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[RESUMO] O Nobel peruano Mario Vargas Llosa, 86, um dos maiores escritores vivos e baluarte do liberalismo, comenta em entrevista a criação de seus livros e a influência central de Flaubert, explica o papel da alternância de narradores no romance moderno, critica a direita por ignorar a desigualdade, diz que não gostaria de votar em Lula ou Bolsonaro e relembra o que aprendeu ao disputar a Presidência do Peru em 1990.
Mario Vargas Llosa é um personagem de enredo único na literatura atual. Ganhou o Nobel, disputou uma eleição presidencial, esmurrou Gabriel García Márquez em uma das mais lendárias contendas entre escritores, virou baluarte das ideias de direita, recebeu homenagens tanto de intelectuais quanto de empresários pelo mundo, defendeu com entusiasmo políticos pouco ou nada apreciados no meio literário, como Margaret Thatcher e Ronald Reagan.
Consagrado no romance, controverso na política, o peruano acumulou adoradores e detratores em igual medida. Encarar esses dois aspectos, o artista e o homem público, com alguma perspectiva e isenção é a pedra no sapato de muitos que tomam contato com seus livros.
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