QUEM FOI ALEXANDRE PORFÍRIO
Filho
de tradicional família de Santo Antonio de Jesus, cuja descendência
revelou grandes nomes para a Bahia, principalmente na EDUCAÇÃO,
Alexandre Porfírio foi Professor e Advogado, Promotor Público e
ingressou no Magistério, tendo ensinado nos grandes colégios de
Salvador. Foi fundador do Ginásio Ypiranga, entre outros e fez carreira
de mestre no Colégío da Bahia Central. Foi Jornalosta, escritor e
considerado um grande educador.
Construído
no governo Landulfo Alves, inaugurado nos anos 1940, o Grupo Escolar -
hoje Escola ALEXANDRE PORFÍRIO, foi o primeiro do gênero construído em
Poções pelo governo da Bahia, fruto de um projeto da gestão Anísio
Teixeira como Secretário da Educação do Estado da Bahia, fundador da
Escola Parque, no bairro Pau Miúdo, em Salvador, primeira experiência de
‘escola em tempo integral’. Lembrar que Anísio Teixeira era natural de
Caetité e foi fundador da Universidade de Brasília, deixando vários
discípulos, entre os quais podemos citar Darci Ribeiro. Em algumas
cidades da Bahia ainda encontramos prédios semelhantes, com a mesma
arquitetura, parte do incremento do ensino fundamental no interior,
antigo curso primário. Dalí, os alunos saíam preparados para enfrentar o
Exame de Admissão (Vestibular) ao Ginásio.
Em
Poções, era o fim de linha para o jovem que concluía a 5ª Série e
parava de frequentar aulas, uma vez que era o topo daquilo que se podia
ter naquela localidade.
Saliente-se
que um dos filhos de Alexandre Porfírio de Almeida Sampaio (Santo
Antonio de Jesus – (1871/1931), Clóvis Lyrio, foi médico em Poções e o
parentesco da família com o Escrivão de Imóveis Clovis Pereira teve
influência decisiva na escolha do seu nome para o novo e imponente Grupo
Escolar Alexandre Porfírio. Clovis Lyrio casou-se com Áurea Pereira, irmã de Clovis Pereira.
O
ensino ginasial chegou com o CNEC em Poções, depois de um longo
trabalho da comunidade, liderado pelo Sr. Dourado, pai da Profª Jacy
Dourado Rocha – oriundos de Irecê. Em Poções, a Profª Jacy casou-se com
Hildebrando Rocha, comerciante e político que havia enviuvado da sua
primeira esposa, filha da família Pecce, de cujo casamento nascera a sua
única filha, até então, Alba Pecce Rocha. O certo é que do casamento
com a Profª Jacy, o casal concebeu a filha Nadya Dourado Rocha. Também
tivemos o concurso profissional do Cirurgião Dentista Plínio Lyrio de
Almeida que casou-se com a poçoense, enteada de Arthur e Arlinda
Carvalho. Ele era primo do médico Cloves Lyrio de Almeida Sampaio.
Permaneceu clinicando em Poções até o início dos anos 1960, quando foi
fixar residência em Santo Antonio de Jesus. Bom lembrar que o líder
político conquistense José Fernandes Pedral Sampaio teve próximo
parentesco com a família Almeida Sampaio de Santo Antonio de Jesus pela
via paterna.
PROFESSORES:
Nadir Chagas De Benedictis – diretora
Alzira
Brázida Santa Rita – Vice-diretora (assumiu a direção dois anos depois e
Nadir passou a ser apenas regente, por opção, dados seus afazeres
domésticos. No meado da década dos anos 1940, foi criado o Curso
Supletivo para adultos e adolescentes e a Profª Nadir foi pioneira na
regência de uma das classes, criada para que o município não perdesse a
oportunidade de educar as pessoas que trabalhavam desde cedo e
necessitavam adquirir conhecimentos para seguir em frente. Vários
senhores já casados e com filhos se dispuseram a estudar e chegaram a
melhorar seu desempenho na vida cotidiana. Podemos citar um exemplo,
apenas como referência, um dos alunos que chegou a eleger-se prefeito da
cidade, anos depois, Eurípedes Rocha Lima. A Profª Nadir transferiu-se
para Salvador em 1953 e lecionou por lá até a aposentadoria, poucos anos
depois!
