Se for qualquer tipo de doença que os exames laboratoriais não possam localizar, o médico com certeza lhe dirá ou chamará alguém da família e informará que é tudo psicológico. Não seria também a medicina catastroficamente praticada um estado retroativo da ciência? O óbvio, a sensatez, a investigação estão sendo deixados de lado. Foram naturalmente substituídos por quem vê a lógica como uma deformidade neurológica. O lado psicológico está dando novos rumos à ineficiência de nossos médicos (nem todos, só 80%). É até engraçado diagnosticar uma doença não detectada com outra. Como a medicina mudou e ficou fácil de ser praticada depois de oficializado o politicamente correto. “Estado psicológico”. Tudo é naturalmente psicológico. E assim vamos levando, acho até que a grande maioria dos médicos acham que o juramento de Hipócrates não passa de uma sandice. Ele (Hipócrates) deveria estar num estágio evoluído de depressão quando escreveu aquilo. E os responsáveis por tudo isso lavam as mãos. Por que pelo menos não age como a OAB que só deixa o bacharel começar a profissão depois de conseguir a tão sonhada carteira? Isto evita que muita gente despreparada exerça uma profissão sem saber nada (nem sempre dá certo). É melhor do que deixar que anualmente as faculdades lancem no mercado milhares de jovens sem a mínima condição de exercer as ciências médicas. É isto que leva as massas a se convencerem de que a maioria dos seres humanos sofre de depressão, os que não concordam é porque estão num estágio evoluído deste mal. A depressão é o meio mais fácil para justificar o que grande parte dos médicos não consegue decifrar, algo que vá além do que foi ensinado nos bancos das sucateadas universidades (nem todas). E a indústria do “pavor a tudo” (fabricantes de antidepressivos) agradecem e enriquecem com a “bestialidade médica”. Existem três tipos de médicos: o “semideus”, aquele que enxerga o paciente como uma “coisa” que pode ou não dar lucro. Tem o médico verdadeiro, aquele que vê o paciente como um ser humano igual a ele e exerce a medicina como um sacerdócio, chegam a dar bom dia, boa noite, o paciente até relaxa. Tem também o truculento (ou cavalo batizado, como queira): já recebe o cidadão com cara fechada e dando bronca, o paciente fica se achando o último dos últimos. Parece até que não saber explicar o que está sentindo é um delito grave. Mas enquanto os “semideuses” vão ganhando espaço com seus erros e acertos, a causa psicológica vem se tornando cada vez mais natural. E aí morre gente diariamente… Será que a morte também é um estado psicológico? Nossos “médicos”, com raras exceções, já escolhem esta profissão esperando dias melhores, não passam por nenhuma avaliação antes de ingressarem no mercado de trabalho. O treinamento é feito nos pacientes do SUS, isto é um absurdo. E ainda tem o agravante da ética médica, os erros médicos só veem a público quando denunciados por familiares de pacientes mais bem informados e raramente são apurados, pois a maioria é questão “psicológica” dos parentes “deprimidos” pela perda de um ente querido. E o finado provavelmente morreu por não acreditar que o que tinha era psicológico. Ainda bem que inventaram o raio X, caso contrário fratura só seria levada a sério se fosse exposta. Sorte nossa que os odontólogos (dentistas) ainda não aderiram ao “estado psicológico”. Já imaginou? Enquanto isso, nós continuamos nos lascando em mãos erradas. Temos que ter a sorte de cair nas mãos de médicos que praticam a verdadeira medicina. Coisa rara, muito rara. Mas Deus não iria nos deixar tão desprotegidos, são raros, mas ainda existem aqueles que podemos chamar de médicos.
E enterraram o pé esquerdo de João Carne Seca com chuteira e tudo debaixo de um pé de jaca do campo das “sete casa”. Foi triste, até a filarmônica tocou o hino da cidade no dia… Dona Cotinha, mãe do atleta, uma santa que sempre se conformou com tudo, chegou a comentar com a nora: “Pelo menos ele se livrou daquele calo seco”.
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