Pan-2019: confortável no 2º lugar, Brasil celebra
Agora com vantagem confortável na vice-liderança do quadro de medalhas do Pan-2019,
o Time Brasil se permitiu até mesmo a celebrar medalhas de ouro
distribuídas para três atletas sub-20 nesta quinta-feira (8). Estamos
falando de uma sensação do atletismo nacional, Alison Santos, 19, e dos
judocas Larissa Pimenta e Renan Torres, ambos com 20 já completos.
(Você
pode perguntar por que sub-20, então, no caso dos campeões no tatame.
Em competições esportivas, os atletas que chegam à idade no ano de
competição ainda pertencem a determinada categoria.) x ]
De
resto, a notícia fica por conta justamente do reforço do judô para os
resultados brasileiros, juntando-se à natação e o atletismo. E ainda vem
mais por aí com a vela caminhando para suas últimas regatas já com uma
quantia considerável de medalhas garantidas.
QUADRO DE MEDALHAS:
O
Brasil tem, até agora, 36 ouros, contra 27 do México e 26 do Canadá. Mesmo em
total de medalhas a delegação nacional se posiciona bem, com 115 - duas
a mais que os canadenses, enquanto os mexicanos ganharam 97. Os Estados
Unidos lideram, com 82 ouros e 206 pódios.
Olho nele
Alison Santos já não é mais uma surpresa, mas uma aposta do atletismo brasileiro. Aos 19 anos, ele é campeão pan-americano, com folga, nos 400m com barreira. Como de costume, correu sua melhor prova no maior desafio de sua carreira até aqui, estabelecendo um recorde pessoal.
Ele começou a
temporada de olho no Campeonato Pan-Americano Sub-20. Foi tão bem que os
planos ao seu redor mudaram completamente. Chamou atenção do Comitê
Olímpico Brasileiro COB) e não parou de vencer. "Considero importante
também a constância. De estar correndo sempre com o melhor resultado, ou
perto disso", disse
Olho nela
A Confederação Brasileira de Judô (CBJ) enviou para Lima uma equipe bastante renovada, mas confiante por bons resultados. Se o primeiro dia de lutas vale como indício, a estratégia parece bem encaminhada. Foram dois ouros no tatame, com os estreantes Larissa Pimenta na categoria até 52kg e Renan Torres (até 60kg).
A
história da "Pimentinha", bastante emocionada com o ouro, realizando um
sonho da avó, é das mais cativantes do Time Brasil. Ela vem numa curva
ascendente impressionante. Há coisa de meses atrás, tinha sua meta
olímpica, é verdade, mas voltada para 2024. Afinal, esta é apenas sua
primeira temporada com a seleção adulta. No Pan, porém, conquistou sua
oitava medalha no ano. Sim, a oitava. Leia mais sobre a história da paulista de São Vicente, que um dia já esteve dividida entre judô e a luta olímpica.
Já
Renan é apenas o quarto brasileiro mais bem colocado no ranking mundial
da categoria, atrás de Eric Takabatake (décimo, que competiu no
Campeonato Pan-Americano), Felipe Kitadai (21º) e Phelipe Pelim (24º).
Mais uma prova do quão competitiva é a modalidade no Brasil.
A vez de Chierighini
Um deles foi especial: Marcelo Cherighini, que, aos 28, enfim conseguiu seu título em provas individuais,
depois de anos de contribuição valiosa nos revezamentos. Para
completar, ele superou o campeão olímpico Nathan Adrian nos 100m livre.
"Tira um pouco do peso sobre meus ombros, de só conseguir o ouro no
revezamento", disse o nadador. "Venho tentando buscar a medalha no
individual nos últimos Mundiais. Fiquei em quinto três vezes seguidas.
Aqui não é Mundial, claro, não é o mesmo nível, mas fiquei muito
contente com meu tempo."
O segundo ouro
saiu de modo inesperado, no revezamento 4x100m medley misto. Os Estados
Unidos foram os mais velozes de acordo com a marcação inicial, mas
tiveram seu quarteto desclassificado devido a um movimento ilegal de
Cody Miller no trecho dos 100m peito. A primeira posição, então, ficou
com os brasileiros Guilherme Guido, João Gomes Júnior, Giovanna Diamante
e Larissa Oliveira.
Foram ainda duas
pratas (com Guilherme Guido nos 100m costas, Miguel Valente nos 800m
livre) e três bronzes brasileiros na piscina. De todo modo, a jornada
teve amplo domínio dos Estados Unidos, que levaram seis ouros, mesmo não
levando à capital peruana o que tem de melhor.
Mar aberto
As medalhas ainda não estão oficialmente na conta brasileira. Mas podemos mencionar aqui que os velejadores brasileiros já garantiram pelo menos três ouros no litoral peruano, um tanto afastados de Lima. Mas a contagem não para por aí: há mais sete medalhas em jogo para a tripulação nacional.
Os
títulos a serem confirmados nas regatas finais incluem dois filhos do
legendário Torben Grael, Martina e Marco. A começar por Martina e Kahena
Kunze, campeãs olímpicas e eleitas porta-bandeiras na cerimônia de
abertura deste Pan, pela classe 49er FX. Já Marco e Gabriel Borges
triunfaram pela classe 49er. Por fim, Patrícia Freitas venceu a RS:X.
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