Senador governista e Renan trocam insultos na CPI da Covid: 'vai pros quintos', 'vagabundo', 'ladrão picareta'
BRASÍLIA
- O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL - foto), de oposição, e o
senador governista Jorginho Mello (PL-SC), bateram boca na sessão desta
quinta-feira. Eles trocaram xingamento, e Renan saiu de sua cadeira e,
com dedo em riste, tentou chegar até o local onde estava Jorginho.
Outros senadores impediram o encontro entre eles.
A confusão
começou quando Jorginho interrompeu a fala de Renan para defender o
presidente Jair Bolsonaro. Renan não gostou de ser interrompido e o
clima esquentou.
— Vai pros quintos — disse Jorginho.
— Vai
você com seu presidente e Luciano Hang — respondeu Renan, fazendo
referência ao empresário bolsonarista que é de Santa Catarina e foi
convocado para fala na CPI.
— Vai lavar a boca para falar do Luciano — devolveu Jorginho.
— Vai lavar a tua, vagabundo — disse Renan.
— Vagabundo é você, ladrão, picareta — reagiu Jorginho.
— Ladrão, picareta é você — prosseguiu Renan.
Em
seguida, o relator foi em direção em Jorginho, mas os outros
integrantes da CPI impediram Renan de se aproximar de Jorginho Mello.
CPI da Covid tem tumulto após Wagner Rosário chamar Simone Tebet de "descontrolada"
Ministro da CGU não gostou das críticas da senadora sobre omissão dele em negociação da vacina Covaxin
Rosário passou a ser investigado pela comissão
O depoimento daComissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senadodesta
terça-feira (21) foi interrompido após mais um momento tenso envolvendo
o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, e
senadores da oposição.
A senadora Simone Tebet (MDB-MS) fez uma
exposição sobre irregularidades no contrato do Ministério da Saúde com a
Precisa Medicamentos, para a compra da vacina indiana Covaxin,
produzida pelo laboratório Bharat Biotech, e apontou que o
controlador-geral da União foi omisso. Ela ainda o acusou de contrariar
os próprios técnicos do ministério.
"Ele
[o depoente] não poderia ir numa coletiva com o ministro Queiroga e
fazer uma defesa intransigente de um contrato irregular que estava em
processo de investigação pela própria CGU. Lamento muito o papel que
Vossa Excelência está fazendo, o desserviço para o país e com o dinheiro
público. Vossa Excelência não é advogado do presidente da República ou
do ministro da Saúde. Vossa Excelência não é nem um advogado na
estrutura da CGU", criticou ela.
"Temos um controlador que passa pano, deixa as coisas acontecer", afirmou Tebet.
Rosário
declarou que Simone disse "inverdades" e chamou a senadora de
"descontrolada". Além disso, mandou que ela lesse tudo de novo.
"Bem,
senadora, com todo o respeito à senhora, eu recomendo que a senhora
lesse tudo de novo porque a senhora falou uma série de inverdades aqui",
disse o ministro.
“Não
faça isso. O senhor pode dizer que eu falei inverdades, mas não me peça
para fazer algo porque eu sou senadora da República e esse não é o meu
papel", disse Simone Tebet. A senadora disse ainda que Rosário estava
"se comportando como um menino mimado."
"A senhora me chamou de
engavetador, me chamou do que quis", disse o ministro. "Me chama de
menino mimado, eu não lhe agredi, a senhora está totalmente
descontrolada, me atacando", acrescentou.
Senadores, então, saíram em defesa da senadora e acusaram Rosário de "machista".
"Moleque", rebateu ainda o senador Otto Alencar (PSD-AM).
Após a confusão, o ministro passou a condição de investigado pela CPI.
O ministro da CGU presta depoimento para falar sobre possíveis irregularidades em contratos do governo federal.
