terça-feira, 24 de setembro de 2019

BOLSONARO NA ONU:

Presidente cita facada para falar do 'inimigo comunista'

Em seu discurso de abertura na 74ª Assembleia-Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), em Nova York, o presidente Jair Bolsonaro atacou Cuba e Venezuela, exaltou os laços com os Estados Unidos e defendeu a atuação de seu governo no combate às queimadas na Amazônia. Além disso, passou boa parte dele falando sobre a situação dos indígenas do Brasil — aos quais acusou de fazer queimadas.
Bolsonaro citou indiretamente a rusga com o presidente francês, Emmanuel Macron, e acusou comunidades indígenas de também contribuírem com os focos de incêndios na Amazônia.
Jair Bolsonaro faz discurso de abertura na Assembleia da ONU (Foto: Carlo Allegri/Reuters)

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A respeito da Amazônia, Bolsonaro reafirmou o compromisso com a preservação do Meio Ambiente. “Meu governo tem o compromisso solene com a preservação do Meio Ambiente. Nossa Amazônia é maior que toda a Europa Ocidental e permanece praticamente intocada”.
Bolsonaro afirmou que é “falácia” dizer que a Amazônia é patrimônio universal e que não é “o pulmão do mundo”. “É uma falácia dizer que a Amazonia é patrimônio universal e muito menos que é o pulmão do mundo. Sem citar a França de Macron, ele afirmou que tem de combater o “espírito colonialista".
“14% do nosso território é terra indígena, mas os índios são seres humanos. Eles querem e merecem usufruir os direitos que todos nós temos. Não vamos aumentar para 20% como alguns querem”.

MORO E GOVERNOS ANTERIORES

O presidente exaltou a figura do ministro da Justiça, Sergio Moro, e detalhou sua contribuição à frente da Operação Lava Jato enquanto juiz federal.
Sem citar o Partido dos Trabalhadores, Bolsonaro afirmou que Moro contribuiu para, em suas palavras, pôr fim “a um projeto de poder absoluto graças ao patriotismo, perseverança e coragem de um juiz”.

IDEOLOGIA E ADÉLIO

Bolsonaro acentuou, no trecho final de sua fala, a carga ideológica de seu discurso contra a esquerda e sinalizou à sua base mais radical do ‘bolsonarismo’.
“A ideologia invadiu nossos lares para investir contra a célula mater de qualquer sociedade: a família. (...) Inclusive tentaram inverter a identidade mais básica: a biológica”.
O ataque a faca feito por Adélio Bispo de Oliveira, em setembro do ano passado durante a campanha eleitoral de 2018 também foi relembrado pelo presidente. “Fui covardemente esfaqueado por um militante de esquerda e só sobrevivi pelo milagre de Deus”.

AGENDAS INTERNACIONAIS

Bolsonaro também reforçou os laços com os EUA, citou a abertura de mercado e adiantou agendas de visitas aos países asiáticos.
“Estamos abrindo a economia e nos agregando (...). Essas visitas que faremos reforçarão nossos laços de amizade com Japão, China, Arábia Saudita, Emirados Árabes e Catar (...). Também estamos ansiosos em visitar nossos parceiros na África, Oceania e Europa

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