O BRASIL, O CIDADÃO E A CONSTITUIÇÃO
Ricardo De Benedictis - 2013
O grande cientista político italiano,
Norberto Bobbio, senador vitalício recentemente falecido, em uma de suas obras,
afirma que “O mínimo que se deve exigir do Estado é
a Segurança à vida, à Liberdade e à Propriedade”.
Partindo deste belo conceito de
organização estatal, constatamos que o Brasil vive momentos de extrema pobreza
institucional. Aqui as Leis não são respeitadas, e o pior, não são cumpridas. Temos um Poder Judiciário lento,
juízes preguiçosos, serventuários e policiais corruptos, instituições políticas
desacreditadas por omissão do próprio governo.
Sem ser apocalíptico, temos tudo no
Brasil para a eclosão de uma guerra civil. E podemos dizer que vivemos em clima
de ‘guerra civil não declarada’ nos grandes centros urbanos e no campo. Só não
temos uma guerra civil ‘oficial’ porque ainda há um certo poderio econômico de
Brasília aos Estados e Municípios que vão, de certa forma, empurrando com a
barriga os problemas, sempre naquela máxima de que ‘vamos resolver tudo’.
As invasões de terra pelo MST em
várias partes do país encontram do governo federal e de um ou outro governador,
uma enorme tolerância. Os próprios órgãos estatais estão constantemente
envolvidos em atos criminosos, a exemplo de escutas telefônicas, prisões
arbitrárias, habeas Corpus emitidos na madrugada pelo Supremo, cujos absurdos
convivem com outros tantos, a exemplo de ‘ordens judiciais’ não cumpridas,
condenações transitadas em julgado não cumpridas e engavetamento de processos
que se referem aos governantes de plantão ou aos seus amigos e partidários.
O país assiste no Pará a uma
verdadeira barbárie. Os ‘guerrilheiros’ do MST invadem propriedades privadas, a
Justiça ordena a desocupação e a governadora Ana Júlia não deixa a Polícia
Militar paraense cumprir os mandados. Caso de intervenção federal? Sim, mas o
governo Lula insiste em transformar o Brasil numa republiqueta de bananas, quem
sabe pensando em pavimentar sua ‘volta’ ao poder em 1914! Para tal, conta com a
preciosa ajuda de alguns elementos que nada teem a ver com Justiça e a
moralidade, como é o caso do ex ministro Márcio Tomaz Bastos e do atual, Tarso
Genro, que junto com o presidente falastrão, são lenientes com o crime e com os
criminosos. Nunca sabem, vêem ou ouvem absolutamente nada. E isto é muito
lamentável. Não fosse esse tipo de comportamento e o Brasil estaria hoje no
pódio das nações civilizadas. Mas como, se 50 mil brasileiros morrem
assassinados por ano. Se o complexo penitenciário brasileiro abriga mais de 300
mil criminosos, entre eles, traficantes de drogas, assaltantes, estupradores,
de alta periculosidade, convivendo com pessoas que cometeram pequenos crimes,
muitos deles, até para amenizar a fome da família, muitos deles sem serem
julgados, sequer em 1ª instância!!!
Há muito vimos alertando sobre a
violência crescente, a falta da ação do Estado na Educação, na Saúde e na
Segurança Pública. Nestes últimos anos, tudo isso tem piorado, apesar da
propaganda governamental dizer que tudo vai às mil maravilhas!. Nunca se mentiu
tanto neste país!
No governo FHC, terras consideradas
de conflito (invadidas) não eram passíveis de Reforma Agrária.
O governo costuma denominar o MST de
‘movimento social’. Crimes e mais crimes são cometidos pelos membros deste
‘movimento’, que andam armados, invadem e destroem tudo que encontram nas
fazendas (lembram-se do laboratório no Rio Grande do Sul?), mas nada lhes
acontece porque existe uma bem formada rede de proteção a bandidos urdida no
Palácio do Planalto com fortes tentáculos no Judiciário, na Polícia Federal, em
alguns governos estaduais, na Câmara e no Senado.
Quando os fatos apontam para a queda
de popularidade do presidente, os jornais e o noticiário giram a metralhadora
para o Congresso e la vêem as denúncias de toda ordem. Uma após outra, num verdadeiro
massacre. Tudo que o Palácio do Planalto faz cem vezes mais e a imprensa, que é
paga pelo Executivo, nada divulga ou se o faz, usa de cautela, para não perder
os bilhões de reais do contribuinte que lhe são repassados pelo governo.
Como acreditar que o Brasil fique
livre de tanta irresponsabilidade?
Nada que o presidente diz, acontece.
Uma mentira atrás da outra e nós aqui, de camarote, a lamentar tanta falta de
respeito com o nosso país e com os brasileiros!
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