"Petulante pra c*"
Mais
cedo, o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), chamou Rosário
de “petulante para c...” . A fala foi ouvida por todos devido a um vazamento do áudio do microfone de Aziz. O ministro da CGU presta depoimento para falar sobre possíveis irregularidades em contratos do governo federal.
O
senador ficou incomodado após a resposta de Rosário sobre o período em
que a CGU soube do envolvimento da empresa Precisa Medicamentos,
responsável na época por representar o laboratório produtor da vacina
indiana Covaxin, em possíveis irregularidades nos contratos de aquisição do imunizante.
Questionado
sobre o início das investigações ter sido em setembro de 2020, mas as
informações terem chegado à CGU apenas em junho deste ano, Rosário deu
uma resposta atravessada ao presidente da CPI:
"Não sei se o
senhor já participou de alguma investigação, você não passa um scanner
na hora da busca e apreensão e sai os dados, não. Tem que ter análise,
tem que levar tempo", respondeu o ministro.
Na sequência, o relator Renan Calheiros (MDB-AL) comentou com Aziz.
"Muito
petulante, senhor presidente", disse o relator. Aziz respondeu fora do
microfone, mas o áudio foi registrado pela transmissão.
"Petulante pra caralho", respondeu o presidente.
Em
outro momento de discussão, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), que
estava presidindo a sessão, se incomodou com a postura do depoente.
"O senhor respeite essa Casa, baixe a bola", disse o senador.
Conquista vacina adolescentes de 17 anos na segunda-feira e continua vacinando de 12 a 17 anos com comorbidades
Com a oficialização da recomendação da Comissão Intergestores
Bipartite (CIB) da Bahia, que reúne os gestores municipais e o gestor
estadual da Saúde, pela retomada da vacinação de adolescentes, com ou
sem comorbidades, nesta segunda-feira (20) a Secretaria Municipal de
Saúde (SMS) vacinará com a 1ª dose o público de 17 anos sem
comorbidades, incluídas gestantes, puérperas e lactantes
E prossegue com a vacinação de 12 a 17 anos com comorbidades ou
deficiência permanente, iniciada nesta sexta-feira (17), quando foram
vacinados 222 adolescentes nesta condição.
Veja horários e locais da vacinação de segunda-feira:
Os adolescentes devem estar acompanhados dos pais ou responsável no momento da vacinação.
17 anos
Incluídas gestantes, puérperas e lactantes dessa idade
9h às 16h ou enquanto durar o estoque
Locais de vacinação:
Drive-thru – UFBA – Candeias
Pontos fixos para pedestres
– Quadra esportiva da Fainor – Candeias
– 9º Batalhão da Polícia Militar – Ibirapuera
– Escola Municipal Mozart Tanajura – Vila América
Documentos necessários:
-Documento pessoal do adolescente com CPF;
– Documento dos pais ou responsável;
– Comprovante de residência de Vitória da Conquista em nome dos pais ou responsável.
12 a 17 anos
Com comorbidades ou deficiência permanente
9h às 16h ou enquanto durar o estoque
Locais de vacinação:
Drive-thru – UFBA – Candeias
Pontos fixos para pedestres
– Quadra esportiva da Fainor – Candeias
– 9º Batalhão da Polícia Militar – Ibirapuera
– Escola Municipal Mozart Tanajura – Vila América
Documentos necessários:
-Documento pessoal do adolescente com CPF;
– Documento dos pais ou responsável;
-Comprovante de residência de Vitória da Conquista em nome dos pais ou responsável;
– Cadastro de Acompanhamento da Unidade de Saúde de referência,
Laudos, declarações, prescrições médicas ou relatórios médicos com
descritivo, ou CID da doença ou condição de saúde.
2ª e 3ª doses – Também continua a vacinação de 3ª
dose para idosos e imunossuprimidos e de 2ª dose de Pfizer e Coronavac
para quem tem retorno marcado para o dia 21 ou datas anteriores.
A Secretaria Municipal de Saúde divulgará locais e horários no site e nas redes sociais nas próximas horas.
