COMENTÁRIO SOBRE A VIDA DE ERNEST HEMINGWAY
Ricardo De Benedictis
Autor de inúmeros romances importantes, era um homem inquieto, em busca de aventuras desde a juventude.
Não
conseguindo integrar o Exército americano, por dificuldades de visão,
ingressou na Cruz Vermelha como motorista de ambulância e foi observador
de guerra, correspondente estrangeiro no front, vivendo os rigores da
guerra e ao mesmo tempo convivendo por onde andava, com escritores
artistas e...mulheres, tudo isso regado a wkisky. Em determinado
momento da sua vida, tentou voltar para sua cidade natal, mas não
aguentou a monotonia e retornou ao seu ambiente preferido de aventuras
intermináveis em várias partes do mundo Passou 4 anos na Espanha durante
a Guerra Civil espanhola, andou muito em Cuba e em Paris, acompanhou
uma das suas mulheres à China e acabou sua vida com um suicídio
utilizando um fuzil de caça. Para quem assiste o filme que aborda sua
vida, é um personagem admirável, beberrão, bem humorado, inconstante com
as mulheres, mas cheio de sentimentos nobres. Viveu uma vida
atribulada, passou perrengues sem fim, conviveu com príncipes e
bandidos, além de ter amigos com os quais brigava e brigava, mas não
deixava de curtir suas farras. Era um bon vivant, atrativo para as
mulheres que conquistava, passando de um relacionamento a outro. Até que
chegou aos 60 anos, com a saúde comprometida, memória desgastada e
falhando, o que o impedia de realizar seu principal mister, a criação e a
arte de escrever. Vale a pena assistir o filme na HBO sobre sua
inigualável passagem pela vida. Ganhou Prêmio Nobel da Literatura em
1954 e outros prêmios pelo seu magnífico labor artístico literário. Um
grande escritor, uma grande obra e uma vida cheia de romances pessoais. Isto é o que pude assimilar neste resumo sobre Ernest Hemingway.
Os
dados a seguir foram transcritos da Wikipedia a cujos direitos autorais
pertence a mini-biografia do autor do besr seller 'O velho e o mar'!;
Ernest Miller Hemingway (Oak Park, 21 de Julho de 1899 — Ketchum, 2 de Julho de 1961) foi um escritor norte-americano. Trabalhou como correspondente de guerra em Madri durante a Guerra Civil Espanhola (1936-1939). Esta experiência inspirou uma de suas maiores obras, Por Quem os Sinos Dobram. Ao fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), se instalou em Cuba. Em 1953, ganhou o Prémio Pulitzer de Ficção, e, em 1954, ganhou o prêmio Nobel de Literatura.[1][2] Suicidou-se em Ketchum, em Idaho, em 1961.[2]
Biografia
Ainda muito jovem, quando a Grande Guerra (1914-1918) assombrava o mundo, decidiu ir à Europa pela primeira vez. Hemingway havia terminado o segundo grau em Oak Park e trabalhado como jornalista no jornal The Kansas City Star.
Tentou alistar-se no exército, mas foi preterido por ter um problema na
visão. Decidido a ir à guerra, conseguiu uma vaga de motorista de ambulância na Cruz Vermelha. Na Itália, apaixonou-se pela enfermeira Agnes Von Kurowsky, que viria a ser sua inspiração para a criação da heroína de Adeus às Armas (1929) – a inglesa Catherine Barkley. Atingido por uma bomba, retornou para Oak Park, que, no entanto, depois do que havia visto na Itália, tornara-se monótona demais para ele.[2]
Voltou então à Europa (Paris)
em 1921, recém-casado com Elizabeth Hadley Richardson, seu primeiro
casamento, com quem teve um filho. Na ocasião, trabalhava para a revista canadense Toronto Star Weekly e, em início de carreira, se aproximou de outros principiantes: Ezra Pound (1885 – 1972), Scott Fitzgerald (1896 – 1940) e Gertrude Stein (1874 – 1946).[2] Hemingway era parte da comunidade de escritores expatriados em Paris conhecida como "geração perdida", nome inventado e popularizado por Gertrude Stein.
A vida e a obra de Hemingway têm intensa relação com a Espanha, país onde viveu por quatro anos. Uma breve mas marcante passagem para o escritor americano, que estabeleceu uma relação emotiva e ideológica com os espanhóis. Em Pamplona, em meados do século XX, fascinou-se pela tauromaquia, chegando a tourear como amador, experiência que abordaria no seu livro O Sol Também Se Levanta (1926).
O
seu segundo casamento (1927) foi com a jornalista de moda Pauline
Pfeiffer, com quem viria a ter dois filhos. Em 1928, o casal decidiu
morar em Key West, na Flórida.
Em Key West, no entanto, o escritor sentiu falta da vida de jornalista e
correspondente internacional. Ao mesmo tempo, o casamento com Pauline
se tornou instável. Nessa época, conheceu Joe Russell, dono do Sloppy Joe's Bar e companheiro de farra.
Já na década de 1930, resolveu partir com o amigo para uma pescaria. Dois dias em alto-mar que terminaram em Havana, capital cubana, para onde passou a voltar anualmente na época da pesca ao marlim (entre os meses de maio e julho). Na cidade, hospedava-se no Hotel Ambos Mundos, em plena Habana Vieja,
bairro mais antigo da cidade, que se tornou o lar do escritor e o
cenário que comporia sua história e a da própria ilha pelos próximos 23
anos. Duas décadas de turbulências que teriam, como desfechos, a revolução socialista e o suicídio do escritor.[2]
Em Cuba, o escritor se apaixonou por Jane Mason, que era casada com o diretor de operações da Pan American Airways. Hemingway e Jane se tornaram amantes. Em 1936, novamente se apaixonou: desta feita pela destemida jornalista Martha Gellhorn, motivo do segundo divórcio, confirmando o que predissera seu amigo, Scott Fitzgerald, quando eles se conheceram em Paris:[3] "Você
vai precisar de uma mulher a cada livro". Assim, Hemingway partiu para a
Espanha, onde Martha já estava, e, em meio à guerra, os dois viveram um
romance que resultou no seu terceiro casamento.[3] Ao cobrir a Guerra Civil Espanhola como jornalista do North American Newspaper Alliance, não hesitou em se aliar às forças republicanas contra o fascismo,[2] o que viria a ser o tema do livro Por Quem os Sinos Dobram (1940), considerada sua obra-prima.[carece de fontes] Quando
a república espanhola caiu e a Europa vivia o prenúncio de um conflito
generalizado, Hemingway retornou para Cuba com Martha.[2]
Hemingway a bordo de seu
iate por volta de 1950
Em Cuba, durante a Segunda Guerra Mundial, Hemingway montou uma rede de informantes com a finalidade de fornecer, ao governo dos Estados Unidos, informações sobre os espanhóis simpatizantes do fascismo na ilha. Também passou a patrulhar o litoral a bordo de seu iate Pilar na busca de possíveis submarinos alemães. Porém a Agência Federal de Investigação estadunidense via com desconfiança a colaboração de Hemingway, por considerá-lo um simpatizante do comunismo.[4]
Em
1946, o escritor casou-se pela quarta e última vez: desta vez com Mary
Welsh, também jornalista mas tímida e disposta a viver ao lado de um
Hemingway cada vez mais instável emocionalmente.[2] Levando
uma vida turbulenta, Hemingway casou-se quatro vezes, além de ter tido
vários relacionamentos românticos. Em 1952, publicou "O Velho e o Mar", com o qual ganhou o Prémio Pulitzer de Ficção (1953).[3] Foi laureado com o Nobel de Literatura de 1954[5][2] devido ao seu ""domínio da arte da narrativa, mais recentemente demonstrado em O Velho e o Mar, e pela influência que exerceu no estilo contemporâneo[6]".
Suicídio
Ao longo da vida do escritor, o tema suicídio aparece
em escritos, cartas e conversas com muita frequência. Seu pai
suicidou-se em 1929 por problemas de saúde e financeiros. Sua mãe,
Grace, dona de casa e professora de canto e ópera, o atormentava com a sua personalidade dominadora. Ela enviou-lhe, pelo correio, a pistola com a qual o seu pai havia se matado.[3] O escritor, atônito, não sabia se ela queria que ele repetisse o ato do pai ou que guardasse a arma como lembrança.[2] Aos 61 anos e enfrentando problemas de hipertensão, diabetes, depressão e perda de memória, Hemingway decidiu-se pela primeira alternativa:[2] era, também, portador de hemocromatose, a qual está relacionada à depressão, hipertensão e diabetes.[7]
Todas
as personagens deste escritor se defrontaram com o problema da
"evidência trágica" do fim. Hemingway não pôde aceitá-la. A vida inteira
jogou com a morte, até que, na manhã de 2 de julho de 1961, em Ketchum, em Idaho, tomou um fuzil de caça e disparou contra si mesmo. Encontra-se sepultado no Cemitério de Ketchum, em Ketchum, no Condado de Blaine, em Idaho, nos Estados Unidos.[8]
Bibliografia
Romances
Não ficção
Contos e pequenas estórias
- 1923 Three Stories and Ten Poems
- 1925 In Our Time
- 1927 Men Without Women
- 1932 The Snows of Kilimanjaro
- 1933 Winner Take Nothing
- 1938 The Fifth Column and the First Forty-Nine Stories
- 1947 The Essential Hemingway
- 1953 The Hemingway Reader
- 1972 The Nick Adams Stories
- 1976 The Complete Short Stories of Ernest Hemingway
- 1995 Collected Stories
- Sem data: Hills like White Elephants
Referências