terça-feira, 31 de agosto de 2021

CAELOS ALBÁN GONZÁLEZ - COLABORAÇÃO:

 

Médico baiano traz medalha inédita para o Brasil, a 1ª da Bahia em Tóquio

Renê Pereira ganha primeiro bronze individual do remo nos Jogos Paralímpicos, algo que sonhava há 10 anos
30.08.2021, 06:00:00
Renê Pereira divide o paradesporto com a atuação como médico em SalvadorRenê Pereira divide o paradesporto com a atuação como médico em Salvador (Miriam Jeske / CPB)

O projeto de ganhar uma medalha paralímpica começou para Renê Pereira em 2011. Ou seja, quis o destino que o sonho fosse concretizado exatamente 10 anos depois, já que os Jogos Paralímpicos de Tóquio foram adiados de 2020 para 2021.

Apenas uma ideia da luta que esse médico baiano, nascido em Itapetinga, no Sudoeste do estado, teve que passar. O bronze conquistado em Tóquio está na história: foi a primeira medalha individual do remo paralímpico brasileiro.

Para a Bahia, ela tem outra importância, talvez ainda maior. Na noite de sábado (28), manhã de domingo no Japão, Renê Pereira conquistou a primeira medalha do estado na Paralimpíada de Tóquio. Foi na prova de 2 mil metros, categoria skiff simples PR1M1x.

“Estou muito feliz com a prova de hoje. É uma sensação indescritível. Me sinto merecedor por todos os esforços que empenhei em prol dessa medalha. Foi difícil, passei períodos difíceis, mas sabia que com luta e dedicação era possível”, disse em vídeo gravado para o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

Renê começou a sua vida no esporte adaptado em 2008, na natação. Dois anos antes, o jovem médico descobriu que tinha um abcesso na medula. O problema tirou-lhe o movimento das pernas. Mais tarde, ele faria residência em ortopedia.

Em 2008, incentivado pela amiga baiana Verônica Mauadie Almeida, bronze nos 50 metros borboleta classe S7 nos Jogos Paralímpicos de Pequim, Renê Campos Pereira decidiu também perseguir uma medalha. Mas trocou de modalidade: em 2011, descobriu que o remo adaptado era o seu esporte.

O objetivo era chegar aos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. Dois anos antes, ele já era o número um do ranking brasileiro e conseguiu a vaga na Paralimpíada. O atleta do clube São Salvador, na Ribeira, chegou à final e ficou em sexto lugar.

O projeto se estendeu para 2020, quando simbolicamente disputaria os Jogos aos 40 anos. O adiamento do torneio não foi o único 'perrengue': Renê contraiu covid-19 em outubro.

Como médico, monitorou o próprio quadro clínico torcendo para que não tivesse sequelas que o impedissem de estar na melhor forma física para a Paralimpíada.

Forma que já estaria possivelmente comprometida pelo fato de Renê ter passado 2020 treinando em casa, com simuladores de remo. Por conta da pandemia, os treinos no Parque de Pituaçu foram suspensos.

Desde janeiro, Renê mudou-se para uma casa no Litoral Norte, ficando longe da esposa e dos dois filhos. Tudo porque lá poderia treinar numa lagoa e, enfim, ter contato do remo com a água, a oito meses da Paralimpíada.

Em 2021, aos 41 anos, chegaria, enfim, a medalha. Renê completou os 2 mil metros em 10min03s54. O ouro ficou com o ucraniano Roman Polianskyi (9min48s78), campeão também no Rio. A prata, assim como em 2016, ficou com o australiano Eric Horrie (10min00s82).

No Instagram, Renê Pereira fez um post emocionado: “Sou medalhista Paralímpico! Foram muitas abdicações, dedicação que percebi ter valido a pena. Trabalho de 5 anos resumido em 10 minutos. A ficha aos poucos está caindo”, escreveu.

E quando se fala de luta, não é para menos. Renê estava em quarto lugar na prova até os 1,5 mil metros, atrás do espanhol Javier Reja Muñoz. A ultrapassagem foi realmente no último quarto da disputa.

“A vitória veio da melhor forma possível! De modo que dedico a todos que acreditaram e que emanaram boas vibrações. Dedico à minha família, minha equipe de apoio. Não tenho nem como descrever o que é poder ser medalhista paralimpico. Em breve, retornarei ao meu país”, disse emocionado em vídeo.

O retorno ao Brasil não será apenas para a glória como atleta. Renê divide o paradesporto com a atuação como médico em Salvador e cidades da Região Metropolitana. Também retornará à esposa e os dois filhos, que por conta da pandemia não puderam estar em Tóquio.

quarta-feira, 25 de agosto de 2021

INDICADO POR BOLSONARO, AUGUSTO ARAS É RECONDUZIDO À PGR PARA MAIS 2 ANOS:

 

Por 55 votos a 10, Senado confirma recondução de Aras à PGR

BRASÍLIA, DF, 24.08.2021 – AUGUSTO-ARAS - O PGR Augusto Aras chega ao senado para sabatina na CCJ do Senado Federal, nesta terça-feira 24.  (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O plenário do Senado aprovou na noite desta terça-feira (24) a recondução do procurador-geral da República, Augusto Aras, para um novo período de dois anos à frente da PGR (Procuradoria-Geral da República).

A recondução de Aras foi aprovada por 55 votos a favor e 10 contrários, além de uma abstenção. Eram necessários ao menos 41 votos, o que corresponde à maioria absoluta do Senado, que tem 81 parlamentares.

A votação no plenário se deu pouco mais de duas horas após a aprovação pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). A recondução de Aras havia passado na comissão, com 21 votos a favor e seis contrários.

A recondução de Aras acontece em um momento de crise entre os Poderes, principalmente por causa dos ataques do presidente Jair Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal. No entanto, o procurador-geral da República não enfrentou dificuldades, seja durante a sabatina ou nas duas votações do dia.

Mesmo senadores de oposição se manifestaram favoravelmente à recondução. Um dos motivos é que Aras atuou contra a Operação Lava Jato, que havia levado à prisão figuras importantes da oposição, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Durante a sua sabatina, o procurador-geral criticou duramente a operação.

"O modelo das forças-tarefas com pessoalização culminou em uma série de irregularidades que vieram a público, tais como os episódios revelados na Vaza Jato, a frustrada gestão de vultosas quantias arrecadadas em acordos de colaborações e em acordos de leniência, por meio de fundos não previstos em lei", afirmou na sabatina na CCJ.

Aras também defendeu a sua gestão, afirmando que em nenhum momento se omitiu ou deixou de investigar. Por outro lado, disse que prezou por não "criminalizar a política" e que a instituição atuou dentro dos limites da lei, o que teve como consequência o fato de que nenhuma decisão acabou revertida pelo STF ou pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça).

"A explicação para isso é que não houve vazamento seletivo, não houve investigação seletiva, não houve denúncia seletiva, não houve forjação de provas. O que há é o cuidado permanente para não criminalizar a política, não judicializar a política, não prejudicar o desenvolvimento das empresas, embora mantendo fiscalização através dos seus órgãos competentes", afirmou.

Sem citar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, lembrou casos de condenações que depois foram revertidas e os réus, exonerados de culpa.

"É o cuidado em garantir a cada cidadão seus direitos e garantias fundamentais para que as condenações não ocorram de forma tão irresponsável que possa alguém, supostamente inocente, passar anos na cadeia, para, depois, em um momento seguinte, ser exonerado de toda e qualquer responsabilidade", afirmou.

Aras também rebateu as críticas de omissão, em particular frente aos ataques do presidente Jair Bolsonaro contra as instituições. Disse que não cabe a ele ser um comentarista político e nem mesmo um "censor" de autoridades. E defendeu sua atuação mais discreta.

"Acredito que a eficiência na atuação do PGR não deve ser mensurada por proselitismos ideológicos, operações policiais espetaculosas ou embates na arena política. E assim pautei minha atuação na discrição, no diálogo e na compreensão de que cabe ao PGR ficar adstrito ao discurso jurídico, manifestando-se nos autos, conduzindo investigações com rigor técnico, cumprindo a lei, que assim o determina", afirmou.

O procurador-geral, no entanto, voltou a ser cobrado por sua proximidade com o Palácio do Planalto. Rebateu estudo que aponta que a posição da PGR coincide na maior parte dos casos com a da Advogacia-Geral da União. E disse que nem mesmo a busca por ser reconduzido comprometeu a sua independência.

"Quem quer ser reconduzido não faz tantas manifestações contrárias [ao governo]. Mas não são contrárias. São divergentes das manifestações de governo", afirmou, em seguida acrescentando que negou habeas corpus ao senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), no caso das rachadinhas.

"Eu me manifestei duas vezes contra habeas corpus do senador Flávio Bolsonaro, que não está aqui presente. Todos os dois mereceram pareceres contrários, que eu assinei. Não foram colegas [que assinaram]", completou.

Aras também atacou diversas vezes a imprensa. Disse que parte da imprensa "abraça um jornalismo descomprometido com a credibilidade das fontes e descuidado em conferir a veracidade das premissas de fatos". Em outro momento, disse que a imprensa leva a "equívocos danosos".

Durante a sabatina, senadores questionaram Aras se ele dará prosseguimento aos indícios de irregularidades que deverão constar no relatório final da CPI da Covid, a ser enviado ainda neste ano à Procuradoria-Geral da República.

Aras evitou responder ou emitir opinião sobre os trabalhos da comissão. Disse apenas que vai se manifestar nos autos, quando o relatório for entregue, e que atuará em respeito à legislação.

"Eu ratifico o meu compromisso com esta Casa de bem cumprir a Constituição e as leis do meu país. E assim o farei quando receber o relatório da CPI da Covid", respondeu.

Aras também afirmou que havia "ameaças reais" a ministros do Supremo Tribunal Federal. A afirmação aconteceu ao ser questionado sobre sua posição a respeito da prisão de aliados de Bolsonaro, em particular o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) e o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson.

"O grande problema, no caso concreto, é que nos manifestam os contra prisões inicialmente, porque a liberdade de expressão, segundo doutrina constitucional e jurisprudência do próprio Supremo, é controlada a posteriori, ou seja, primeiro o indivíduo", afirmou.

"No momento posterior da prisão, tanto do Daniel Silveira, quanto do Roberto Jefferson, houve ameaças reais aos Ministros do Supremo, de maneira que, se, em um primeiro momento, a liberdade de expressão era o bem jurídico constitucional tutelado mais poderoso que existe dentro da nossa Constituição, num segundo momento, já se abandonou a ideia da liberdade de expressão para configurar uma grave ameaça", completou.

Bolsonaro oficializou a indicação de Aras em julho deste ano. Assim como em 2019, o presidente ignorou a lista tríplice divulgada após eleição interna da ANPR (Associação Nacional de Procuradores da República).

O primeiro mandato do PGR foi marcado por polêmicas em razão de declarações que ele fez sobre a Lava Jato, o que o levou a ser apontado como responsável pelo desmonte da investigação.

No ano passado, as críticas contra o PGR se intensificaram em razão de apurações que não tiveram andamento, parte delas referentes à omissão do governo federal no combate à Covid-19.

A Procuradoria-Geral da República é obrigada a se manifestar na maioria dos ações que chegam ao STF, independentemente de quem é o autor do processo. Nesses casos, o procurador-geral se manifestou algumas vezes contra a atuação do Executivo.

Em raros momentos, Aras conseguiu aplacar parte das críticas ao promover uma ofensiva contra a parcela da militância bolsonarista que mobilizou manifestações que pediam o fechamento do Congresso e do Supremo.

O procurador-geral pediu abertura de inquérito para investigar os responsáveis pelos atos antidemocráticos e desencadeou, com autorização de Moraes, relator do caso, operação policial contra o núcleo da estrutura organizacional do Aliança pelo Brasil, partido que Bolsonaro tenta criar.

Em um segundo momento, no entanto, após não se entender acerca da apuração com a PF, que defendia o aprofundamento, a PGR pediu o arquivamento perante o STF e o envio de alguns casos para a primeira instância.

Senadores governistas aproveitaram a sabatina de Aras para cobrar o agendamento do processo referente à indicação de André Mendonça, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal. A tramitação da indicação de Mendonça, no entanto, deve entrar em um estado de espera, por causa das recentes declarações de Bolsonaro contra o Supremo e a protocolação do pedido de abertura do processo de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes.

"A vacância do cargo de um único ministro acarreta prejuízo de considerável monta à Corte, tendo em vista que os processos se acumulam e outros têm que ser redistribuídos em razão da urgência e importância das demandas", afirmou o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), que em seguida pediu o agendamento da sabatina.

Telmário Mota (Pros-RR) pediu ao presidente da CCJ que não transforme a indicação de Mendonça em um "calvário". A bancada do PL também divulgou nota indicando apoio pela aprovação da indicação de André Mendonça para o Supremo.

Em entrevista coletiva, Pacheco lembrou que já encaminhou a indicação do ex-advogado-geral da União para o colegiado e que não irá interferir na tramitação.

"Agora fica a cargo do presidente da comissão a organização de sua pauta, o estabelecimento do esforço concentrado, porque é preciso ter a presença física dos senadores para votarem nessas indicações [...] A Comissão de Constituição e Justiça é uma instituição que tem a sua autonomia, tem o seu regramento e obviamente que cabe ao presidente da CCJ essas definições. Não seria nem elegante da minha parte interferir, como presidente do Senado, no trabalho de uma comissão", disse.

O presidente Jair Bolsonaro disse a apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada nesta terça-feira (24) esperar que Mendonça seja sabatinado. "A gente espera que ele seja sabatinado e ocupe uma cadeira lá", afirmou. Ele repetiu que Mendonça se comprometeu em fazer uma oração por semana durante as sessões do Supremo.

Durante o evento Expert XP, a ministra da Segov (Secretaria de Governo) também cobrou que o Senado paute a sabatina de André Mendonça ao STF. "É fundamental também que isso seja pautado", disse.

terça-feira, 24 de agosto de 2021

BOLSONARO VETA FUNDÃO DE 6 BILHÕES!

 


sexta-feira, 20 de agosto de 2021

ALUNO TENTA MATAR PROFESSOR:

 

 

Ex-aluno tenta matar professor, mas arma falha três vezes; veja o vídeo


  • Professor foi alvo de tentativa de assassinato no domingo, mas arma do criminoso falhou

  • O rapaz, um ex-aluno, tento disparar três vezes seguidas sem que a vítima sequer percebesse

  • Crime teria sido motivado por desavença em sala de aula em 2018

Um professor foi salvo pela sorte após ser alvo de uma tentativa de assassinato em um bar em  Guaratinga, sul da Bahia, no último domingo (15). A arma do criminoso, um ex-aluno, falhou três vezes consecutivas e ele fugiu do local.

Imagens da câmera de segurança do estabelecimento mostram o momento em que o rapaz se aproxima pelas costas do homem, que estava com a noiva em uma mesa. O criminoso tenta o disparo, mas a arma falha. Ele repete o movimento outras duas vezes, antes de sair correndo.

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Nem o homem e nem sua noiva sequer notaram a ação. O casal só ficou sabendo do ocorrido porque uma pessoa em uma mesa próxima relatou os fatos após a fuga do criminoso.

A vítima e sua noiva prestaram depoimento na delegacia de Guaratinga na última segunda-feira (16). A polícia investiga o caso.

Ex-aluno tentou disparar três vezes contra o professor - Foto: Reprodução
Ex-aluno tenta disparar 3 vezes contra o professor - Foto: Reprodução

Desentendimento de 2018 teria motivado crime

Segundo informações do SBT, o criminoso é menor de idade e foi aluno da vítima, com quem teria se desentendido em 2018. Na ocasião, o jovem teria se revoltado com a reclamação do professor sobre o mau cheiro de suas axilas em sala de aula.

A emissora afirmou que a mãe do então aluno chegou a registrar boletim de ocorrência contra o educador naquele momento, o que teria facilitado a identificação do criminoso.

quinta-feira, 19 de agosto de 2021

UTILIDADE PÚBLICA:

 

Vitória da Conquista poderá sediar Batalhão de Infantaria do Exército

Secretaria de Comunicação Prefeitura de Vitória da Conquista <secom@pmvc.ba.gov.br>
Cco:mrbenedictis@yahoo.com.br
qua., 18 de ago. às 18:57

Na manhã desta quarta-feira (18), a prefeita Sheila Lemos recebeu, em seu gabinete o chefe de instrução do Tiro de Guerra 06-006, 1º Sargento Paulo Robinson Ferreira Ben. No encontro, o militar informou à gestora que há uma possibilidade de Vitória da Conquista se tornar a sede de um batalhão de infantaria do Exército.

O 1º Sargento Robinson disse que ele conheceu o projeto de criação do batalhão em recente encontro com o Chefe de Relações Públicas da 6ª Região em Salvador, Coronel Marco Antônio. O comandante do Tiro de Guerra informou que há uma necessidade por ser uma cidade de porte médio que atende outras regiões do Estado da Bahia. “Nesta região não tem quartel, só os tiros de guerra próximos. A terceira maior cidade do Estado, inclusive tem as demandas da Operação Pipa. Tem uma região grande aqui, no norte de Minas Gerais e parte também do Espírito Santo, que não tem o quartel do exército”. Será agendada uma reunião da prefeita com o Coronel Marco Antônio para levantar o interesse da comunidade local e das lideranças, principalmente políticas, para colocar em execução o projeto que já está pronto.

Também foram solicitadas melhorias na estrutura do Tiro de Guerra e houve a entrega de um exemplar da revista do Comando Militar do Nordeste, a pedido do Comandante Gen Marco Antônio. De acordo com o 1º Sargento Robinson, o encontro foi positivo. “Prefeita educada e carismática. Conseguimos colocar algumas demandas. Agradeço a cordialidade e a recepção da prefeita mais uma vez, por ter esse carinho com o Tiro de Guerra”.

A prefeita Sheila Lemos demonstrou entusiasmo com a possibilidade de Vitória da Conquista ter um Batalhão de Infantaria. Para ela, há a necessidade porque “o município está numa localização estratégica, abrangendo várias regiões do Estado”. Na ocasião, a gestora também apresentou a dificuldade que ocorre devido à diminuição de carros pipa, mantidos pelo Exército, que abastecem com água potável regiões atingidas pela seca. “Temos uma zona rural extensa que está sofrendo com a seca. Estamos solicitando ao exército mais carros pipa”. Em relação às demandas apresentadas na área do Tiro de Guerra, informou que seriam encaminhadas para que possam ser atendidas.

Também participaram do encontro a assessora Especial da Prefeita, e o Cabo Reservista, Alessandro Santos Cardoso.

https://www.pmvc.ba.gov.br/vitoria-da-conquista-podera-sediar-batalhao-de-infantaria-do-exercito/

quarta-feira, 18 de agosto de 2021

GRACI PRESIDE PTB:

 

A 'leoa petebista' bolsonarista: conheça a substituta de Roberto Jefferson no PTB

segunda-feira, 16 de agosto de 2021

MORRE DUDA MENDONÇA:

 

 

Morre aos 77 anos em São Paulo o publicitário Duda Mendonça

RIO — O publicitário Duda Mendonça morreu nesta segunda-feira aos 77 anos. Ele estava internado no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, há dois meses e foi vítima de um câncer no cérebro, segundo informou o colunista Lauro Jardim.

Mendonça foi um dos marqueteiros políticos mais importantes do país. Ele fez a campanha do ex-presidente Lula em 2002, quando o petista foi eleito à Presidência. É dele o slogan que impulsionou a candidatura de Lula naquele ano e é usada até hoje em acenos do petista ao centro: "Lulinha, Paz e Amor".

Publicitário de origem, Duda Mendonça abriu a agência DM9 em 1975, em Salvador. Sua estreia no marketing de político, no entanto, aconteceria 10 anos depois, em 1985, ao trabalhar na campanha que elegeu Mario Kertez à prefeitura da capital baiana.

Sete anos depois, foi o marqueteiro de Paulo Maluf, que pela primeira vez se elegeria prefeito de São Paulo por via direta. Na lista de clientes de Duda também estão Ciro Gomes e Marta Suplicy.

Duda também foi personagem fundamental da CPI dos Correios, a do mensalão. Em, agosto de 2005, deu um depoimento explosivo aos senadores, admitindo que recebera pagamentos do PT numa conta no exterior, via caixa 2. A partir dali, terminaria sua relação com o PT. Já internado, segundo Lauro Jardim, Duda recebeu uma visita de Lula, que estava no Sírio para um check up. Foi a primeira vez que se viram em mais de uma década sem se falar.

O publicitário também foi investigado na operação Lava-Jato e assinou, em 2017, um acordo de delação premiada.

Em nota, Lula lamentou a morte de Duda, a quem chamou de "gênio da comunicação política":

"Duda Mendonça foi um gênio da comunicação política. O seu trabalho na campanha de 2002 já está na história como uma das campanhas mais bonitas e sensíveis da nossa história. Em um momento em que o Brasil sofria com uma crise aguda, racionamento de energia e miséria, Duda Mendonça produziu filmes e mensagens de muita sensibilidade, de que a esperança venceria o medo. Aos seus familiares e amigos, meus sentimentos".

O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, por sua vez, chamou o publicitário de amigo e disse que esteve sempre presente e solidário "nos momentos mais duros e difíceis que passamos juntos".

"Um dia de tristeza e dor pela morte meu amigo Duda Mendonca sempre presente e solidário nos momentos mais duros e difíceis que passamos juntos. Publicitário genial criativo inovador um dos maiores do nosso Brasil responsável pela campanha na TV e rádio que sabia fazer como ninguém vitoriosa de Lula em 2002 mas principalmente amigo e companheiro Deixo aqui meu abraço de conforto a sua esposa Aline Lucas e demais filhos e filhas", disse Dirceu.

O marqueteiro João Santana disse, em nota, que a morte do colega é uma "perda irreparável". Ambos trabalharam para o PT.

“É uma perda irreparável. Duda foi um divisor de águas no marketing político brasileiro. Para nossa área, teve o mesmo significado de Boni para a TV brasileira: criador de estilo e renovador de linguagens. Todos nós devemos muito a ele", disse Santana.

Pelas redes, petistas lamentaram a morte de Duda. O governador da Bahia, Rui Costa, descreveu o marqueteiro como "publicitário que teve o seu talento reconhecido no Brasil e no mundo". O deputado federal Paulo Teixeira o chamou de "grande publicitário".

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Morre aos 77 anos o publicitário Duda Mendonça, que comandou a campanha de Lula em 2002

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Conhecido por comandar campanhas políticas vitoriosas, o publicitário Duda Mendonça morreu em São Paulo aos 77 anos. A informação foi confirmada ao UOL por pessoas próximas ao publicitário.

A causa da morte ainda não foi informada. Ele estava internado no Hospital Sírio-Libanês, na região central de São Paulo, desde junho.

Essa era a segunda vez este ano que o publicitário passava pelo Sírio. Por enquanto, o hospital não confirma a morte do publicitário por recomendação da família, que desde a internação proibiu a divulgação de boletins médicos.

Duda ganhou fama nos anos 1990, quando repaginou a imagem de Paulo Maluf (PP) e o levou a uma campanha vitoriosa à Prefeitura de São Paulo. Mas é conhecido principalmente por ter comandado a primeira campanha eleitoral à Presidência da República vencida por Lula (PT), em 2002.

Mas Duda também fez história em campanhas com Ciro Gomes (PDT), no Ceará, Miguel Arraes, em Pernambuco, e até do ex-primeiro-ministro de Portugal, Pedro Santana Lopes.

Além de ter levado Lula ao Planalto adotando o mote "Lulinha paz e amor", Duda já havia ajudado a eleger Celso Pitta, do grupo de Maluf, nos anos 1990.

Ele trabalhou nas campanhas ao Senado de Marta Suplicy (MDB) e Lindberg Farias (PT).

Em 2014, fracassou na coordenação das campanhas de Delcídio do Amaral (PT) ao governo de Mato Grosso e de Paulo Skaf (MDB) ao governo de São Paulo, que o levou mais uma vez a ser alvo de investigações do Ministério Público e da Polícia Federal.

O marqueteiro foi delatado por executivos da Odebrecht, sendo acusado de receber pagamentos do trabalho ao emedebista por meio de caixa 2. Meses depois também se tornou delator, tendo sua colaboração homologada pelo Supremo Tribunal Federal em junho.

Duda virou um dos personagens principais do mensalão, em 2005, quando apareceu sem avisar em uma CPI em andamento e admitiu ter recebido ilegalmente do PT dinheiro da campanha de 2002, tendo feito parte do esquema de caixa 2 da legenda. Sete anos depois, ele foi absolvido pelo Supremo.

Em entrevista à Folha em 2018, indagado sobre se é possível fazer campanha sem caixa 2, Duda disse que acha "que sim, sobretudo para os que trabalham de forma correta. Acrescentamos os impostos nos custos e dormimos em paz".

Apesar dos envolvimentos nos escândalos, o maior arrependimento que Duda diz ter na carreira não tem a ver com isso.

"O maior arrependimento é quando ajudamos a eleger alguém e depois ficamos desencantados com ele. Chegamos a uma conclusão frustrante: Deus nos deu um dom e verificamos que ajudamos a eleger a pessoa errada", disse, sem citar nomes. "Não é correto dar os nomes das pessoas. Não há quem nunca erre."

CONQUISTA - UTILIDADE PÚBLICA:

 

Boletim Covid-19: dois novos casos confirmados e três óbitos

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) confirmou, até as 17 horas deste domingo (15), dois novos casos de Covid-19, totalizando 34.450 desde o início da pandemia. Destes, 33.702 estão recuperados, 600 evoluíram para óbito e 148 estão em recuperação, sendo 18 internados e 130 em tratamento domiciliar.

Outros 949 casos suspeitos aguardam classificação final.

Foram registrados três óbitos de moradores do município por complicações da Covid-19.

598º óbito – Mulher de 34 anos, moradora do bairro Primavera. Internada no Hospital Geral de Vitória da Conquista (HGVC) no dia 7 de agosto, onde faleceu na sexta-feira (13).

599º óbito – Homem, 53 anos, morador do bairro Primavera, sem comorbidades. Internado no Hospital Geral de Vitória da Conquista (HGVC) desde o dia 17 de julho. Veio a óbito ontem (14).

600º óbito – Mulher de 84 anos, moradora do bairro Brasil, com doença neurológica crônica e hipertensão arterial. Internada no Hospital Geral de Vitória da Conquista (HGVC) em 23 de julho, onde faleceu ontem (14).

Ocupação de leitos – Neste momento, 41 pacientes estão internados em parte dos 128 leitos disponíveis pelo SUS para pacientes com Covid-19 no município, representando 25,9 % de ocupação de leitos clínicos e 37,1 % de UTI.

Além de pacientes de Vitória da Conquista, também estão internados moradores dos seguintes municípios: Barra do Choça, Bom Jesus da Serra, Brumado, Caculé, Caturama, Carinhanha, Condeúba, Guanambi, Ibiassucê, Ibicuí, Iguaí, Itambé, Jacaraci, Jussiape, Malhada, Planalto, Presidente Jânio Quadros, Sebastião Laranjeiras, Tanhaçu e Tremedal.

Clique aqui para acessar o boletim completo.

Notificação – A Secretaria Municipal de Saúde disponibiliza um canal on-line para notificação de casos suspeitos, o Notifica Covid-19, para que o cidadão possa fazer o seu autocadastro para monitoramento. As linhas do Call Center, que funciona de 8h às 18h, também estão disponíveis para tirar dúvidas da população sobre a Covid-19 e atender pessoas que apresentem sintomas suspeitos.

Telefones fixos: (77) 3429-3468/3429-3469/3429-3470
Celulares: (77) 98834-9988 / 98834-9900 / 98834-9977 / 98834-9911 / 98856-4242 / 98856-4452 / 98856-3722/ 98825-5683/ 98834-8484

sexta-feira, 13 de agosto de 2021

DEPUTADO FAZ CPI SE DESESTRUTURAR E SESSÃO FOI ENCERRADA!

 

Barros culpa CPI por atraso de vacinas, senadores reagem, e sessão é encerrada

BRASILIA, DF, 12.08.2021: RICARDO-BARROS - O deputado Ricardo Barros (PP-PR) presta depoimento aos senadores da Comiss&#xe3;o que investiga os atos do governo durante a Pandemia da Covid-19. O deputado &#xe9; l&#xed;der do governo na c&#xe2;mara dos deputados e foi implicado na den&#xfa;ncia de suspeita de corrup&#xe7;&#xe3;o na compra da vacina Covaxin, pelo tamb&#xe9;m deputado Luiz Mirando (PSL-DF). (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Em uma sessão tumultuada e marcada por bate-bocas, o líder do governo Bolsonaro na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), culpou a CPI da Covid pelo atraso na compra de vacinas, dando início a uma discussão que terminou no encerramento antecipado de seu depoimento.

O presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), afirmou que Barros será chamado para prestar novo depoimento à comissão. A próxima participação do deputado, no entanto, será na condição de convocado e não mais como convidado --quando a presença não é obrigatória.

"A diferença é que os convidados são as pessoas que a gente respeita. Convocados são aqueles que perderam o respeito", disse Aziz, de maneira exaltada, após a sessão.

A discussão foi apenas mais uma em uma sessão marcada por debates acalorados. Ao contrário de depoentes anteriores, Barros ingressou com pedido no STF (Supremo Tribunal Federal) para ser ouvido pelo colegiado. Dizia querer encerrar a "narrativa" que o ligava a irregularidades no processo de compra da vacina indiana Covaxin.

O grupo majoritário que comanda a CPI resistia a agendar o depoimento. Oficialmente, os senadores afirmavam que não era o momento adequado para ouvi-lo. Queriam mais evidências para então evitar que o deputado usasse a comissão como palanque.

Em depoimento à CPI, o deputado Luis Miranda (DEM-DF) afirmou que levou as suspeitas de irregularidades a Bolsonaro e ouviu do presidente que seria "mais um rolo" de Barros.

As suspeitas envolvendo a Covaxin começaram após o jornal Folha de S.Paulo revelar o depoimento do servidor Luis Ricardo Miranda ao Ministério Público Federal. Ele relatou ter recebido "pressão atípica" para liberar a importação da vacina indiana.

O contrato acabou cancelado definitivamente após o surgimento de outros indícios de irregularidades. Bolsonaro jamais comentou as declarações de Luis Miranda.

Em seu depoimento, Barros minimizou a menção ao seu nome por parte de Bolsonaro, afirmando que o chefe do Executivo não afirmou e sim questionou a participação dele no processo.

Além disso, Barros diz que o presidente só o citou porque foi provocado ao ver uma foto numa reportagem levada por Miranda a respeito de ação contra a empresa Global, que tem os mesmos sócios da Precisa, que intermediou o contrato de compra da Covaxin com o Ministério da Saúde.

"Finalmente vem aqui o Luis Miranda, faz um teatro aqui e fala que o presidente falou meu nome. Claro, ele, Luis Miranda, levou ao presidente a minha fotografia numa matéria do caso Global e, provavelmente, é a esse fato que o presidente se referiu", afirmou Barros.

"Por que citou Ricardo Barros? Porque eles levaram a minha fotografia para o presidente. É óbvio isso."

Neste momento, houve um grande tumulto no plenário da CPI. O relator, Renan Calheiros (MDB-AL), pediu para que o vídeo do depoimento de Miranda na comissão fosse repetido várias vezes, provocando protestos dos senadores governistas. O tumulto fez Aziz interromper a sessão pela primeira vez.

"No meu estado, o caboclo é sábio, muito sábio. E aquele cara que morre pela boca é chamado de tucunaré. Devagar com o andor, porque o santo é de barro. Não dê uma de tucunaré aqui, deputado, por favor", disse o presidente da CPI.

Em outro embate no meio do tumulto, o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), afirmou ter sido agredido verbalmente por uma fala do vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

"Senador Fernando, não fique vermelho que nem camarão", disse Randolfe.

Barros afirmou durante o depoimento que não tem qualquer envolvimento na negociação da Precisa para vender a vacina indiana ao governo federal. Também negou que tivesse relação com os proprietários da empresa.

"Eu não tenho relação pessoal com o senhor [dono da Precisa, Francisco] Maximiano. Eu o recebi no gabinete como ministro, com a nossa equipe de compras, e está também nos registros aqui que ele alegou, e eu também aleguei, que a última vez em que nos encontramos foi quando eu era ministro", disse.

"Portanto, nunca tratei de Covaxin. Em nenhum momento tratei qualquer assunto relativo à venda da Covaxin", completou.

Barros, que foi ministro da Saúde no governo Michel Temer (MDB), também foi questionado sobre o contrato da Global em sua gestão. A empresa, que também pertence a Maximiano, responde a um processo de improbidade administrativa por não ter entregue medicamentos para doenças raras, apesar do pagamento antecipado de R$ 20 milhões.

O deputado respondeu que havia uma decisão do TCU (Tribunal de Contas da União) que autorizava pagamento antecipado, em casos de compras por decisão judicial. A senadora Simone Tebet (MDB-MS) rebateu afirmando que o acórdão do tribunal não tratava do tema.

Barros também disse que Roberto Ferreira Dias, ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, exonerado após denúncia de cobrança de propina, não foi uma indicação sua ou de seu partido. Disse que foi indicação do ex-deputado Abelardo Lupion (DEM-PR).

Explicou ainda que o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta até mesmo sugeriu indicar Dias para reduzir a influência do PP, partido de Barros.

"Não temos ninguém lá, vocês vão chamar todo mundo aqui e todo mundo vai dizer que não [tem indicados do PP]", afirmou.

No momento de maior tensão da sessão, o líder do governo foi pressionado com perguntas referentes à sua relação com a empresa Belcher. Foi apresentada uma foto de reunião no Ministério da Saúde, na qual o parlamentar estava acompanhado de representantes da empresa.

Barros negou que fosse para tratar de vacinas, mas defendeu na CPI a imunização e a sua compra pelo governo federal. Neste momento, provocou a ira dos senadores ao afirmar que a comissão estava afastando do Brasil os laboratórios produtores de vacinas contra a Covid.

"A Belcher Farmacêutica deixou de representar o laboratório CanSino, e nós perdemos a grande oportunidade no Brasil de comprar 60 milhões de doses da vacina CanSino, de dose única, a US$ 17, portanto mais barata do que a Coronavac, mais barata que a Pfizer, mais barata que a maioria das vacinas que foram compradas pelo Brasil", afirmou.

"Eu quero lembrar que o mundo inteiro quer comprar vacinas. O mundo inteiro quer comprar vacinas, e eu espero que esta CPI traga bons resultados para o Brasil, produza um efeito positivo para o Brasil, porque o negativo já produziu muito: afastou muitas empresas interessadas em vender vacina no Brasil", completou.

A fala provocou uma grande discussão no plenário.

"Afastamos as vacinas que vocês, do governo, queriam tirar proveito", rebateu Aziz. O presidente da CPI então suspendeu por mais de duas horas a sessão, alertando que poderia não dar prosseguimento.

Ao retomar, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) sugeriu que a comissão averiguasse quais os limites de proteção a um parlamentar que mente em depoimento. Recomendou ainda o encerramento da sessão, já prevendo uma nova convocação de Barros. Aziz aceitou e encerrou o depoimento.

"Em vez de se explicar, ele veio aqui descontruir o trabalho da CPI", afirmou Aziz. O senador negou que o encerramento fosse uma estratégia para não dar voz a Barros e disse que Renan tinha muito mais questões a apresentar.

TARCÍSIO MEIRA (85) MORRE EM SÃO PAULO:

 

O que explica a morte de Tarcísio Meira por Covid-19 após duas doses de vacina

A morte do ator Tarcísio Meira, de 85 anos, por complicações da Covid-19 mesmo após concluir o esquema vacinal pode levantar dúvidas em relação à efetividade das vacinas contra a doença. Especialistas médicos, porém, explicam que um caso do tipo não significa um atestado de falta de efetividade dos imunizantes, mas, na verdade, o agravamento do quadro está intimamente ligado ao funcionamento do sistema imune do corpo.

Aos 85 anos de idade, Tarcísio estava em uma faixa de idade em que há a chamada imunossenescência, que é o envelhecimento do sistema imune, responsável pelo combate às doenças no corpo humano. É possível perceber seu efeito, por exemplo, em um estudo que avaliou a efetividade da vacina CoronaVac em São Paulo.

Na análise, a vacina apresentou potência para evitar 80,1% das hospitalizações e 86% dos óbitos quando avaliados o público de 70 a 74 anos. Contudo, quando a análise é fatiada para quem tem 80 anos ou mais, há uma importante queda na robustez da proteção: a efetividade para hospitalizações cai para 43,4% e, de mortes, para 49,9%.

— Existe uma tendência de queda de anticorpos produzidos pela vacina de acordo com o tempo (decorrido após a imunização). Isso para todos, mas com maior intensidade pelos idosos, que tem essa questão da imunossenescência. Ou seja, eles respondem menos à vacina e a tendência, diante dessa resposta imune menor, seria um impacto na proteção (contra a Covid-19) — explica o pesquisador Julio Croda, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul.

Além disso, é importante ressaltar que nenhuma vacina é 100% eficaz para casos sintomáticos, internações e mortes. Há, é claro, pessoas que não apresentam resposta imune em todas as idades, mas a prevalência é maior entre os pacientes com idade mais avançada.

— Não dá para afirmar que alguém que tomou duas doses da vacina estará blindado, independentemente da marca (do imunizante)— explica Leonardo Weissmann, médico infectologista do Instituto Emílio Ribas, em São Paulo, e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia.

Weismann explica que a falta de proteção de um percentual de pessoas, em específico, não configura como um “defeito” de determinada vacina, mas sim é esperado para o processo de imunização.

— A grande maioria das pessoas que tomam as vacinas poderão evitar formas graves da doença, internações e mortes. Infelizmente, haverá uma pequena parte da população que não ficará protegida, e isso vale para qualquer vacina, para qualquer doença, independente do fabricante — explica o médico.

Diante desse cenário, especialistas em saúde pedem que mesmo as pessoas totalmente vacinadas usem máscara, mantenham o distanciamento social e evitem aglomerações. Essas são formas eficazes de evitar o contágio e medidas ainda muito necessárias diante do atual patamar de alta transmissão da Covid-19 no Brasil.