Alzira (era
solteira e arrimo da família que residia em Salvador) - acumulava a
direção com a regência de classe e ainda mantinha um curso particular em
sua casa para aprimoramento de alunos em disciplinas várias ou que por
ali passavam para se preparar para o exame de admissão ao ginásio, que
teria de ser feito fora de Poções, pois não havia ainda o curso ginasial
na cidade. Ainda nos finais dos anos 1950, a Profª Alzira transferiu-se
para Salvador, cuja família residia na Rua do Desterro, uma transversal
da Baixa dos Sapateiros, onde por várias vezes fui com minha mãe para
uma visita, uma vez que ela ia em nossa casa com certa frequência,
quando morávamos no Barbalho!
Áurea Leone, Gesilda Campos de Oliveira, Iraci Oliveira, Jacy Dourado Rocha. Mais tarde, Olívia Gusmão, Bohêmia Marinho, etc
A ESCOLA ALEXANDRE PORFÍRIO DE HOJE
A Escola atualmente tem o seguinte corpo diretivo.
Profª Rosineide Bomfim – Diretora
Profª Maria Adriana da Silva – Vice-diretora - Matutino
Profª Camila Alves – Vice-diretora Vespertino
Coordenadoras: Profª Ana Paula e Profª Telma Carmezina
PROFESSORES:
Arilza de Souza Pinheiro Azevedo
Arilza Maria Cerqueira Cardoso
Beatriz Neto Silva dos Santos
Camila Moreira Alves
Cíntia Severino Mascarenhas
Cleonice Vieira Carvalho
Edvanda Jesus da Silva
Euflozina Maria da S. S. Ferreira
Evanete Cerqueira de Sousa
Ivaneide Almeida Braga
Jeuissara Nasimento Libarino
José Carlos de Oliveira Ribeiro
José Silva Oliveira Neto
Maria Adriana da Silva
Maria do Carmo Silva
Monalisa Guedes Correia Gonzaga
Regina Miriam de Almeida Carneiro
Rita de Cássia Pinto Melo
Rosemary Curvelo Campos
Roseni Santana de Castro Patez
Rosineide Bomfim de Jesus
Silvana Rosa da Silva Santos
Telma Carmezina de Santana Pereira
Vagner Mendes do Nascimento
Vilobaldo Bispo e Oliveira
Aline dos Santos Rocha
Ana Karla Braga de Souza Lemos
Ana Paula Novais Pereira
Emanuel Vitor dos Santos Pereira
Erisvaldo dos Santos Pereira
Irleda Clea Rocha Curvelo
Micaela de Jesus Novais
Nilma Cavalcanti Andrade
Noeme Bispo Silva
Wilson Venâncio Belarmino
Zirlândia Lima Meira
Simone Macedo
DEMAIS FUNCIONÁRIOS
Além do Corpo Docente, relacionado acima, a Escola Alexandre Porfírio conta com os seguintes funcionários:
Alcenir Ribeiro Oliveira
Alda Ferreira Rocha Almeida
Edna Pereira dos Santos
Maria da Glória dos Santos
Maria Eva Alves Ferreira da Silva
Zenilton de Jesus Silva
Aline dos Santos Jardim
Caio Santos da Silva
Cleisson Pereira Batista
Eride Freire Santos
Feliciano Vitor Sousa dos Santos
Janete Teixeira Oliveira
Jeferson Paiva Santos
Laise Ferreira Lacerda
Lázaro Silva Santos Souza
Manuely Leite Sampaio
Renata Ticiana Carvalho Rocha
Sirlene Santos Libarino
Valdineia da Cruz Silva Oliveira
ÁREA DE RECREAÇÃO
A
área lateral esquerda da escola era utilizada para pequenos babas de
futebol no recreio de 20 minutos, intervalo entre as aulas, quando era
dado um tempo para a merenda e para que os alunos descansassem do
estresse causado pela concentração dos estudos. Era um tempo em que os
alunos se comportavam de forma a não brincarem em sala de aula. A
disciplina era rígida e quem fugisse às regras era punido com certa
severidade pelo professor. Como as salas eram mistas, entre alunos e
alunas, havia uma certa compenetração de cada um para não passar
vergonha diante da classe. Utilizava-se também a praça da Bandeira,
antiga Praça da Liberdade como uma grande área de lazer para a criançada
e seus mais variados tipos de jogos e brinquedos.
Na
área frontal da escola, em dias determinados havia hasteamento das
Bandeiras da Bahia e do Brasil, bem como a entoação do Hino Nacional
Brasileiro, Hino à Bandeira e outros. Os alunos usavam farda kaki e as
alunas, blusa branca e saia azul marinho plissada. Os sapatos eram
pretos, mas sempre havia um ou outro aluno que usava calçados fora dos
padrões, a exemplo de sandálias. Havia uma certa tolerância para estes
casos, a depender das justificativas.
DATAS FESTIVAS
O
professorado promovia esquetes teatrais para festas cívicas, a exemplo
do 7 de Setembro, data da Independência, tendo sido feitas algumas
apresentações no Cine Teatro Poções, que ficava na antiga Rua Apertada,
hoje Av. Olímpio Rolim, sempre com apoio dos pais dos alunos e de
pessoas da comunidade.
INSPETORES ESCOLARES
Era
parte da política educacional a inspeção das unidades escolares
existentes na capital e no interior do Estado. Tratavam-se de
professores do quadro do Magistério Estadual que ficavam responsáveis
pela fiscalização nas diversas regiões da Bahia. Naquela época não
existiam as coordenações, depois superintendências regionais, criadas
durante os governos militares e da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação, assim como o Financiamento estudantil, atualmente conhecido
como FIES.
Daí porque
os inspetores escolares passavam pelo menos duas vezes ao ano pelas
unidades e levavam cerca de uma semana em cada cidade, a depender da sua
importância.
Em Poções,
lembro-me de duas importantes figuras. A do Prof. Leopércio da França
Ribeiro e a do Prof. Irineu Santos. Este último era pai do grande
professor e geógrafo, Milton Santos, que foi meu professor de geografia
na segunda série ginasial no Colégio Carneiro Ribeiro, em Salvador.
Milton Santos chegou a ser Diretor da Imprensa Oficial, onde eram
impressos os Diários Oficiais e outras publicações do governo,
atualmente EGBA. Durante o Regime militar, na iminência de ser preso,
viajou para a França, a convite da Universidade de Sorbone, onde seu
irmão Nailton Santos era docente há alguns anos. E só voltou ao Brasil
já em idade avançada, mas lúcido e comprometido com seus ideais sociais.
ALUNOS MAIS ANTIGOS QUE PASSARAM NO ALEXANDRE PORFÍRIO:
Entre
os alunos que me vêm à memória, pontificam a relação que segue,
aleatoriamente, sem juízo de valor de cada um, mas por simples lampejos
de lembrança. Pode ser que um ou outro nome esteja equivocado e peço
vênia para que compreendam, pois não tive outras fontes, a não ser uma
ou outra amiga (o) da família Fagundes que consultei ‘en passant’.
Dourival, Altamirando, Otoniel e Zeilta Monteiro Costa.
Miguel e Gilberto Labanca.
Fernando Teresa, Seraphina e Adelina Schettini.
Mariuscia, Teresa e Fernando Schettini.
Valdinea, Wolnea e Vilobaldo Macedo.
Pedro, Ada, Aurora, José Fidelis, Noêmia e Eduardo Sarno.
Omar e Miga da Rocha e Silva.
Benito, Fernando Rudgero, Humberto, Italo, Romano, Rodolfo, Rômulo e Remo Schettini.
Fidelis Rocco, Miguel Antonio e Rosa Maria Sarno.
Fidelis Geraldo, Miguel Mário, Maria Teresa e Rosa Alba Sarno.
Affonso e Armando Manta Alves Dias.