Após nota, bolsonaristas foram da decepção à narrativa combinada em menos de 24 horas
JOELMIR TAVARES E CAROLINA LINHARES
SÃO
PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Apoiadores de Jair Bolsonaro que ajudaram a
mobilizar as manifestações do 7 de Setembro ficaram aturdidos com a
mudança de tom do presidente em relação ao STF (Supremo Tribunal
Federal), na quinta-feira (9), e passaram as horas seguintes tentando
entender se o esforço das ruas havia sido em vão.
A frustração era
nítida até no tom de voz de organizadores dos atos que falaram com a
reportagem pouco após a divulgação da Declaração à Nação, texto com
elogios ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, alvo de mensagens
autoritárias do presidente na terça-feira (7). A maioria, no entanto,
diz seguir apoiando Bolsonaro.
Os sentimentos de choque,
aborrecimento e irritação correram as redes sociais bolsonaristas diante
da notícia da tentativa de pacificação costurada pelo ex-presidente
Michel Temer (MDB).
Uma parte da base reagiu imediatamente -com
termos como "arregão" e covarde-, e influenciadores bolsonaristas usaram
a expressão "game over" (fim de jogo) para criticar a atitude do
presidente.
Outra
parcela, contudo, ficou em silêncio. Parlamentares bolsonaristas se
limitaram a postar "eu confio no presidente". Aos poucos, argumentos
para convencer os simpatizantes foram disseminados virtualmente.
Em
live na quinta, Bolsonaro disse que a nota não tinha "nada de mais". No
dia seguinte, afirmou não poder ceder à pressão dos que querem que ele
"degole todo mundo".
Na sexta-feira (10), a narrativa para
reunificar a base bolsonarista já aparecia de forma mais coordenada nas
redes. Uma das teses diz haver um suposto acordo para que o STF se
recolha ao seu papel, ou seja, para que Bolsonaro, seus filhos e
apoiadores saiam da mira dos ministros.
Há ainda a versão de que o
recuo visa estancar a crise econômica ou de que Bolsonaro é
estrategista e sabe o que faz. A volta da esquerda também foi evocada
para manter a base unida.
Como mostrou o jornal Folha de S.Paulo, a
nota de Bolsonaro foi motivada pelo temor de um desembarque de siglas
aliadas e pela resposta do STF, num contexto de elevada pressão pelo
impeachment.
"Ele levantou uma bandeira branca, ele recuou, foi
isso", disse à reportagem o empresário Mauro Reinaldo, fundador do
movimento União pelo Brasil. Sobre as razões do presidente, despistou:
"Olha, sinceramente, estou procurando essa resposta".
Ele disse
não concordar "com algumas conjecturas, algumas falas", como as que
pregam fechamento do STF, mas ser favorável à "Operação Lava Toga",
contra irregularidades no Judiciário. E que não esperava "uma ação
contundente do presidente" pós-7 de Setembro. Aguardava uma ação do
Congresso.
"Nós fizemos a nossa parte na terça-feira, nosso dever
foi cumprido, só que a nossa voz não foi ouvida", constatou. "Que os
políticos olhassem por nós, ouvissem o clamor da população. Mas o que o
Senado fez? Entrou em recesso."
Reinaldo afirmou que "uma escalada
maior" da parte de Bolsonaro "não seria algo bom para ninguém no país".
"A população queria o quê? Que ele criasse uma guerra, em que as
pessoas iriam sofrer? Seria uma visão apocalíptica", avaliou.
"Nós
continuamos fiéis a ele. Algumas pessoas ficaram muito decepcionadas,
mas foi igual a quando o [Sergio] Moro saiu. Ficaram bravas, gritaram,
xingaram. Mas, depois que entenderam, elas retornaram", comparou o
simpatizante. Para ele, não há opção para as eleições de 2022 além de
Bolsonaro.
"Quando eu li a carta, minha pressão chegou a 20.
