Presidente cita facada para falar do 'inimigo comunista'
Em
seu discurso de abertura na 74ª Assembleia-Geral da ONU (Organização
das Nações Unidas), em Nova York, o presidente Jair Bolsonaro atacou
Cuba e Venezuela, exaltou os laços com os Estados Unidos e defendeu a
atuação de seu governo no combate às queimadas na Amazônia. Além disso,
passou boa parte dele falando sobre a situação dos indígenas do Brasil —
aos quais acusou de fazer queimadas.
Bolsonaro
citou indiretamente a rusga com o presidente francês, Emmanuel Macron, e
acusou comunidades indígenas de também contribuírem com os focos de
incêndios na Amazônia.
Leia também
- Manu d'Ávila: 'O que vemos no Rio é um político que usa morte de crianças como palanque'
- É falso que STF liberou gabinete na PF para Lula
- Lula se recusa a pedir progressão de pena
A
respeito da Amazônia, Bolsonaro reafirmou o compromisso com a
preservação do Meio Ambiente. “Meu governo tem o compromisso solene com a
preservação do Meio Ambiente. Nossa Amazônia é maior que toda a Europa
Ocidental e permanece praticamente intocada”.
Bolsonaro
afirmou que é “falácia” dizer que a Amazônia é patrimônio universal e
que não é “o pulmão do mundo”. “É uma falácia dizer que a Amazonia é
patrimônio universal e muito menos que é o pulmão do mundo. Sem citar a
França de Macron, ele afirmou que tem de combater o “espírito
colonialista".
“14%
do nosso território é terra indígena, mas os índios são seres humanos.
Eles querem e merecem usufruir os direitos que todos nós temos. Não
vamos aumentar para 20% como alguns querem”.
MORO E GOVERNOS ANTERIORES
O
presidente exaltou a figura do ministro da Justiça, Sergio Moro, e
detalhou sua contribuição à frente da Operação Lava Jato enquanto juiz
federal.
Sem
citar o Partido dos Trabalhadores, Bolsonaro afirmou que Moro
contribuiu para, em suas palavras, pôr fim “a um projeto de poder
absoluto graças ao patriotismo, perseverança e coragem de um juiz”.
IDEOLOGIA E ADÉLIO
Bolsonaro
acentuou, no trecho final de sua fala, a carga ideológica de seu
discurso contra a esquerda e sinalizou à sua base mais radical do
‘bolsonarismo’.
“A
ideologia invadiu nossos lares para investir contra a célula mater de
qualquer sociedade: a família. (...) Inclusive tentaram inverter a
identidade mais básica: a biológica”.
O
ataque a faca feito por Adélio Bispo de Oliveira, em setembro do ano
passado durante a campanha eleitoral de 2018 também foi relembrado pelo
presidente. “Fui covardemente esfaqueado por um militante de esquerda e
só sobrevivi pelo milagre de Deus”.
AGENDAS INTERNACIONAIS
Bolsonaro também reforçou os laços com os EUA, citou a abertura de mercado e adiantou agendas de visitas aos países asiáticos.
“Estamos
abrindo a economia e nos agregando (...). Essas visitas que faremos
reforçarão nossos laços de amizade com Japão, China, Arábia Saudita,
Emirados Árabes e Catar (...). Também estamos ansiosos em visitar nossos
parceiros na África, Oceania e Europa
Nenhum comentário:
Postar um comentário