Ed, Daniel Carlos, Rubem e Emília Porto Alves.
Jailson, Jadir e Rosa Farias Alves.
Guilherme, Carlos Lindberg, Cléa, Margarita, Cleófano Filho e Alda Lamego.
Irene e Juvêncio Napoli Silva.
Amélia, Jurismar e Noélia Gusmão.
Eunápio, Helvécio e Edgard Napoli.
Carlos Alberto, Alberto Carlos, Amélia e Antonio Carlos Napoli.
Arthur, Orlando, Armando, Crézio e Rildes Rolim.
Rômulo Romeu, Roberto Renan, Maria da Glória e Vanusa Macedo. Agnaldo Napoli.
Marivan e Álvao Pithon.
Walter e Waldir Souza Carvalho.
Hélio, Dejair e Jacy Carvalho.
Heráclito e Coriolano Fagundes.
Maria de Lourdes, Nalva, Arnaldo e Deusdeth Fagundes. Vaneide Fagundes de Sá.
Ernesto, Teresa, Marilze, Olga, Stella Maria, Nadir Celeste, Massimo Ricardo, Carlos Alberto, Nanci e Rosa Maria De Benedictis,
Rosalina, Jeová e Walter De Benedictis.
Octaviano e Jusmerina Moreira.
Maíta, Magdalena, José Octavio, Heloísa e Heraldo Curvelo.
Corintha, João e Alfredo Curvelo Pinheiro.
Antonio Carlos, Yolanda, Humberto, Iêda, Celeste,Terezinha, Angélica, Miriam e Zorilda Mascarenhas.
Celeste Pecce Moreira, Alba Pecce Rocha. Yolanda, Vina e Maria Pecce Paradella.
Francisco, Fortunina, Zorilda e Afonso Liguori Filho.
Wilson, Amélia, Sula, Eunapio, Rose Mary, Hilce, Raimilson, Ozail e Newma Gusmão.
Lourdes e Laurita Amaral.
José Antonio D’Andrea Espinheira e Ruy Alberto Espinheira Filho.
Misael e Joel Ribeiro.
Ângela, Jorge, Augusto, José Carlos e Sandra Leto.
Pietro, Michele, Luiggi Sangiovanni.
Benigno Rocha. Vicente Ventura.
Gildenor, Waldenor e Elisaldo Andrade.
Fernando, Luiz Fidelis e Marlene Sarno.
Maria Teresa e Vincenzo Fasano Sarno.
Maria de Lourdes, Alfredo e Rosa Luz.
Félix, Abel, Raul, Jandira, Solange, Magnólia, Arlete e Raimundo Magalhães.
Carlos Ney, Leonel e Rosa Messias.
Eugênio, Maria da Conceição e Maria do Carmo Tomazi Costa.
Josaphat Marinho.
Jorge, Gilberto, Norma, Heitor e Terezinha Trindade.
Como
lembrete, quero registrar que muitos amigos poçoenses estudaram no
Alexandre Porfírio. Esta lista apenas consta os nomes daqueles que me
vêm à lembrança neste momento. E é lógico que deve ser ampliada pelos
nossos contemporâneos e sucessores que minha memória não é capaz de
trazer a lume. Muitos desta lista, após estudarem em cursos pedagógicos,
voltaram para ensinar onde tiveram a oportunidade de fazer sua
alfabetização e o curso primário.
MUNICIPALIZAÇÃO
A
municipalização da Escola Alexandre Porfírio aconteceu em 30 de
novembro de 2012, através do Termo nº 489, segundo publicação do Diário
Oficial do Estado da Bahia naquela data.
A
Atual Vice-direção da Escola Alexandre Porfírio está a cargo da Profª
Maria Adriana da Silva à qual dedico este relato, em memória de todos
aqueles que passarem pelo antigo e pelo novo ‘Alexandre Porfírio’ - uma
semente plantada em Poções, que produziu e produz bons frutos, graças ao
empenho daquelas (es) que por ele passam ou passaram!
SALVE A ESCOLA ALEXANDRE PORFÍRIO, SALVE A EDUCAÇÃO!
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