Passei até mal, fiquei tão nervoso", admitiu Reinaldo, quatro horas após
falar à reportagem, em um vídeo para seus seguidores.
"Bolsonaro
mostrou um ato de humanidade, de caráter, de dignidade. Mostrou ser
sábio, inteligente", continuou. Em dado momento da transmissão no
Facebook, resumiu: "Eu sei que desanima, mas não desanime não".
Outro
empresário por trás da mobilização na Paulista, Patrick Folena,
coordenador do movimento Avança Brasil, indicou durante a conversa com a
reportagem na quinta que, sim, bateu um desânimo.
"A gente
fica... A gente estava numa linha um pouco assim... Não decepcionado,
vai. Assim, um pouco [decepcionado], vai. Mas não aquela coisa absurda,
né? Mas, agora, a gente entende."
Indagado sobre resultados concretos da ida às ruas no Dia da Independência, Folena foi objetivo: "Por enquanto, não [vi]".
"A gente vai esperar. A oposição sentiu a força de mobilização que o povo tem. Mas ainda é muito cedo para avaliar", afirmou.
"Espero
que os outros Poderes entendam. Porque, se continuarem prisões ilegais,
não é uma ameaça, mas a gente vai reclamar, a gente vai protestar",
completou, em relação a operações que têm como alvo bolsonaristas
investigados por fake news e atos antidemocráticos.
"Se
acontecesse um confronto, poderia acontecer algo pior, e acho que foi
nisso que Bolsonaro pensou. Pesou no recuo dele. Tudo o que a gente não
pode ter agora são problemas. Mais problemas, né?", opinou Folena,
lembrando que uma greve estendida dos caminhoneiros teria consequências
imprevisíveis.
"Eu não vou deixar de apoiar [Bolsonaro]. Eu vejo
uma pessoa que está lutando pelo povo, está chegando aonde ele pode
nesse regime", conformou-se.
Giovani Falcone, fundador da Aliança
Nacional, embaixador do Avança Brasil e membro do Nas Ruas, foi outro
bolsonarista que achou que a manifestação cumpriu seu propósito apesar
de ter degringolado para a carta.
"Foi proveitoso. A massa
realmente atendeu ao pedido dos movimentos", disse, exaltando o apoio
popular ao presidente. Mas, como os companheiros de militância, ele
estava desorientado na noite de quinta.
"Estão me ligando, me
mandando mensagem, sem saber. Eu respondo: 'Vamos ter calma, vamos
esperar, o presidente sabe o que está fazendo'. Porque não era isso que a
gente esperava. O povo quer, o povo não aguenta mais o preço do gás, da
gasolina", disse, em referência à disparada da inflação.
Questionado
sobre o que faria os preços baixarem, Falcone respondeu que poderia
haver efetividade em um estado de sítio ou GLO (Garantia da Lei e da
Ordem).
O ativista afirmou, no entanto, que Bolsonaro não deve perder apoiadores e ecoou o discurso das redes.
"Bolsonaro
está dando um passo para trás para dar dois para a frente. Se ele for
mais linha-dura, talvez perca apoio, e sem apoio político não dá para
governar. Por ele não ter sido linha-dura, muitos ficaram tristes, mas
ele usou a estratégia de dar um passo atrás para ficar dentro das quatro
linhas da Constituição", considerou.
Apoiador de Bolsonaro e
presidente do PTB paulista, o empresário Otavio Fakhoury disse que a
manifestação do 7 de Setembro atingiu os objetivos e que a carta fez
parte do suposto acordo que terá como resultado uma pacificação em
Brasília --outra tese compartilhada virtualmente.
Para especialistas e grande parte do mundo político, no entanto, a moderação do presidente não é pra valer.
"Temos
que esperar umas duas semanas, que é o prazo que eu daria para ver
todos os itens desse acordo implementados", disse à reportagem na sexta.
Segundo
Fakhoury, a pauta da manifestação "não é golpe, nada". "O Bolsonaro fez
a chamada a favor da liberdade, contra quem rompe a Constituição".
"O
Bolsonaro não tem a intenção de fazer virar caos. Quem queria o caos,
para poder bater no peito, era a esquerda. Queriam que o Bolsonaro
mandasse prender alguém, e não é isso o que vai acontecer", afirmou.
O
pensamento de que o caos serve à esquerda vai na linha de vídeo,
divulgado na sexta, em que ministro-chefe do Gabinete de Segurança
Institucional, general Augusto Heleno, pede união após "alguns fatos
[que] deixaram muitos de nós desanimados".
"A esquerda [...] segue
unida e querendo voltar. Ela sofreu também um duro revés, porque
descobriu que o presidente Bolsonaro não tinha qualquer intenção de dar o
golpe", disse o ministro.
Segundo Fakhoury, uma limitação do
poder do Supremo, que ele sugere via PEC (proposta de emenda à
Constituição), permitiria ao Executivo "avançar no orçamento, na reforma
tributária".
"O objetivo [da manifestação] não era voltar ao
respeito às leis e à Constituição? É preciso quebrar tudo, dar tapa em
todo mundo e botar todo mundo na cadeia? Não precisa. Vamos negociar,
cada um faz o que tem que fazer e vamos ver se dá para voltar à
legalidade."
"O Judiciário vai se pôr no lugar, vai começar a agir
dentro da lei", completou o empresário, que é alvo de investigações nos
inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos, mas nega
irregularidades e diz agir dentro das leis.
A virada brusca no
tom, no entanto, afastou parte dos ativistas, como o líder de
motociclistas Jackson Vilar -que chamou Bolsonaro de traidor em vídeo na
quinta.
O pastor e dono de uma loja de imóveis organizou a
motociata com a presença do presidente em São Paulo, em junho, e fez
nova motociata no dia 7.
"Eu não acredito em Bolsonaro mais. [...]
Você não merece respeito Bolsonaro, você traiu os motociclistas, os
caminhoneiros, o seu povo, porque é um frouxo covarde", disse.
Ao
jornal Folha de S.Paulo Vilar afirmou, na sexta, se sentir enganado e
que seus olhos se abriram em relação a Bolsonaro. "A verdade é que o
país está numa crise financeira grande, comércio quebrado, pessoas com
fome, desemprego aumentando. E esse louco querendo governar o país a
ferro e fogo."
"Oro por ele, porque gosto dele. Mas não o apoiarei
mais nas suas loucuras. Ele vai começar de novo com suas loucuras,
atacando STF e outros", disse o comerciante.
"Não queremos mais
esses políticos brigando. Quem sofre? É o povo. Queremos um país unido,
em que os políticos respeitem o seu povo e não façam deles massa de
manobra pra suas loucuras. Chega dessa palhaçada. Bolsonaro tem que
pedir desculpas a todos que ele frustrou. Vou seguir meu caminho e que
Deus abençoe a todos", conclui.
FAB derruba avião com quase 300 kg de cocaína em MT
PORTO
ALEGRE, RS (FOLHAPRESS) - A FAB (Força Aérea Brasileira) derrubou na
noite desta terça-feira (7) uma aeronave de pequeno porte que entrou sem
autorização no espaço aéreo brasileiro pela fronteira com a Bolívia.
Após ser atingido por um tiro disparado por um caça da FAB, o avião fez
um pouso forçado na região do município de Brasnorte (MT).
Foram
encontrados 296,2 quilos de cloridrato de cocaína --a forma pura da
droga-- e um quilo de maconha na aeronave, de acordo com informações da
Força Aérea e da Polícia Federal. O piloto fugiu do local e não há
registros de feridos.
O Gefron (Grupo Especial de Fronteira), que
integra as forças de segurança de Mato Grosso, disse que a aeronave era
um Cessna modelo 182P, avaliado em R$ 1 milhão. O grupo afirmou ainda
que a carga de droga encontrada no avião vale R$ 7,4 milhões.
A
interceptação da aeronave, que não tinha plano de voo, ocorreu por volta
das 19h de terça, depois que ela foi identificada por radares entrando
no espaço aéreo brasileiro.
A
FAB enviou, então, caças para interceptar o avião suspeito. Como não
receberam resposta do piloto, os militares ordenaram que o veículo
pousasse em um aeródromo da região.
O piloto, porém, novamente
ignorou os pedidos dos caças da FAB, que então deram um tiro de aviso.
Como ainda assim não receberam resposta, os militares então atiraram
contra a aeronave --que, danificada, teve que fazer o pouso forçado para
não cair.
"O avião, sem contato com o controle, descumpriu todas
as medidas de policiamento realizadas, mostrando-se hostil", diz o
comunicado da FAB. Segundo o Gefron, a região é uma rota comum do
narcotráfico.
"Essa atividade faz parte de esforço conjunto e
integrado das forças envolvidas para a repressão a voos ilícitos de
pequenas aeronaves carregadas com drogas oriundas dos países produtores
vizinhos. Diligências continuam em andamento para desarticulação de toda
a organização criminosa envolvida na atividade ilícita investigada",
diz a PF em nota publicada em seu site.
Na tarde desta quarta (8),
a Polícia Militar de Mato Grosso prendeu na cidade de Campo Novo do
Parecis (a 250 km da fronteira com a Bolívia) um homem suspeito de
envolvimento no caso. Segundo o governo estadual, ele carregava a mesma
substância encontrada na aeronave e, por isso, foi levado para a PF.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) confirmou, neste
domingo (5), que quatro jogadores da seleção de futebol da Argentina
descumpriram a regra para entrada de viajantes em solo brasileiro, sem
passar por quarentena dentro dos protocolos de controle da covid-19. Por
isso, deverão ser retirados do jogo de hoje pelas Eliminatórias e
poderão ser deportados.
Os atletas são Emiliano Martínez e Emiliano Buendia, ambos do Aston
Villa, e Giovani Lo Celso e Cristian Romero, do Tottenham. Eles fazem
parte da delegação que está em São Paulo para participar do jogo entre
Brasil e Argentina, neste domingo (5), às 16h, válido pelas
Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022.
Os jogadores, segundo a Anvisa, declararam não ter passagem por
nenhum dos 4 países com restrições nos últimos 14 dias. Reino Unido,
África do Sul, Irlanda do Norte e Índia estão entre os países nos quais
viajantes estão impedidos de ingressar no Brasil sem a quarentena.
A entidade acionou a PF (Polícia Federal). “Diante da confirmação de
que as informações prestadas pelos viajantes eram falsas, a Anvisa
esclarece que já comunicou o fato à Polícia Federal, a fim de que as
providências no âmbito da autoridade policial sejam adotadas
imediatamente”, informou nota da Anvisa.
A agência avisou que há “risco sanitário grave” e, por isso,
“orientou as autoridades em saúde locais a determinarem a imediata
quarentena dos jogadores, que estão impedidos de participar de qualquer
atividade e devem ser impedidos de permanecer em território brasileiro,
nos termos do art. 11, da Lei Federal nº 6437/77”.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) desembarcou em Vitória da
Conquista pouco antes das 9 horas da manhã desta sexta-feira (03), antes
de seguir para a cidade de Tanhaçu, a 100 km de Conquista, onde cumpre
agenda, com a assinatura do contrato da Ferrovia de Integração Oeste
Leste, na cidade de Tanhaçu
O presidente foi recepcionado no aeroporto Glauber Rocha, por adeptos. Bolsonaro foi conversar pessoalmente com apoiadores, que
o ovacionaram, chamando-o de “mito”.
Na comitiva do presidente está o pastor Silas Malafaia, líder da
Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo e também com os ministros
da Cidadania, João Roma e o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes.