Joaquim Levy, é ex-Presidente do BNDES
O motivo do descontentamento, disse Bolsonaro, foi a nomeação do
advogado Marcos Barbosa Pinto para o cargo de diretor de Mercado de
Capitais do BNDES- Ambos pediram demissão, após fala do presidente
Foto: Marcelo Camargo
O
presidente Jair Bolsonaro disse ontem (15) que o presidente do Banco
Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy,
“está com a cabeça a prêmio há algum tempo”.
Hoje Levy pediu demissão.
Bolsonaro
falou com jornalistas quando deixava o Palácio da Alvorada para a Base
Aérea de Brasília, de onde embarca para agenda no Rio Grande do Sul:
“Estou por aqui com o Levy”, afirmou o presidente.
O
motivo do descontentamento, disse Bolsonaro, foi a nomeação do advogado
Marcos Barbosa Pinto para o cargo de diretor de Mercado de Capitais do
BNDES. Para Bolsonaro, o nome não é de confiança, e “gente suspeita” não
pode ocupar cargo em seu governo.
“Eu
já tô por aqui com o Levy, falei para ele: ‘demita esse cara na
segunda-feira ou eu demito você sem passar pelo Paulo Guedes‘”, disse
Bolsonaro.
O
presidente acrescentou que, em sua visão, Levy não está sendo leal.
“[Ele] Já vem há algum tempo não sendo leal àquilo que foi combinado e
àquilo que ele conhece a meu respeito. Ele tá com a cabeça a prêmio há
algum tempo”.
Levy assumiu a presidência do BNDES em janeiro.
Moro
Questionado
sobre sua confiança no ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio
Moro, que é alvo de vazamentos de conversas que teria mantido quando era
juiz com o coordenador da força-tarefa da Lava Jato no Paraná, Deltan
Dallagnol, Bolsonaro diz ter “zero” ressalvas.
“Quanto
a minha pessoa zero, zero”, disse ele. “Moro foi o responsável não de
botar um ponto final, mas de buscar uma inflexão na questão da
corrupção, diminuindo drasticamente”, acrescentou o presidente.
Ele
ressalvou, contudo, que ninguém pode contar com 100% de confiança. “Eu
não sei das particularidades da vida do Moro, eu não frequento a casa
dele, ele não frequenta minha casa, mas mesmo assim meu pai dizia pra
mim: confie 100% só em mim e na mãe”.
Como
exemplo, o presidente citou a demissão do general Santos Cruz da
Secretaria de Governo, o que deve ter “surpreendido” muita gente,
afirmou. Ao ser questionado, o presidente negou que a causa da dispensa
tenha sido verbas de comunicação. “É fake essa informação de que o Santos Cruz teria tocado nisso”, disse.
Previdência
O
presidente comentou também o parecer do relator da reforma da
Previdência na Câmara, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), apresentado na
quinta-feira. “[Com] a proposta que tá aí, o meu governo está
garantido. A crise virá para 2023, 2024. A gente não quer deixar para o
futuro governo que me suceder essa dor de cabeça da Previdência, não
podemos continuar vivendo esse fantasma, nessa agonia”, disse.
Bolsonaro
afirmou que “a bola está com o parlamento”, antes de concluir dizendo
que “nós temos uma chance ímpar de tirar o Brasil do caos econômico que
se aproxima”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário