Kassio Nunes aprovado no STF: qual será seu papel em casos contra Bolsonaro, Flávio e Lula?
O Senado aprovou na quarta-feira (21/10) o desembargador Kassio Nunes como novo ministro Supremo Tribunal Federal (STF). Indicado pelo presidente Jair Bolsonaro, ele foi aprovado com 57 votos favoráveis e 10 contra.
A votação foi secreta, mas Nunes recebeu publicamente apoio de senadores do Centrão (grupo que inclui partidos grandes, como PP, PL, Republicanos, MDB, PSD e DEM) e de petistas — Nunes, que é piauiense, tem boa relação com Wellington Dias (PT), governador do Piauí.
Ela será o único integrante da Corte nordestino na atual composição, e poderá ser ministro até 2047, quando completa 75 anos, idade limite para se aposentar.
O STF ainda marcará a data da posse, o que costuma ocorrer algumas semanas após a aprovação.
A escolha de Nunes desagradou a base mais fiel de Bolsonaro, que esperava a indicação de um ministro mais alinhado a pautas conservadoras. Também foi criticada pelos apoiadores da operação Lava Jato, que queriam um nome mais duro no julgamento de processos criminais.
Ao ser sabatinado por cerca de dez horas pelos senadores, Nunes se definiu como "garantista", um magistrado que busca garantir os direitos dos investigados previstos em lei. Ele defendeu o combate à corrupção e disse não ter nada contra operações como a Lava Jato, mas ressaltou "a competência do Judiciário para promover ajustes, se pontualmente houver descumprimento da lei e da Constituição", seja pelo Ministério Público, a polícia ou o juiz do caso.
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