM Neto na Bahia
“Nós não temos alternativa, especialmente quando os dois que são levados ao segundo turno (pelo voto soberano, democrático e livre da população) não são aqueles candidatos que você defendeu no primeiro turno. Dadas as circunstâncias, eu irei votar em Jair Bolsonaro. Eu não concordo 100% com os pensamentos, com as bandeiras e com as pregações de Bolsonaro. No entanto, eu discordo 100% do retorno do PT ao governo do Brasil. Se nós estamos há quatro anos vivendo uma gravíssima crise de natureza econômica, social, moral e política é graças ao que Dilma Rousseff e o Partido dos Trabalhadores fizeram em nosso país”, enfatizou.
No primeiro turno das eleições, o DEM apoiou a candidatura do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), que fez uma forte campanha de oposição aos dois candidatos que seguiram na disputa pelo Planalto. ACM Neto, inclusive, coordenou a campanha tucana. Agora, com Alckmin fora da disputa, o prefeito de Salvador que sempre fez oposição ao PT, não surpreendeu ao confirmar o voto em Bolsonaro.
Por outro lado, João Henrique (PRTB) defendia a chegada de Bolsonaro à Presidência desde o início da corrida eleitoral. Ex-prefeito de Salvador, João se candidatou ao governo do estado e recebeu apenas 0,58% dos votos válidos, ficando no quarto lugar da disputa.
Na carta em que deixava os correligionários livres para declararem
apoio tanto a Bolsonaro quando a Haddad, ACM Neto afirmou: “Deposito as
esperanças e expectativas de que possamos ter um governo novo, diferente
daquele que já conhecemos. Já conhecemos o governo do PT. Já sabemos os
vícios e erros cometidos pelo PT. Espero que esses mesmos vícios e
erros não sejam repetidos. Que tenhamos um novo governo que olhe para os
graves problemas do país a partir do compromisso de união nacional,
produzindo soluções que o Brasil não pode mais esperar”.
Neto também não emplacou nenhum dos dois senadores que apoiou: Jutahy Magalhães Júnior (PSDB) e Irmão Lázaro (PSC). Na disputa pelo governo do estado, José Ronaldo (DEM) conseguiu apenas 22,26% dos votos válidos. Já na Assembleia Legislativa da Bahia, a sigla encolheu, apesar de ainda ser a terceira maior bancada na Casa, e elegeu sete deputados. E na atual legislatura, o partido tem 10 cadeiras.
Neste contexto, reconstruir alianças é fundamental para que a legenda não caia no isolamento. Para Souza, mesmo se José Ronaldo tivesse vencido a disputa pelo Palácio de Ondina, Neto não ia se manter neutro em relação ao segundo turno das eleições presidenciais.
“A Bahia é um estado muito importante. Um colégio eleitoral de grande influência nacional e ACM Neto ocupa hoje a posição de líder nacional do DEM, então de alguma forma a sua movimentação de declarar apoio a Bolsonaro causa impacto no cenário local”, destaca.
DEM a nível nacional
Para o cientista político e professor da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), Cláudio André de Souza, o apoio do DEM a Jair Bolsonaro é estratégico com impactos diretos nos âmbitos local e nacional. Na política baiana, a vitória do candidato do PSL pode ser a oportunidade de ACM Neto recompor sua base em Salvador e em outras cidades do estado. O resultado da votação deste ano teve um impacto significativo para o DEM regional e seus aliados: integrantes de destaque da legenda, como o deputado federal José Carlos Aleluia, não conseguiram a reeleição.Neto também não emplacou nenhum dos dois senadores que apoiou: Jutahy Magalhães Júnior (PSDB) e Irmão Lázaro (PSC). Na disputa pelo governo do estado, José Ronaldo (DEM) conseguiu apenas 22,26% dos votos válidos. Já na Assembleia Legislativa da Bahia, a sigla encolheu, apesar de ainda ser a terceira maior bancada na Casa, e elegeu sete deputados. E na atual legislatura, o partido tem 10 cadeiras.
Neste contexto, reconstruir alianças é fundamental para que a legenda não caia no isolamento. Para Souza, mesmo se José Ronaldo tivesse vencido a disputa pelo Palácio de Ondina, Neto não ia se manter neutro em relação ao segundo turno das eleições presidenciais.
“A Bahia é um estado muito importante. Um colégio eleitoral de grande influência nacional e ACM Neto ocupa hoje a posição de líder nacional do DEM, então de alguma forma a sua movimentação de declarar apoio a Bolsonaro causa impacto no cenário local”, destaca.
Avaliação
Já na perspectiva nacional, o apoio de Neto pode ter relação com interesses futuros no cargo de presidente da Câmara dos Deputados. “Diante do presidencialismo de coalizão, esse apoio a Bolsonaro também pode significar uma abertura de diálogo para recondução de Rodrigo Maia à presidência da Câmara, caso o candidato do PSL seja eleito. A movimentação do DEM, nacionalmente, tem como perspectiva trabalhar com uma estratégia de tentar, inclusive, receber apoios de deputados que sejam apoiados por Bolsonaro (ele ganhando ao não) para que Rodrigo Maia continue na presidência da Câmara”, afirma.
Em todo o país, no primeiro
turno, o DEM elegeu 29 deputados federais, nove a mais do que no pleito
de 2014. Já o número de senadores eleitos saltou de dois para quatro,
formando uma bancada de seis no total.
Nenhum comentário:
Postar um comentário