sexta-feira, 9 de agosto de 2019

PERU SEDIA PANAMERICANO 2019 COM MUITA COMPETÊNCIA:

Pan-2019: confortável no 2º lugar, Brasil celebra Alison Santos conquistou a medalha de ouro nos 400 m com barreiras do Pan - Pedro Ramos/ rededoesporte.gov.br


Alison Santos conquistou a medalha de ouro nos 400 m com barreiras do Pan Imagem: Pedro Ramos/ rededoesporte.gov.br
Do UOL, em São Paulo
09/08/2019 01h05
Agora com vantagem confortável na vice-liderança do quadro de medalhas do Pan-2019, o Time Brasil se permitiu até mesmo a celebrar medalhas de ouro distribuídas para três atletas sub-20 nesta quinta-feira (8). Estamos falando de uma sensação do atletismo nacional, Alison Santos, 19, e dos judocas Larissa Pimenta e Renan Torres, ambos com 20 já completos.
(Você pode perguntar por que sub-20, então, no caso dos campeões no tatame. Em competições esportivas, os atletas que chegam à idade no ano de competição ainda pertencem a determinada categoria.) x ]
De resto, a notícia fica por conta justamente do reforço do judô para os resultados brasileiros, juntando-se à natação e o atletismo. E ainda vem mais por aí com a vela caminhando para suas últimas regatas já com uma quantia considerável de medalhas garantidas.
QUADRO DE MEDALHAS:
O Brasil tem, até agora, 36 ouros, contra 27 do México e 26 do Canadá. Mesmo em total de medalhas a delegação nacional se posiciona bem, com 115 - duas a mais que os canadenses, enquanto os mexicanos ganharam 97. Os Estados Unidos lideram, com 82 ouros e 206 pódios.

Olho nele

Alison dispara, e dominicano Juander Santos fica pelo caminho Imagem: Pedro PARDO / AFP
Alison dispara, e dominicano Juander Santos fica pelo caminho - Pedro PARDO / AFPAlison Santos já não é mais uma surpresa, mas uma aposta do atletismo brasileiro. Aos 19 anos, ele é campeão pan-americano, com folga, nos 400m com barreira. Como de costume, correu sua melhor prova no maior desafio de sua carreira até aqui, estabelecendo um recorde pessoal.
Ele começou a temporada de olho no Campeonato Pan-Americano Sub-20. Foi tão bem que os planos ao seu redor mudaram completamente. Chamou atenção do Comitê Olímpico Brasileiro COB) e não parou de vencer. "Considero importante também a constância. De estar correndo sempre com o melhor resultado, ou perto disso", disse

Olho nela

Larissa Pimenta mal conseguiu dar entrevistas depois da conquista do ouro Imagem: Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.br
Larissa Pimenta mal conseguiu dar entrevistas depois da conquista do ouro - Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.brA Confederação Brasileira de Judô (CBJ) enviou para Lima uma equipe bastante renovada, mas confiante por bons resultados. Se o primeiro dia de lutas vale como indício, a estratégia parece bem encaminhada. Foram dois ouros no tatame, com os estreantes Larissa Pimenta na categoria até 52kg e Renan Torres (até 60kg).
A história da "Pimentinha", bastante emocionada com o ouro, realizando um sonho da avó, é das mais cativantes do Time Brasil. Ela vem numa curva ascendente impressionante. Há coisa de meses atrás, tinha sua meta olímpica, é verdade, mas voltada para 2024. Afinal, esta é apenas sua primeira temporada com a seleção adulta. No Pan, porém, conquistou sua oitava medalha no ano. Sim, a oitava. Leia mais sobre a história da paulista de São Vicente, que um dia já esteve dividida entre judô e a luta olímpica.
Já Renan é apenas o quarto brasileiro mais bem colocado no ranking mundial da categoria, atrás de Eric Takabatake (décimo, que competiu no Campeonato Pan-Americano), Felipe Kitadai (21º) e Phelipe Pelim (24º). Mais uma prova do quão competitiva é a modalidade no Brasil.

A vez de Chierighini

Medalhista olímpico, Nathan Adrian cumprimenta Chierighini em Lima Imagem: REUTERS/Sergio Moraes
Medalhista olímpico, Nathan Adrian cumprimenta Chierighini em Lima - REUTERS/Sergio MoraesPor falar em competitividade, a natação depositou mais sete medalhas na conta do COB, e dois ouros.
Um deles foi especial: Marcelo Cherighini, que, aos 28, enfim conseguiu seu título em provas individuais, depois de anos de contribuição valiosa nos revezamentos. Para completar, ele superou o campeão olímpico Nathan Adrian nos 100m livre. "Tira um pouco do peso sobre meus ombros, de só conseguir o ouro no revezamento", disse o nadador. "Venho tentando buscar a medalha no individual nos últimos Mundiais. Fiquei em quinto três vezes seguidas. Aqui não é Mundial, claro, não é o mesmo nível, mas fiquei muito contente com meu tempo."
O segundo ouro saiu de modo inesperado, no revezamento 4x100m medley misto. Os Estados Unidos foram os mais velozes de acordo com a marcação inicial, mas tiveram seu quarteto desclassificado devido a um movimento ilegal de Cody Miller no trecho dos 100m peito. A primeira posição, então, ficou com os brasileiros Guilherme Guido, João Gomes Júnior, Giovanna Diamante e Larissa Oliveira.
Foram ainda duas pratas (com Guilherme Guido nos 100m costas, Miguel Valente nos 800m livre) e três bronzes brasileiros na piscina. De todo modo, a jornada teve amplo domínio dos Estados Unidos, que levaram seis ouros, mesmo não levando à capital peruana o que tem de melhor.

Mar aberto

As medalhas ainda não estão oficialmente na conta brasileira. Mas podemos mencionar aqui que os velejadores brasileiros já garantiram pelo menos três ouros no litoral peruano, um tanto afastados de Lima. Mas a contagem não para por aí: há mais sete medalhas em jogo para a tripulação nacional.
Os títulos a serem confirmados nas regatas finais incluem dois filhos do legendário Torben Grael, Martina e Marco. A começar por Martina e Kahena Kunze, campeãs olímpicas e eleitas porta-bandeiras na cerimônia de abertura deste Pan, pela classe 49er FX. Já Marco e Gabriel Borges triunfaram pela classe 49er. Por fim, Patrícia Freitas venceu a RS:X.

Do judô para o pódio na luta

A luta livre estreou no quadro de medalhas brasileiro com um bronze na categoria até 57kg. A história aqui fica por conta de Giulia Penalber, uma ex-judoca que chegou a competir internacionalmente pelas seleções de base, mas migrou para uma nova modalidade.

O dobro

No primeiro dia de finais do remo, a equipe brasileira já dobrou seu total de medalhas numa comparação com Toronto-2015, com dois bronzes. A diferença é que, quatro anos atrás, o único lugar no pódio, assegurado por Fabiana Beltrame, havia sido com uma prata. A primeira medalha veio com Lucas Verthein e Uncas, pelo double skiff. A segunda veio com Willian Giaretton, Gael Campos, Fábio Moreira e Alef Fontoura no quatro sem.

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